José Pereira Tavares, A estátua de José Estêvão, em Aveiro (subsídios para a história do monumento), Vol. V, pp. 127-137.

A ESTÁTUA DE

JOSÉ ESTÊVÃO EM AVEIRO

(SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO MONUMENTO)

I

A estátua que Aveiro levantou ao seu mais dilecto filho, alimentando um culto que já vinha de longe e ainda hoje perdura, foi solenemente inaugurada no dia 12 de Agosto de 1889, ou seja, passados vinte e sete anos sobre a morte do grande orador liberal, que tanto honrou o país e tanto honrou e beneficiou a terra que lhe serviu de berço(1). Completando-se em breve o 50.º ano da inauguração, não podia o Arquivo deixar de comemorar essa data, dando aos seus leitores, a par dalguns documentos iconógrafos, uma ideia das principais fases dos trabalhos da Comissão que, através das maiores dificuldades e arcando por vezes com grandes dissabores, teve por fim a dita de ver realizada essa velha aspiração dos aveirenses.

Este artigo funda-se na documentação que o secretário da Comissão da estátua, Domingos José dos Santos Leite, entregou à guarda do Liceu, cerca dum ano antes do seu falecimento (ocorrido em 16 de Dezembro de 1919). Consta ela do seguinte: a) − Maço de documentos de receita e despesa; b) − Dois copiadores da correspondência expedida, um que vai de 7 de Abril de 1881 a 12 de Março de 1886, outro que vai deste mesmo dia e ano até 22 de Julho de 1890; c) − Maço da correspondência recebida (Maio de 1880 a 31 de Março de 1890), num total de 132 cartas e ofícios; d) − Caderno com a «relação dos indivíduos que subscreveram para o monumento» e respectiva contribuição de cada um, o qual, todavia, não / 128 / compreende todos os subscritores; e, finalmente, e) − Livro de despesa e receita (15 de Setembro de 1880 a 31 de Dezembro de 1889)(2). Forneceu-nos alguns esclarecimentos e tirou-nos algumas dúvidas o único vogal da Comissão ainda vivo − o Sr. Manuel Homem de Carvalho Cristo. Muitos ensinamentos nos facultaria a consultados jornais da época, mas resolvemos prescindir dessa consulta, aliás difícil, porque ainda é cedo para historiar as questões e incidentes, alguns bem desagradáveis, que à volta da construção da estátua se levantaram.

A Comissão da estátua nasceu duma «reunião dalguns indivíduos, quase todos da classe artista, realizada (em 25 de Abril de 1880) em casa de Pedro António Marques, fabricante de louça vermelha, morador na Rua da Fabrica, desta cidade. Os eleitos foram: − presidente, João da Maia Romão, professor do Liceu; − tesoureiro, Pedro António Marques; − secretário, Domingos José dos Santos Leite; − vogais, Manuel da Rocha, proprietário; Anselmo Ferreira, negociante; Manuel Homem de Carvalho Cristo, mestre de obras; Francisco Rodrigues da Graça, mestre de obras; José Joaquim Gonçalves da Caetana, negociante; António de Sousa, mestre de obras; e José Maria de Carvalho Branco, proprietário. Este último, porém deixou de acompanhar os trabalhos desde Outubro de 1880»(3).

Logo começou a longa série de canseiras. Para a angariação de receitas, promoveram-se touradas, bazares, espectáculos no Teatro, e abriram-se subscrições em Aveiro, Lisboa, Brasil, etc.

Em Abril de 1881, já a Comissão tratava de arranjar quem se encarregasse de fazer o modelo da estátua, e dos livros consta que em 12 desse mês já estavam lançados os fundamentos do pedestal.

A 8 de Maio do mesmo ano, houve reunião para abertura das propostas para a execução dos trabalhos do pedestal.

A Comissão optou pela proposta de José Moreira Rato & Filhos, de Lisboa, que se encarregaram, pela quantia de novecentos e noventa mil reis, do «fornecimento de toda a cantaria, completamente aparelhada com as faces brunidas, encaixotada e entregue na estação de Aveiro». A escritura do respectivo contrato foi feita nas notas do tabelião substituto, Francisco Nicolau de Figueiredo, desta cidade, em 22 de Maio de 1881.

A cerimónia da colocação da primeira pedra realizou-se no / 129 /  [Vol. V - N.º 18 - 1939] dia 8 de Maio do ano seguinte, «dia do centenário do Marquês de Pombal».

Prosseguindo, com toda a tenacidade, a Comissão conseguiu que o Conselheiro José Dias Ferreira apresentasse ao Parlamento um projecto de lei que autorizava o governo a fornecer o bronze necessário para a estátua. O decreto respectivo é de 3 de Junho de 1882.

A COMISSÃO DO MONUMENTO

(Da esquerda para a direita; sentados: PEDRO ANTÓNIO MARQUES, JOÃO ROMÃO DOMINGOS JOSÉ DOS SANTOS LEITE; de pé: FRANCISCO RODRIGUES DA GRAÇA, ANSELMO FERREIRA, MANUEL HOMEM CRISTO, MANUEL DA ROCHA, ANTÓNIO DE SOUSA, JOSÉ JOAQUIM GONÇALVES DA CAETANA (Foto pertencente ao Dr. Assis Maia)

Cerca de dois anos decorrem. Em Março de 1884, já o pedestal estava erguido, e a Comissão consultava o grande escultor Soares dos Reis sobre as dimensões que deveria ter a estátua.

É de 29 de Agosto desse ano o convite dirigido ao escultor José Simões de Almeida Júnior, de Lisboa, para que ele dissesse por quanto executaria o modelo da estátua; mas, por motivo de doença do artista, só em 9 de Fevereiro de 1886 é apresentada a proposta do aludido escultor. O contrato celebra-se a 17 desse mês, nas notas do tabelião Arnaldo Augusto Álvares Fortuna, de Aveiro, e nele se compromete Simões de Almeida a executar o modelo pela quantia de 1.100:000 reis. / 130 /

Embora devagar, a obra vai avançando. Em Março de 1886, estava o pedestal devidamente gradeado.

Não tendo dinheiro para as despesas da fundição da estátua, orçadas em 2.500:000 reis, novamente se dirigiu a Comissão ao Conselheiro José Dias Ferreira, em 12 de Março de 1886, para que ele apresentasse ao Parlamento um projecto de lei relativo à fundição, por conta do Estado, no Arsenal do Exército, «sob as vistas do escultor Simões de Almeida». O respectivo decreto tem a data de 4 de Maio do mesmo ano.

O tempo vai passando. Em Janeiro de 1888, corriam com regularidade os trabalhos da fundição e previa-se para Maio a sua conclusão. Na ânsia de ver realizado o seu sonho, a Comissão marca, em 1 de Março desse ano, para data da inauguração da estátua, o dia 24 de Julho.

Em 28 de Abril, já se achava fundida a estátua e em 7 de Maio sabia-se que já fora autorizada, por conta do Estado, a fundição das letras no Arsenal. Pouco depois, foi marcada para 12 de Agosto do mesmo ano a inauguração, mas esta foi prejudicada pela questão que se levantou, a propósito da vinda, para o hospital de Aveiro, de irmãs de caridade.

Em 30 de Julho de 1888, autorizou a Comissão que a estátua, já pronta, figurasse na Exposição Industrial Portuguesa, em Lisboa.

No ano seguinte, conseguiu-se que o transporte da estátua para Aveiro fosse feita por conta do Estado e obteve-se, da C. P., que o desembarque se fizesse na passagem de nível de S. Bernardo (Março de 1889).

Em 17 de Abril desse ano, já se achava a estátua em Aveiro, a qual foi descarregada, com a carreta que a acompanhava − num peso total de cerca de quatro mil quilos −, e transportada para o Largo Municipal, em 21 de Abril de 1889.

A posição em que a estátua devia ficar foi motivo de acesa discussão na cidade. O presidente, o secretário e o tesoureiro da Comissão entendiam que ela deveria ficar voltada para a Costeira; os restantes membros votavam pela posição que afinal veio a dar-se-lhe, ponto de vista sustentado, com grande veemência, pel'O Povo de Aveiro. Quem dirimiu a questão foi o autor do modelo, José Simões de Almeida Júnior.

A estátua foi colocada no pedestal no dia 20 de Julho, às quatro horas da madrugada, e sem qualquer assistência de curiosos, pelos operários do vogal Manuel Homem de Carvalho Cristo, e sob a direcção dele.

Finalmente, a inauguração fez-se, como ficou dito, no dia 12 de Agosto de 1889. Houve três dias de festas − 11, 12 e 13 −, e o principal número foi um luzido cortejo cívico, no dia 12, em que figuraram vários carros alegóricos.

Vejamos agora quais os principais indivíduos a cuja colaboração se deve o monumento. Para isso, transcrevemos parte / 131 / do ofício enviado pela Comissão a O Ocidente, em 27 de Dezembro de 1888, a pedido do respectivo director. Diz o seguinte:

Aspecto do cortejo da inauguração da estátua, em 12 de Agosto de 1889, na rua que hoje vai dar à estação do caminho de ferro (Rua Almirante Reis) − Atrás da fanfarra a Câmara Municipal.
Ver sequência de imagens relativas a este evento no Espólio FMS.

− «Colaboraram no monumento os indivíduos seguintes; José Simões d'Almeida Júnior, distinto escultor lisbonense, autor do modelo em gesso da estátua; Leandro Augusto Roque Pedreira, capitão d'artilharia, servindo de subchefe da Fundição de Canhões do Arsenal do Exército, que dirigiu os trabalhos da fundição da estátua com não vulgar zelo e inteligência; João Batista e Francisco da Costa, fundidores, e Manuel Augusto da Piedade e António José Brandão, serralheiros, operários do Arsenal; João da Maia Romão, autor do projecto do pedestal; Manuel Homem de Carvalho Christo, que dirigiu a construção do pedestal; José Moreira Rato & Filhos, de Lisboa, fornecedores da cantaria de mármore aparelhada, para o mesmo pedestal. Merecem também ser mencionados como colaboradores, e dos mais prestimosos, os Ex.mos Conselheiro José Dias Ferreira e desembargador Francisco de Castro Matoso da Silva Corte Real, deputados da Nação. O primeiro, alem doutros serviços que nos prestou, foi quem apresentou em côrtes o projecto de lei para a concessão do bronze; e o segundo, além também de muitas finezas que nos tem dispensado, foi quem / 132 / apresentou, de acordo com o deputado deste circulo, o projecto de lei para a fundição ser feita por conta do Estado»(4).

O cortejo à passagem pela rua do Cais e Alboi.

Quem, porém, mais trabalhou foi o secretário da Comissão. Assim o reconheceu Homem Cristo, no número comemorativo de O Povo de Aveiro, saído no dia da inauguração da estátua (Ano VIII, n.º 339), na qual ficou escrito o seguinte:  − «Domingos Leite. É o verdadeiro herói da festa. Sem ele nada se teria feito. Ao seu trabalho extraordinário, à sua dedicação sem limites, à sua actividade febril, ao seu patriotismo pouco vulgar se deve tudo. Ele sozinho vale a comissão. Há de se dizer esta verdade, ou os invejosos e os nulos, que tudo é a mesma coisa, queiram ou não queiram. Trabalhador incansável, / 133 / sobre ele caíram todas as missões difíceis da comissão. Para tudo chegava, a tudo satisfazia, e todos os encargos aceitou, com a alegria de quem tem a consciência que cumpre um grande dever. Enfim, outra vez o repetimos, sem ele nada se teria feito. É esse o grande mérito e o grande serviço deste filho do povo.»

Quando das festas liberais de Maio de 1928, comemorativas do primeiro centenário da revolta de Aveiro contra o perjúrio e despotismo de D. Miguel, entendeu a «Sociedade do Recreio Artístico» que devia colaborar nos festejos mandando colocar, junto do pedestal da estátua do grande aveirense, uma lápide com os nomes dos nove aveirenses a cuja iniciativa e esforço se ficou devendo o belo monumento que se ergue na Praça da República. Consagração justíssima foi ela, porque sem a fé e tenacidade desses cidadãos não se perpetuaria, tão vincadamente, a memória do homem a quem Aveiro deve muito das suas prosperidades materiais; daquele que é para a cidade o eterno símbolo do seu ancestral amor à liberdade.

O monumento a José Estêvão em 1939, sem as grades que o cercavam.

JOSÉ PEREIRA TAVARES

( Seguem documentos)

/ 134 /

DOCUMENTOS

I
AUTO DA INAUGURAÇÃO DA ESTÁTUA
(5)

Auto da inauguração do Monumento erigido á memoria de José Estevam Coelho de Magalhães

Anno do nascimento de nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos oitenta e nove aos doze dias do mez d'Agosto, no Largo Municipal da cidade d'Aveiro, na, presença do General de Divisão, Malaquias de Lemos, representante de Sua Magestade Fidelissima, EI Rei, o Senhor Dom Luiz Primeiro; do Ministro e Secretario d'Estado dos Negocios Eeclesiasticos e de Justiça, Francisco Antonio da Veiga Beirão, representante do Governo; das deputações das Camaras dos dignos Pares do Reino e dos Senhores Deputados da Nação portugueza; do Governador Civil do districto, Conselheiro João Affonso d'Espergueira; da Familia de José Estevam, representada pela sua viuva, Dona Rita de Moura Miranda Magalhães, por seu filho Luiz Cypriano Coelho de Magalhães, por sua nora, Dona Maria da Conceição de Lemos Pereira de Lacerda, por sua irmã Dona Maria Dorothéa Coelho de Magalhães, por sua cunhada, Dona Camilla Augusta d'Oliveira Magalhães, e por suas sobrinhas Dona Maria José de Magalhães Freitas e Oliveira, Dona Eugenia de Freitas e Oliveira e Dona Maria Antonia de Freitas Oliveira; de representantes da Junta geral do districto, Camara Municipal d'Aveiro e Camaras Municipaes do districto; de muitas authoridades e funccionarios civis e militares; de diversas corporações, associações e estabelecimentos do districto; de representantes da imprensa; do esculptor José Simões d'Almeida Junior, modelador da estátua; de grande numero de pessoas das diversas classes; e da Commissão do Monumento; achando-se o referido Largo Municipal devidamente adornado, e a estatua velada: se procedeuá ceremonia, da inauguração,com as solemnidades seguintes: Sendo (6) horas da tarde, o presidente da Commissão do Monumento, João da Maia Romão, offereceu o cordão da bandeira nacional, que velava a estatua, ao Coronel reformado Jeronimo de Morais Sarmento e, logo que esta se patenteou, uma girandola de foguetes e o hymno de José Estevam, executado por varias bandas de muzica, annunciaram que estava inaugurada a estatua do grande e glorioso tribuno, JOSÉ ESTEVAM COELHO DE MAGALHÃES, havendo nessa occasião enthusiasticas acclamações da multidão que enchia
o Largo Municipal. Em seguida o presidente João da Maia Romão leu uma allocução propria a pôr em relevo as sublimes qualidade do eminente orador, e agradeceu, em nome da Commissão, o importante auxilio que geralmente lhe foi dispensado para levar acabo a realisação da sua idêa erigir um singelo monumento ao filho d'Aveiro, JOSÉ ESTEVAM COELHO DE MAGALHÃES. Por ultimo foi lido este auto para ser assinado. Domingos José
/ 135 / dos Santos Leite, secretario da Commissão do monumento, o subscrevi e assigno.

 

Malaquias de Lemos(7)
Francisco António da Veiga Beirão
V. d'Almeidinha
Conde da Borralha
Antonio d'Oliveira Monteiro
José Dias Ferreira
António Cândido Ribeiro da Costa
Albano de Mello Ribeiro Pinto
António Simôes dos Reis
Francisco Maria de S.za Brandão
Joaquim Heliodoro da Veiga
João Affonso d'Espregueira
Rita de Moura Miranda Magalhães
Luiz Cypriano Coelho de Magalhães
Maria da Conceição de Lemos Pereira de Lacerda
Maria Dorothea Coelho de Magalhães
Camilla Augusta d'Oliveira Magalhães
Maria José de Magalhães Freitas Oliveira
Eugenia de Freitas Oliveira
Maria Antonia Freitas Oliveira
José Elias Garcia
Luiz Filippe da Matta
Antonio Augusto Pinto d'Almeida Chaves
Eduardo Ferreira Pinto Basto (Câmara de Lisboa)
José Simões d'Almeida Junior
José Maria de Moura B. Feio Terenas (Democracia Portugueza)
Visconde da Gandara (Camara do Porto)
Alfredo Ferreira Reis Guimarães (Gremio Honra e Dever)
Gualdemiro Pereira Cardoso (Gremio Honra e Dever)
J. J. Sanselim, (?) de Lima (Volunt. da Liberdade)
Victoriano Franco Braga (Gremio Lusitano)
Anselmo de Sousa (Camara Constituinte do Partido Rep.no Portuguez)
Francisco de Castro Mattoso da Silva Corte Real
Manuel Nunes da Silva
Domingos Luiz Coelho da Silva (Club 15 de set.º de 1820)
José Gonçalves Vieira Malaquias
Manuel Gualdino da Cunha
Olympio Joaquim de Oliveira
Regina Tavares Maia
Manuel Tavares d'Almeida Maia
José João Ferreira
Antonio Joaquim Leite Ribeiro
João Maria Garcia
Thomas José Garcia

− A Comissão do Monumento −
João da Maya Romão
Pedro Antonio Marques
Francisco Rodrigues da Graça
Anselmo Ferreira
Manoel Homem de C. Christo
Manuel da Rocha
Joze JoaquIm Gonçalves da Caetana
Antonio de Souza
Domingos José dos Santos Leite

/ 136 /

II
RESUMO DA CONTA GERAL DA COMMISSÃO PROMOTORA
DO MONUMENTO A JOSÉ ESTEVAM

DOCUMENTO EM FORMATO PDF

JOSÉ PEREIRA TAVARES
Continua na pág. 227 − ►►►

_________________________________________

(1)JOSÉ ESTÊVÃO nasceu em Aveiro em 26 de Dezembro de 1809 e faleceu em Lisboa no dia 4 de Novembro de 1862, à uma hora da madrugada.

(2) Tal documentação devia ter sido entregue em 22 de Julho de 1890, de acordo com a deliberação tomada pela Comissão, como consta do respectivo livro de correspondência expedida. Não sabemos por que o não foi nessa altura. 

(3) − Anteriormente, já outras comissões se haviam constituído, mas sem quaisquer resultados práticos.

(4)A este ofício pertencem também as seguintes palavras: − «...a Camara d'este Municipio deliberou em sessão de 10 de fevereiro de 1887 e sob a presidencia e pela iniciativa do distincto professor do lyceu, o Dr. Elias Fernandes Pereira, mandar collocar uma lapida commemorativa na casa onde, na rua de José Estevam, d'esta cidade, nasceu o notavel orador». E, no final, transcrevem-se os dizeres da lápide: − «Casa onde, nasceu aos 26 de dezembro de 1809 o grande tribuno parlamentar e benemerito cidadão portuguez José Estevam Coelho de Magalhães. Em honra de tão querida memoria mandou a Camara Municipal d'Aveiro fazer e collocar esta lapida por deliberação tomada em sua sessão de 10 de fevereiro de 1887».

(5)Existente, encaixilhado, na Reitoria do Liceu. Em 2018, está exposto na Biblioteca da Escola Secundária José Estêvão, nome actual do antigo Liceu de Aveiro, no edifício situado na Avenida 25 de Abril, inaugurado em 1952.   

(6)Há aqui um espaço em branco. A palavra que posteriormente foi escrita desapareceu.

(7)A assinatura desapareceu completamente. Todos os nomes vão com a grafia da época.

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