| 
         
        II 
        
        
        A 
        ACTA de 16 de Junho de 1869 encontra-se assinada por um novo professor, «Manoel Ribeiro 
        de Figueiredo»,
        que a seguir à sua assinatura escreve em parêntese 
        − 
        «protestando pela sua excluzão da meza de Latinidade» 
        −. 
        
        Novo Reitor assume a direcção do Liceu, o professor Clemente Pereira 
        Gomes de Carvalho, que como tal assina as actas
        desde 27 de Julho de 1869 até Junho de 1871. 
        
        Em 7 de Setembro de 1869 eram professores o citado Reitor Gomes de Carvalho, e mais: Germano Pinho, João José Pereira de Sousa 
        e Sá, Bernardo Xavier de Magalhães e Elias Fernandes Pereira. 
        
        Na sessão desse dia deliberou-se «qe a Biblioteca esteja aberta todos os 
        dias letivos desde as nove oras d'a manhan até o meio dia, e desde as 
        duas até as quatro, desde o comeso do ano até as ferias da Pascoa, 
        incluzive, e desde estas até o ultimo
        d'Agosto d'as oito ás onze e d'as tres ás seis. Declara-se, qe os
        dias, em qe a Biblioteca deve estar aberta são todos os, qe não forem 
        santificados, nem os de grande gala». 
        
        A primeira sessão de abertura solene das aulas no Liceu de
        Aveiro fez-se em 1869. Transcreve-se a acta respectiva: 
        −«Sesão 
        solene 
        d'abertura d'o ano letivo de 1869 a 1870. Ano d'o Nassimento de Noso 
        Senhor Jezus Cristo de mil e oitosentos e sesenta
        e nove, no primeiro d'Outubro, n-este Liseu d'Aveiro, e na Biblioteca d'ele, onde se axavam reunidos, o Reitor, tambem Profesor 
        d'Oratoria e Filozofia, os Profesores, de Gramatica e Latim, d'Istoria 
        Cronolojia e Geografia, de Franses e Ingles, de Matematica e Introdusão, 
        e o provizorio d'o curso de Portuges, todos no fim d'est'auto assinados, 
        o Ex.mo Governador Sivil, D. Joze Manuel de Menezes Alarcão, convidado 
        pelo Reitor, os alunos matriculados para o ano letivo, qe oje comesa, e 
        varios
        espetadores, qe concorreram a este ato, tomando o Reitor o seu 
        
        / 138 /
        respetivo logar, e tambem o seu os Profesores, e o Ex.mo Governador Sivil o, qe lhe foi destinado, ele Reitor proferiu o seu
        discurso, proprio d'esta sesão solene, e asim ficou aberto o ano
        letivo de mil e oitosentos e sesenta e nove a mil e oitosentos e
        setenta, e concluida esta sesão, de qe se lavrou este auto, qe
        asinaram, o dito Reitor e Profesor, D.r Clemente Pereira Gomes
        de Carvalho, os Profesores, Jermano Ernesto de Pinho, D.r João
        Joze Pereira de Soiza e Sa, Bernardo Xavier de Magalhains,
        Elias Fernandes Preira, e P.e Manuel Ribeiro de Figueiredo; e
        escrevi eu, tambem Secretario, Jermano Ernesto de Pinho». 
        
        A acta de 30 de Abril de 1870 é assinada por um novo
        professor, João da Maia Romão, já dado como fazendo parte do
        júri de Desenho na de 3 de Novembro de 1869. 
        
        Até Setembro de 1876 as actas pouco mais registam do que a distribuição 
        de serviço dos professores, horário das aulas, escolha de livros, organização de júris de exames, casos de indisciplina 
        de alunos e incidentes entre professores. 
        
        Em 18 de Julho de 1870, porém, resolveu-se «qe desde o
        primeiro d'Outubro até o fim d'as ferias d'a Pascoa a Biblioteca
        esteja aberta desde as nove oras d'a manhan até a uma d'a tarde,
        e desde as duas até as quatro da tarde; e desde o fim d'as ferias
        d'a Pascoa até o ultimo de Setembro esteja aberta desde as oito
        oras d'a manhan até uma d'a tarde; e desde as duas d'a tarde
        até ás quatro; eissetuando o mes d'Agosto e os primeiros qinze
        dias de Setembro em que ela estará aberta desde as dés oras
        d'a manhan até o meio dia». 
        
        É a última acta escrita pelo professor Germano de Pinho,
        que nunca mais exerce o ensino. O cargo de secretário passa a ser 
        desempenhado pelo professor João José Pereira de Sousa
        e Sá. 
        
        A acta de 10 de Novembro do mesmo ano informa-nos de que
        outro professor, Domingos Tavares Amador, entrara no Liceu. Era 
        professor de ensino livre e pouco tempo prestou serviço. 
        
        Na acta da sessão de 20 de Julho de 1871.aparece de novo
        o reitor João de Moura Coutinho de Almeida de Eça, e o corpo docente é 
        então constituído pelos profs. Clemente, Sousa e Sá,
        Bernardo de Magalhães, Elias (ausente por doença), Maia Romão, e Ribeiro de Figueiredo. 
        
        Para substituir o prof. Germano foi nomeado o professor
        provisório Abílio César Henriques de Aguiar, que assina as actas
        a partir de 3 de Outubro de 1871. 
        
        Na acta de 27 de Maio de 1872 figura o prof. provisório
        Francisco António Marques de Moura, que substitui o prof. Elias
        Pereira até Agosto de 1873. 
        
        O prof. Elias Fernandes Pereira apresenta ao Conselho,
        reunido em 10 de Julho de 1876, uma curiosa proposta. «Disse, que visto 
        ser esta a primeira vez desde Maio ultimo, em que se
        acham presentes ao conselho todos os membros d'elle, aproveitava 
        
        / 139 / a occasião para fazer a seguinte proposta: Havendo em
        todos os estabelecimentos d'instrucção publica, pelo menos e
        com certeza nos d'instrucção superior, o fraternal uso de conservar-se os retratos dos membros do corpo docente que se vão finando; e 
        tendo nós, infelizmente, agora, uma solemne occasião
        de trazer para a practica aquella tão boa idêa, visto que faleceu
        em Maio ultimo o professor mais antigo d'este Lyceu, Germano
        Antonio Ernesto de Pinho, proponho que á custa de todos nós
        seja erigido em logar appropriadod'este estabelecimento o retrato a oleo 
        d'aquelle nosso fallecido collega, e que seja lançado
        na acta um voto de sentimento por tão sentida morte.=Esta
        proposta foi, depois d'algumas breves considerações, approvada
        por unanimidade em ambas as suas partes, 
        − 
        e encarregou o professor de desenho, João da Maia Romão, de sollicitar a acquisição do mencionado retrato, missão que elle acceitou». Esta acta é 
        subscrita pelo Reitor João de Moura Coutinho de Almeida de
        Eça e pelos profs. Clemente, Sousa e Sá, Magalhães, Elias, Romão, e Aguiar. 
        
        Não consta, porém, que a resolução tenha sido efectivada.
        Pelo menos, não existe actualmente no Liceu retrato algum de
        qualquer professor daquele tempo. 
        
        A última acta do livro 2.º de actas é de 30 de Setembro
        de 1876. 
        
        O livro 3.º de actas abre com a da sessão de 
        11 de Dezembro de 1876. O Conselho reuniu para dar «cumprimento à portaria de 4 
        de Novembro próximo passado respondendo ao
        questionário da comissão encarregada de propor ao governo
        o plano de reforma da instrução secundária». 
        
        Pela acta de 23 de Junho de 1877, vê-se que José Rodrigues
        Soares, ao depois professor efectivo, exerceu nessa altura o ensino, no 
        impedimento dalgum professor. 
        
        Em 24 de Novembro de 1879, o reitor João de Moura Coutinho consulta o 
        Conselho sobre a substituição do prof. Bernardo
        X. de Magalhães, dois dias antes atacado de paralisia  
        [Veio a falecer 
        no dia 14 de Abril de 1882]; e logo em 7 
        de Janeiro do ano seguinte igual consulta é feita a propósito do professor Clemente Pereira Gomes de Carvalho haver
        sido mandado prestar serviço no Liceu Nacional do Porto. A
        acta deste dia está assinada pelo Reitor e pelos profs. Sousa e
        Sá, Elias, Romão e Aguiar. 
        
        A acta de 24 de Abril de 1880 está assinada também por 
        Álvaro de Moura 
        Coutinho de Almeida de Eça (sobrinho e genro do Reitor João de Moura), mais tarde Reitor. 
        
        É para nós muito importante a acta da sessão de 20 de
        Agosto de 1880. O Conselho reúne para dar cumprimento a
        uma portaria recente, relativa ao provimento de professores.
        Por proposta do Reitor, declaram-se providas definitivamente: 
        
        / 140 / 
        
          
            | 
             
        1) 
        −    | 
            
             
        O prof. Sousa e Sá na 4.ª cadeira (História, Geografia
        e Cosmografia), de que era proprietário por carta régia de 20 de Maio de 
            1860; 
   | 
           
          
            | 
             
            2) 
        −    | 
            
             
        O prof. Bernardo de Magalhães na 2.ª cadeira (língua
        francesa), de que é proprietário por carta régia de 20 de Abril de 1862; 
   | 
           
          
            | 
             
            3) 
        −    | 
            
             
        O prof. Elias Pereira, «professor das cadeiras de mathemática elementar e principios de physica e chimica e introducção aos 
        trez reinos da natureza que sempre
        tem regido e de que é proprietario por carta regia de
        3 d'Outubro de 1865, na 6.ª cadeira (elementos de physica, chimica e historia natural), pela qual optou; 
   | 
           
          
            | 
             
            4) 
        −    | 
            
             
        O prof. Abílio César Henriques de Aguiar, «provido nas cadeiras de grammatica portugueza, latina e latinidade
        e francez de Penamacôr annexas ao lyceu nacional de Castelo Branco por 
        decreto de 5 d'Agosto de 1865, e mandado em commissão para reger a 2.ª e 
            3.ª d'estas
        disciplinas n'este lyceu por portaria de 17 d'Agosto de 1871» 
   | 
           
          
            | 
             
            5) 
        −    | 
            
             
        O prof. Maia Romão, na cadeira de desenho, para que
        fora nomeado por portaria de 16 de Maio de 1861; 
   | 
           
          
            | 
             
            6) 
        −    | 
            
             
        O prof. Clemente de Carvalho, em comissão de serviço
        no Porto, provido na 5.ª cadeira (aritmética, álgebra,
        geometria, e trigonometria); 
   | 
           
          
            | 
             
            7) 
        −    | 
            
             
        O prof. Álvaro de Eça, provida na cadeira (língua portuguesa), visto que cabalmente se desempenhara do
        ensino da cadeira de filosofia, agora extinta, para que tinha sido 
        nomeado por portaria de 9 de Janeiro de
        1870, e tinha dado provas da «sua aptidão, zelo e integência».  | 
           
         
        
        Dois professores 
        novos tomam assento na sessão de 8 de
        Novembro de 1880: José Rodrigues Soares(1) e Manuel Gonçalves de 
        Figueiredo, que já ocupara o lugar de Reitor. 
        
        A primeira referência a José Estêvão, em actas do Conselho
        Escolar, encontra-se na da sessão de 1 de Junho de 1882, a
        propósito do lançamento da primeira pedra do monumento ao
        grande aveirense. O Reitor disse «que havendo assistido, no dia
        8 de Maio findo, e por convite da commissão promotora d'um
        monumento á memoria do insigne orador e prestante cidadão
        José Estevam Coelho de Magalhães no largo municipal, fronteiro ao edificio d' 
        este lyceu 
        − 
        á inauguração do principio dos trabalhos d'aquelle monumento e recebido uma das chaves do cofre
        em que fôra encerrado o auto d'aquella solemnidade para ser
        collocado nos respectivos alicerces, apresentava a dita chave ao 
        
        / 141 /
        conselho e o consultava sobre o destino que devia ser-lhe dado.
        O Conselho foi de parecer que ella fosse encerrada n'um pequeno cofre fechado e ficasse 
        archivada na secretaria d'este lyceu, como pareceu ser 
        a vontade da referida com missão(2). 
        
        Da acta de 31 de Outubro de 1882 consta que o prof. Aguiar foi transitoriamente substituído 
        pelo prof. interino de Latim, Viriato de Sousa Marques (vulgo Padre Viriatinho). 
        
        Na acta de 21 de Outubro de 1884, figura a assinatura do prof. 
        provisório de legislação civil, João Maria de Almeida e Moura, que assiste pela última vez a um conselho, em 27 de Fevereiro de 
        1886. 
        
          
            
              | 
            
             
        A seguir, só nos interessa a acta de 20 de Outubro de 1885. Por ela 
        consta que o Reitor (João de Moura) disse «que constando-lhe que por 
        haver sido supprimido por decreto do
        primeiro do corrente mez
        o curso ecclesiastico d'este extincto bispado, se andava procedendo, por 
        ordem
        do excellentissimo prelado diocesano ao inventario dos objectos ainda 
        existentes no
        edificio da extincta sé e pertencentes ao dito curso, 
        − 
        se lembrára de 
        sollicitar do mesmo excellentissimo prelado a cedencia dos
        livros que constituíam a bibliotheca do extincto seminario para
        serem encorporados na d'este lyceu; e por isso consultava o conselho sobre a necessidade e conveniencia d'este pedido.  
              | 
           
          
            | 
             
           Dr. 
            Manuel Gonçalves de Figueiredo (1834-1902)  | 
           
         
        
        Depois de 
        ponderado que os livros em questão decerto não farão falta ao seminario de Coimbra, que possue uma numerosa e escolhida
        bibliotheca, como de todos é sabido, e que ao contrario augmentavão e 
        tornavão mais variada e util a d'este lyceu, approvaram
        por unanimidade que ao excellentissimo prelado fosse pedida,
        em nome d'este conselho, a cedencia dos livros indicados, que 
        
        / 142 /
        são, como é publico, restos da hibliotheca dos antigos Bispos
        d'Aveiro e que ultimamente estavam ao serviço  do seminário». 
        
        A acta de 2 de Janeiro de 1886 é assinada pelo prof. Sousa
        e Sá, como reitor interino por falecimento do efectivo (João de
        Moura) e redigida por Gonçalves de Figueiredo, secretário interino. 
        
        O novo reitor, José Cândido Gomes de Oliveira Vidal, 
        apresenta-se pela primeira vez perante o  conselho, em 31 de Março 
        de 1886(3). 
        
        Foi este Reitor quem primeiro se esforçou por que do edifício do Liceu saíssem as repartições do Governo Civil e Fazenda, que desde 1864, como vimos, lhe ocupavam o primeiro
        pavimento. A esse respeito, é muito importante a acta de 2 de
        Abril desse mesmo ano de 1886: «Disse o mesmo reitor que constando-lhe ha 
        muito que a permanencia das repartições do governo civil e da fazenda do 
        districto no edificio do lyceu tem
        embaraçado sempre a regularidade do ensino pela natureza
        diversissima dos serviços d'ambos, e tornam absolutamente
        impracticaveis algumas disposições da reforma d'instrucção
        secundaria na parte respectiva ao mesmo lyceu, porquanto o andar do 
        edificio occupado por este nem é bastante para as suas
        aulas diarias, nem tem casas para secretaria, conselhos, gabinetes ou salas d'estudo e d'exames; sendo que ainda assim o governo civil, 
        tambem por mal acomodado, lhe invade frequentes
        vezes a bibliotheca (onde já funccionam duas aulas em falta de
        logar proprio) para n'ella celebrar as sessões da junta geral do
        districto: 
        − 
        que estes gravissimos inconvenientes foram já ponderados pelo senhor inspector da instrução secundaria em Janeiro
        de mil oitocentos oitenta e um ao governo de Sua Magestade,
        que, reconhecendo-os, providenciou ordenando ao governador civil que 
        estudasse o modo de desembaraçar o edificio, a fim de
        se accommodarem convenientemente as aulas e mais pertenças
        do lyceu, restituindo-lhes as casas que lhe pertenciam. O ministerio 
        porem que dera essa ordem, deixou poucos mezes depois
        o poder, entrou novo governador civil, e não consta que se
        fizesse, até agora, a minima diligencia para cumprir as determinações 
        recebidas; e assim continuam os mesmos inconvenientes
        accusados em prejuizo do serviço do lyceu. Que por isso elle
        reitor propunha que se pedisse instantemente ao governo de
        Sua Magestade as providencias necessarias para que o edificio
        do lyceu seja promptamente desoccupado pelas repartições do
        governo civil e da fazenda do districto; ou que ao menos, e para
        já, em quanto não houver casa para todas essas repartições
        estranhas ao lyceu, saia a repartição de fazenda das salas que
        occupa, passando as repartições do governo civil para uma d' essas 
        − 
        a do lado direito do salão d'entrada 
        − 
        a fim de que as duas 
        
        / 143 /
        salas do lado esquerdo sejam destinadas para aulas e secretaria e 
        reuniões do conselho do lyceu. O conselho, tomando em consideração esta 
        proposta, que  acha justa, affirma por verdadeiros os motivos que lhe 
        são fundamento, e unanimemente delibera
        que se envie copia d'esta
        acta ao senhor inspector da instrucção secundaria para impetrar do 
        governo de Sua Magestade as providencias precisas, a fim de serem 
        removidas do edificio do lyceu todas as repartições publicas estranhas 
        ao mesmo; e porque não seria facil achar-se de prompto um edificio que 
        as comporte todas, delibera tambem que se inste pela remoção immediata 
        da repartição de fazenda do districto para alguma das diversas casas da 
        cidade, onde bem pode instalar-se sem prejuiso do seu  serviço, a fim 
        de que, na proxima epoca d'exames, o lyceu possa já aproveitar-se das 
        salas, que ella occupa; e
        que o governo civil despeje a parte do edificio do lyceu em que está 
        estabelecido, até ao fim do corrente anno lectivo.» 
        
          
            | 
         
        Como veremos, estes desejos do Conselho só muito mais
        tarde foram satisfeitos. 
        
        Na sessão de 15 de Setembro de 1886 e para dar cumprimento ao Art.º 70.º 
        do Regulamento de 12 de Agosto desse
        ano, é feita a seguinte colocação de professores: 
        
        Língua e literatura portuguesa 
        − 
        Álvaro de Moura Coutinho 
        de Almeida de Eça (provisório); 
        
        Língua 
        francesa 
        − 
        José Rodrigues Soares (provisório); 
        
        Língua latina 
        − 
        Abílio Aguiar 
        (proprietário); 
        
        Princípios de Física e Química e História Natural (Elias
        Pereira (proprietário); 
             | 
            
             
               | 
           
          
            | 
             
               
            Cónego José Cândido Gomes de Oliveira Vidal  
    (1829-1892)  | 
           
         
        
        Geografia e História 
        − 
        Sousa e Sá 
        (proprietário); 
        
        Flosofia 
        elementar 
        − 
        Clemente de Carvalho (proprietário); 
        
        Desenho 
        − 
        João da Maia 
        Romão (proprietário). 
        
        / 144 / 
        
        Ficava vaga a 
        cadeira de Inglês. 
        
        Na acta de 5 de Novembro de  1886 figura o professor provisório de Inglês, Albino Dias Ladeira de Castro, e assina-a
        como secretário interino o professor José Rodrigues Soares, que exerce 
        esse lugar até Dezembro de 1889. 
        
        Mais dois professores provisórios são dados como presentes na acta da 
        sessão de 1 de Dezembro de 1886 
        − 
        Alexandre José da Fonseca e José Maria 
        Barbosa de Magalhães. 
        
        Em 2 do mesmo mês tomam-se resoluções sobre 
        os livros
        oferecidos ao liceu pelo Bispo. «Disse o Reitor que, pela extincção do 
        curso ecclesiastico d'Aveiro, foram entregues pelo Ex.mo
        Bispo Conde a este lyceu 2500 livros que pertenceram outr'ora
        á livraria particular dos Bispos, e que esses livros, entre os
        quaes se contam obras de muito valor, estão ainda sobre o soalho da bibliotheca do lyceu sem que até agora tenham podido
        ser escrupulosamente catalogados e collocados em estantes de
        modo a poderem ser consultados; que assim elle reitor convidava o Conselho a occupar-se d'este assumpto, deliberando o
        que julgasse mais conveniente para se tirar o proveito necessario da concessão dos mesmos livros á bibliotheca do lyceu. 
        O
        conselho, depois de larga discussão sobre este negocio, reconhece que é urgente catalogar esses livros, comparar o catalogo
        com o da bibliotheca para assim separar as obras em duplicado,
        rever todas cuidadosamente para retirar das estantes, onde já
        não há espaço para mais livros, as obras que estiverem truncadas e as 
        que já hoje são de valor nullo. Conhecendo, porem,
        quanto será penoso e demorado este trabalho, que demanda
        muito tempo, esforço e competencia litteraria, delibera que se
        represente ao Governo de Sua Magestade, pedindo: 1.º a nomeação do 
        professor d'este lyceu, Elias Fernandes Pereira para
        levar a effeito o trabalho acima indicado, mediante uma gratificação mensal que ao Governo parecer justa, ao que o dito professor 
        se presta; 2.º auctorisação para vender ou trocar as obras
        que se acharem em duplicado por outras, que não ha na bibliotheca, de facil e proveitosa consulta para os alumnos do lyceu
        sobre as disciplinas n'elle professadas e que estejam a par do
        estado litterario actual, vendendo-se tambem para o mesmo fim as obras que se encontrarem sem valor litterario entre todos 
        esses livros; 3.º auctorisação para ampliar e vedar por meio de
        redes d'arame as estantes da bibliotheca que mais economicamente podem assim ser arranjadas de 
        modo a comportarem
        maior numero de livros. Deliberou tambem o conselho que
        d'esta acta se tirasse copia para ser remettida á Direcção Geral
        d'Instrucção Publica para os devidos effeitos»(4).  
        
        / 145 / 
        
        A catalogação dos livros veio a fazê-la o professor Elias Pereira, e as 
        obras da biblioteca foram adjudicadas a Fernando Homem Cristo em 4 de 
        Abril de 1887, «em cumprimento do disposto no officio do Ministerio do 
        Reino de 21 de Janeiro de 1887 que auctorisa as obras na bibliotheca 
        d'este lyceu segundo as condições que estiveram patentes no acto da 
        arrematação a que o mesmo Reitor mandou proceder»(5). 
        
        A 14 de Janeiro desse ano de 1887, o Conselho reune extraordinariamente, «com o fim de discutir o projecto do regulamento interno dos empregados menores d'este lyceu, cuja
        elaboração fòra previamente encarregada a uma commissão composta dos 
        professores d'este lyceu, Elias Fernandes Pereira,
        Alvaro de Moura Coutinho d'Almeida d'Eça e José Rodrigues
        Soares». 
        
        Em 26 de Outubro do mesmo ano, o  corpo docente compunha-se dos 
        professores Romão, Elias, Álvaro de Eça, José Soares, Figueiredo, 
        Ladeira, Alexandre Fonseca, Barbosa de
        Magalhães, e Francisco da Costa Júnior, que substituía 
        provisoriamente o professor Aguiar, transferido para o Liceu de Coimbra(6). 
        
        Tendo o actual edifício sido construído propositadamente para nele se 
        instalar o Liceu, surpreende-nos que apenas vinte e sete anos após a sua 
        inauguração se pensasse em instalar
        noutro edifício os serviços do mesmo Liceu. Coisas da política do tempo. 
        Felizmente, essas tentativas nenhum resultado deram,
        e o Liceu continuou onde estava. Mas vejamos o que a tal
        respeito nos dizem as actas. 
        
        Na sessão extraordinária de 23 de Dezembro de 1887, o Reitor, Cónego 
        Oliveira Vidal, deu conhecimento aos vogais
        do conselho da consulta que lhes fora feita pelo Presidente da
        Comissão Distrital(7) 
        acerca da mudança do liceu para um
        edifício que se edificasse de novo. O professor Manuel Gonçalves de Figueiredo 
        propôs como questão prévia que o conselho se 
        abstivesse de responder á consulta feita pela Comissão Distrital, por 
        isso que, tratando-se de instrução secundária e
        de dar novo destino a um edifício do Governo, entendia que a
        consulta devia partir ou do Governo, ou do Inspector desta circunscrição. E tendo-se discutido esta proposta, o conselho deliberou 
        por maioria que se tomasse conhecimento do assunto
        da consulta. Em seguida o reitor, expondo a questão, resumiu-a nos três 
        quesitos seguintes: 
        − 
        1.º O actual edifício do liceu pode, 
        
        / 146 /
        como está, satisfazer ás necessidades do ensino? 2.º O mesmo edifício, 
        convenientemente modificado, pode satisfazer? 3.º Outro edifício 
        construído de novo pode satisfazer melhor que o actual
        depois de modificado? 
        − 
        O Conselho tendo ponderado estes
        quesitos, votou-os todos afirmativamente, sendo o 1º e 3.º por 
        unanimidade e o 2.º por maioria. Em seguida a esta votação, o Reitor 
        apresentou a planta-projecto do novo edifício, que lhe fora enviada pelo 
        Presidente da Comissão Distrital e havida pelo mesmo Presidente do 
        Director das obras publicas do distrito, e propôs ao conselho que 
        deliberasse se este projecto, realiszando-se, daria liceu com as 
        condições que o progresso da ciência actual exige, por ficar  melhor 
        que o actual liceu depois de modificado. Logo o professor Albino Ladeira 
        propôs que se nomeasse uma comissão de entre os vogais do conselho que 
        apreciasse o projecto apresentado e desse o seu parecer não só sobre 
        quaisquer alterações que entendesse necessárias para que o novo edifício 
        satisfizesse a todas as condições do ensino escolar, senão também sobre 
        a comparação desse seu estudo com o
        do projecto de modificação do actual liceu. Sendo aceita a
        proposta, o conselho nomeou para vogais da referida comissão
        os professores: Romão, Elias e Figueiredo. O professor Romão
        pediu escusa do seu serviço nesta comissão, que o conselho
        aceitou, nomeando para o substituir o professor Álvaro d'Eça. 
        
        Isto em 23 de Dezembro. Logo em3 de Janeiro de 1888, de novo reúne 
        extraordinariamente o conselho «para apreciar e votar o parecer que a 
        referida comissão em seguida apresentou 
        e que é do theor seguinte: 
        −«A Commissão encarregada de dar
        parecer sôbre o projecto apresentado para o edifício do novo
        lyceo a edificar no local das ruinas do palacete do Visconde de
        Almeidinha(8) 
        − 
        nos termos do mesmo 
        projecto 
        − 
        é de parecer que elle 
        satisfaz a todas as exigencias do ensino secundario, se poder (sic) ser 
        modificado do seguinte modo: 1.º 
        − 
        que o comprimento do edificio seja augmentado pelo lado sul numa extensão egual à largura da 
        capella; 2.º 
        − 
        que a escada fique de tres lanços 
        apenas, começando por um central e desdobrando-se em dois 
        superiormente; 3.º 
        − 
        que a largura de cinco metros que o
        vestíbulo tem na planta fique reduzido a tres, fazendo accrescer um dos 
        dois à largura da sala para espera de professores, e sendo o outro 
        aproveitado para o desenvolvimento da escada; 4.º 
        − 
        que aquelle vestibulo 
        de tres metros corra em toda a volta da
        escada, formando um varandim abaulaustrado; 5.º 
        − 
        que o espaço tomado 
        pelas aulas numero tres e quatro seja destinado para 
        
        / 147 /
        secretaria e sala do conselho e gabinete do Reitor; 6.º 
        − 
        que as portas 
        das duas arrecadações subjacentes á escada no andar terreo abram para o 
        atrio; 7.º 
        − 
        que seja expropriada a capella para que a sua area com a da 
        arrecadação junta fique para uma
        só arrecadação; 8.º 
        − 
        que o gabinete do andar superior seja exclusivamente 
        destinado ao bibliothecario, devendo na aula numero 6 tirar-se pelo lado 
        sul um espaço egual ao mesmo gabinete com destino especial de sala para 
        espera de professores; 9.º 
        − 
        que seja expropriado o arco junto a fim de que 
        a aula contigua possa receber luz pela frente. Confrontando depois este projecto, modificado dos termos expostos, com outro que foi presente
        a esta commissão elaborado no sentido de accommodar o actual edificio 
        ás necessidades do ensino é a mesma commissão de parecer que o primeiro 
        é superior ao segundo. O membro da
        comissão, Manuel Gonçalves de Figueiredo declarou que assignava vencido relativamente à comparação dos dois projectos por se não 
        conformar com a opinião dos outros dois membros. Aveiro, tres de Janeiro 
        de mil oito centos e oitenta e oito. Elias Fernandes Pereira, Álvaro de 
        Moura Coutinho de Almeida d'Eça, Manuel Gonçalves de Figueiredo». O 
        conselho tendo discutido largamente este assumpto, depois d'examinar não 
        só os trabalhos da commissão mas tambem os dois projectos, procedeu  á 
        votação, approvando por unanimidade a primeira parte do parecer, 
        relativa ao projecto do novo edificio com as modificações indicadas, e 
        por maioria a segunda parte, em que, confrontando aquelie projecto com o 
        da modificação do edificio actual, julga o primeiro superior ao 
        segundo». 
        
        Em actas do Conselho do Liceu não mais volta a falar-se em 
        mudança. O 
        caso apaixonou a opinião pública e a imprensa
        local. Como sempre acontece, dividiram-se as opiniões. Homem
        Cristo, no Povo de Aveiro, abriu violenta campanha contra a mudança, e 
        esta não se fez. O primeiro artigo saiu no número 312, 1.ª série, de 27 de Novembro de 
        1887, antes da primeira reünião do 
        Conselho, e a ele pertencem estas criteriosas e justas
        palavras: 
        − 
        «O lyceu está perfeitamente no sitio em 
        que se encontra. Representa um melhoramento de primeira ordem. É um
        documento vivo e permanente do maior patriota que tivemos. É
        uma tradicção gloriosa que será mais do que um erro, porque será um crime, não acatarmos e pouparmos. Motivos de sobra para que 
        aquelie edificio fique para o fim, grandioso e bello, a que os seus 
        fundadores o destinaram». 
        
        Durante três meses, diz HOMEM CRISTO(9), em cada número
        de O Povo de Aveiro se publicou um artigo sobre o assunto(10). 
        
        A comissão da estátua de José Estêvão, que então andava 
        
        / 148 / ultimando os seus trabalhos, protestou também, energicamente,
        perante o Presidente da Comissão Executiva da Junta Geral do
        Distrito, em 18 de Dezembro de 1887, contra o projecto de
        mudança do Liceu. Dizia assim o seu protesto: «Illmo e Ex.mo
        Snr. Presidente da Commissão Executiva da Junta Geral. Os
        abaixo assignados, membros da Commissão que promove os
        meios de elevar n'esta cidade uma estatua em marmore do
        grande orador portuguez José Estevam Coelho de Magalhães,
        vem perante V. Ex.ª reprezentar contra a resolução de se tirar o lyceu 
        do magestozo edeficio em que está funcionando. Como
        V. Ex.ª sabe tão bem como nós, o lyceu actual é um titulo de
        gratidão que possue a cidade d'Aveiro para com o seu filho
        dilecto e querido. Ninguem ignora a dedicação que teve José
        Estevam por aquelle edificio e por aquella instituição e o amor
        que toda a vida lhe votou. Ir-se desviar hoje do seu primitivo
        destino, é matar as tradições gloriozas que lhe andam ligadas, é
        renegar o legado do mais puro e abençoado espirito que surgiu
        n'esta terra, é desrespeitar uma caza, que já é um monumento,
        e praticar por consequencia um vandalismo e uma profanação,
        que ao espirito illustrado e patriotico de V. Ex.ª hade repugnar primeiro do que a nenhum outro. Se os abaixo assignados,
        como cidadãos e habitantes d'esta terra, vissem na resolução a
        que se veem referindo um motivo de necessidade suprema ou
        de conveniencia extraordinaria, seriam os primeiros a calar o
        sentimento que dictou estas linhas, em face dos interesses maiores da collectividade: Mas ainda se não convenceram de motivo
        grave que haja para retirar o lyceu do edificio nobre em que
        tem funcionado até ao prezente. Com o seu aspecto grandiozo,
        com as suas condições imponentes, nenhum outro melhor para
        templo da sciencia e tabernaculo das lettras. Com as suas dimensões e amplitude presta-se incontestavelmente ás necessidades e exigencias do ensino moderno. Pelo lado da situação e
        pelo lado da economia, não se nos affigura que fôsse razão
        attendivel, por um segundo sequer profanar um monumento,
        porque não houvesse local mais adequado a sede das repartições
        publicas, nem que a circunstancia do novo edificio burocratico
        custar mais dois ou tres contos de reis que um outro edeficio
        para lyceu fosse motivo justificado e serio de uma população
        faltar á propria dignidade e ao decoro que se deve desrespeitando a memoria de José Estevam. Isto na hypothese da economia e da situação ficarem prejudicadas, o que não acreditamos
        de maneira nenhuma, porque nem um novo lyceu deixaria de custar immenso 
        dinheiro para satisfazer ao progresso, á civilização e á corrente da mentalidade nacional, nem seria pequeno o 
        
        / 149 /
        dispendio em apropiar o existente a repartições publicas, nem deixa de 
        haver local conveniente para a construcção d'um edeficio 
        politico-administrativo no centro da cidade. 
        
        «Ill.mo e 
        Ex.mo Snr! Vae-se pagar d'aqui a dois dias uma divida sagrada 
        á memoria do famozo paladino das franquias populares, ao heroico filho 
        de Aveiro, ao grande cidadão portuguez. Deixae-nos que a estátua de 
        José Estevam se erga defronte do nosso Lyceu. Deixae-nos que o bronze e 
        a pedra attestem o patriotismo do morto e o patriotismo dos vivos. 
        Deixae-nos que os dois monumentos, o amor d'um homem e a gratidão d'um 
        povo, sejam a nossa gloria commum nos dias da festa que se avizinham ahi: Deixae-nos sem uma macula, sem uma sombra, sem um retrahimento que 
        seja, contentes do nosso trabalho e orgulhosos do nosso dever, receber 
        os estranhos que nos vierem vizitar. A vós, orador, jornalista, 
        publicista, a vós que, ainda n'outro dia, defendeste (sic) o 
        melhoramento para esta terra d'um edeficio destinado ás repartições do 
        Estado, levamos este appêllo patriotico. E estamos certos de que seremos 
        attendidos (ass.)
        a Commissão»(11). 
        
        Em 2 de Janeiro de 1890 redige o 
        prof. Elias Pereira a primeira acta como 
        secretário efectivo, cargo que desempenhou até 1920; na acta de 1 de 
        Fevereiro desse ano, figura a assinatura do novo professor de Latim, 
        Manuel Borges Grainha, e na de 3 do mesmo mês a assinatura do professor 
        Manuel Rodrigues Vieira, que neste Liceu exerceu o ensino até ao dia 16 
        de Dezembro de 1927, em que atingiu o limite de idade (70 anos). 
        
        A última acta do Livro 3.º de actas é datada de 13 de Maio desse mesmo 
        ano de 1890. 
        
        Nenhuma importância tem para nós a primeira acta do Livro 4.º das 
        actas do Conselho, de 2 de Junho de 1890, bem como as que se lhe seguem 
        até 19 de Agosto do mesmo ano. Na sessão desse dia, o Reitor apresenta 
        um horário especial, no qual se atende à situação em que os alunos se 
        encontravam em face da permanência do Governo Civil e Repartições da 
        Fazenda no primeiro pavimento do edifício do Liceu. Um dos considerandos 
        reza assim: 
        −«Considerando que a inevitavel agglomeração de muitos 
        alumnos no salão de entrada do lyceu ou no seu atrio estorva e perturba 
        muitas vezes a regularidade dos trabalhos da repartição do governo civil 
        e da de Fazenda do districto, tudo alojado no primeiro andar do edificio 
        e com as portas para aquelle atrio, sem falar em frequentes conflitos 
        que, procedentes d'aquella agglomeração, teem logar entre estudantes e a 
        guarda 
        
        / 150 /
        militar do cofre do districto, apresentara elle Reitor um projecto 
        d'horario que remediasse quanto possivel taes inconvenientes». 
        
        A assinatura do professor de Latim, Manuel Borges Grainha, aparece pela 
        última vez na acta do dia 11 de Janeiro de
        1891. Na de 3 de Fevereiro consta que esse professor está
        doente. 
        
        Na sessão de 18 de Setembro do mesmo ano, figura o nome do professor 
        Ildefonso Marques Mano. 
        
        Em 22 de Março de 1892 falece o Reitor Cónego Oliveira Vidal (acta de 1 
        de Abril), pelo que assume o lugar de Reitor interino o professor Maia 
        Romão; mas na acta de 30 de Julho desse mesmo ano figura como chefe do 
        Liceu o professor Manuel Gonçalves de Figueiredo. 
        
        Até ao dia 2 de Novembro de 1895 apenas há a registar a entrada de dois 
        professores provisórios: na acta de 25 de Novembro de 1893, figura a 
        assinatura de José Marques de Castilho (Latim), que assina as actas até 
        Julho de 1896, e na de 1 de
        Fevereiro de 1894 a assinatura de José Fernandes Mourão (Matemática), 
        nome que aparece pela última vez na acta de 3 de Novembro desse ano. 
        
        Em 14 de Setembro de 1895 é Reitor do Liceu o professor Manuel Gonçalves 
        de Figueiredo e professores os seguintes indivíduos: Maia Romão, Elias 
        Pereira, Álvaro de Eça, José Rodrigues Soares, Manuel Rodrigues Vieira, 
        Marques Mano e Ladeira de Castro, efectivos; e Marques de Castilho, 
        provisório. 
        
        Vai abrir-se a terceira fase da existência do Liceu de 
        Aveiro. Até 1895, 
         
        
        foram reitores: 
        1.º 
        − 
        Dr. João de Moura Coutinho de Almeida de Eça 
        (1851-1854; Fevereiro a Julho de 1856 e
        1871-1885); 2.º 
        − 
        Dr. Francisco José de Oliveira Queiroz (Junho
        de 1857-1861); 3.º 
        − 
        Manuel Gonçalves de Figueiredo (Julho de 1862 a Julho 
        de 1863; Junho de 1892 a Dezembro de 1893; Outubro de 1894 a Novembro 
        de 1895); 4.º 
        − 
        Clemente Pereira Gomes de Carvalho (1869-1871); 5.º 
        − 
        José 
        Cândido de Oliveira Vidal (1886-1892). 
        
        Reitores interinos foram-nos os professores Manuel Joaquim de Oliveira 
        Santos (1854-1855), Germano Ernesto de Pinho
        (1855-1856; 1856-1857; 1862), João José Pereira de Sousa e Sá
        (]an.º e Fev.º de 1887) e João da Maia Romão (Abril e Maio de 1892, e 
        Janeiro a Setembro de 1894). 
        
        Finalmente, durante estas duas primeiras fases (1851-1860; 1860-1895) o 
        Liceu teve quatro secretários efectivos: Manuel Joaquim de Oliveira 
        Santos, Germano António Ernesto de Pinho, João José Pereira de Sousa e 
        Sá, e Elias Fernandes Pereira. 
        
        JOSÉ PEREIRA 
        TAVARES 
        
        
        Continua na pág. 221 
        − 
        ►►► 
         |