João Domingues Arede, Ainda o UBI da Talábriga, Vol. VIII, pp. 75-76

AINDA O UBI DA TALÁBRIGA

LI as opiniões dos arqueólogos, transcritas no Arquivo do Distrito de Aveiro, Vol. VII, desde a pág. 227 a 251, e continuadas a pág. 313 e seguintes sobre o ubi da Talábriga, invocadas para esclarecimento da estação luso-romana do Cabeço do Vouga, em identificação.

Para mais desenvolvimento do meu estudo Estradas Romanas no Distrito de Aveiro, inserido no referido Arquivo, Vol. IV, a pág. 25 e seguintes, julgo conveniente apresentar a contagem das milhas, em dois sectores, e sua correspondência quilométrica, a seguir, no intuito de concorrer para a resolução do problema da localização da Talábriga. E procedo assim por me parecer mais consentâneo com a verdade o ter sido pelas alturas da Branca o ubi da Talábriga. E os dois cipos (de UI e da Mealhada) ambos com a marcação M. XII, que também comprovam a directriz da mesma estrada entre Cale e Emínio, pontos fixos e sem deslocação possível, reforçam o meu parecer.

Posto isto, para maior elucidação:

Contagem das milhas e quilómetros de Coimbra (Emínio) a Gaia (Cale) − troço da Via Romana, feito em dois sectores, partindo um de Coimbra, ou seja, do Sul para o Norte, e descendo outro (sector) de Gaia, ou seja, do Norte para o Sul.

E isto para sua ligação na Branca − presumivelmente no sítio de Cristelo (povoação da freguesia da Branca), onde existiu um crastelo.

Na contagem das milhas entre Coimbra e Gaia, que apresento, a seguir, entram, para a sua totalidade, as milhas dos dois cipos (da Mealhada e de Ul) como parcelas. / 76 /


Daqui a distância, segundo os antigos corógrafos, expressa pelo N.º de 105 quilómetros correspondente às 71 milhas do Itinerário de Antonino.

Cucujães, 3 de Maio de 1942.

JOÃO DOMINGUES AREDE
(Abade aposentado de Cucujães)

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