LI as opiniões dos
arqueólogos, transcritas no Arquivo do
Distrito de Aveiro, Vol. VII, desde a pág. 227 a 251, e
continuadas a pág. 313 e seguintes sobre o ubi da Talábriga, invocadas
para esclarecimento da estação
luso-romana do Cabeço do Vouga, em identificação.
Para mais desenvolvimento do meu estudo
Estradas Romanas no Distrito de Aveiro, inserido no referido Arquivo, Vol. IV, a
pág. 25 e seguintes, julgo conveniente apresentar a contagem
das milhas, em dois sectores, e sua correspondência quilométrica,
a seguir, no intuito de concorrer para a resolução do problema
da localização da Talábriga. E procedo assim por me parecer mais
consentâneo com a verdade o ter sido pelas alturas da
Branca o ubi da Talábriga. E os dois cipos (de UI e da Mealhada) ambos
com a marcação M. XII, que também comprovam a directriz da mesma estrada entre
Cale e Emínio, pontos fixos e sem
deslocação possível, reforçam o meu parecer.
Posto isto, para maior elucidação:
Contagem das milhas e quilómetros de Coimbra (Emínio)
a Gaia (Cale) − troço da Via Romana, feito em dois sectores,
partindo um de Coimbra, ou seja, do Sul para o Norte, e descendo outro (sector) de Gaia, ou seja, do Norte para o Sul.
E isto para sua ligação na Branca
− presumivelmente no
sítio de Cristelo (povoação da freguesia da Branca), onde existiu um crastelo.
Na contagem das milhas entre Coimbra e Gaia, que apresento, a seguir, entram, para a sua totalidade, as milhas dos
dois cipos (da Mealhada e de Ul) como parcelas.
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Daqui a distância, segundo os antigos corógrafos, expressa
pelo N.º de 105 quilómetros correspondente às 71 milhas do
Itinerário de Antonino.
Cucujães, 3 de Maio de 1942.
JOÃO DOMINGUES AREDE
(Abade aposentado de
Cucujães) |