Como eu gostaria de recitar o Credo (Baseado no único
e já tão esquecido «símbolo dos Apóstolos», no «Pai nosso» e em
muitas passagens da Bíblia). Quero respeitar Deus como Mistério
totalmente indizível; bem como o Mistério da sua «presença» na
História da Humanidade. Posições dogmáticas não respeitam nem Deus
nem a inteligência humana – e só nos afastam deste Mistério que
engloba todo o Universo e toda a Vida. NOTA: Esta versão do «MEU
CREDO» apenas substitui o termo «ressurreição», aplicado a Jesus
Cristo e a toda a Humanidade, por uma perífrase que pretende
aprofundar o sentimento religioso.
Creio em Deus
Fonte de Amor e de Vida
E que entregou ao nosso cuidado
As maravilhas do céu e da terra.
Creio em Jesus, e que é chamado Cristo
Por ter sido enviado por Deus
Como Filho muito amado
A anunciar o Tempo de Libertação.
Ensinou-nos a tratar Deus como Pai
Tão perfeito que inclui todo o amor de Mãe.
Desde o nascimento, deixou-se guiar pelo Espírito
divino
Crescendo em graça e sabedoria
Junto de seus Pais em Nazaré.
Foi condenado à morte por defender sem cobardia
A Dignidade de todos os seres humanos.
Foi crucificado, morto e sepultado.
Revelou-se ao terceiro dia,
Às mulheres e homens que o seguiam,
Vivente na alegria da vida de Deus.
Ele é Caminho para a Vida
E Juiz perante o Amor e a Verdade.
Creio que o Espírito santo de Deus
Nos acompanha, anima e ilumina
E reúne toda a gente de Boa Vontade
Numa só Igreja de filhos de Deus.
Creio no perdão a quantos se arrependem
De todas as faltas, por actos e omissões,
Contra o Bem e a Beleza
Da universal Casa Comum.
Creio no Reino de Deus,
Reino de justiça e de paz
Que todos vamos construindo
Livremente responsáveis na mesma empresa divina.
E creio que seguiremos Jesus Cristo
Na sua Vida livre de todo o mal,
Em perfeita comunhão e perfeito amor,
Unidos à volta da mesa de Deus.
ÁMEN
Aveiro, 08-06-2020 |