Uma distracção de Pasteur

Pasteur fora passar uma temporada na Borgonha, com a família do seu genro. Estava-se à mesa e quase no fim do jantar. Sem dizer nada, o sábio entretinha-se a comer cerejas, tendo o cuidado de as lavar escrupulosamente, uma por uma, num copo de água, com um cuidado de tal modo meticuloso, que os seus não puderam deixar de rir. Pasteur, reparando nisso, disse-lhes:

– Vocês riem! Mas é porque não fazem a menor ideia das impurezas que se encontram em cada uma destas cerejas!

E a este propósito, continuando sempre a lavar os frutos, como até aí, fez uma verdadeira lição de curso aos que o rodeavam, insistindo particularmente sobre o número espantoso de micróbios, que podem viver na superfície de cada cereja. E quando acabou, disse em conclusão:

– Bem vêem que todas as precauções são poucas. Façam o mesmo que eu. Lavem bem as cerejas.

Dito isto deixou-se absorver pelas suas meditações, e, distraidamente, pegou no copo onde estivera a afogar com todo o cuidado a tal infinidade de micróbios e bebeu-o de um trago.

Imaginem, depois disto, as gargalhadas da família!

 

As crianças e as cores

– As crianças não distinguem logo desde o começo todas as cores. Principiam por diferençar o branco do preto. Cerca do décimo sexto mês, distinguem o vermelho e depois o verde. Dos dois aos três anos, aprendem a conhecer o amarelo; dos três aos quatro a cor de laranja, o azul e, por fim, o roxo. Em geral, por volta dos seis anos, é que conseguem perfeitamente distingui-las pelos seus nomes.


O médico e a sua mula

Um esculápio, montado na sua mula, ia visitar um doente que tinha um apostema na garganta.

Mesmo à porta do doente, encontra o doutor um amigo e apeia-se para falar com ele mais à vontade, deixando a mula à solta.

Esta, vendo uma porta aberta, entrou por ela e foi dar à cama do enfermo que, sentindo ruído e supondo que era o médico, estendeu o braço, sem voltar a cabeça. O animal, vendo um braço estendido para ele, sem saber porquê, toma nos dentes a mão.

O doente, espantado, volta-se, ergue-se de um pulo para pôr na rua o quadrúpede, mas dá-lhe um tal ataque de riso que o abcesso rebentou. Acode o médico que quer chicotear a mula, mas o doente opõe-lhe, dizendo:

– Alto lá, senhor doutor! É caso para admiração: a sua mula curou-me e a sua ciência talvez o não conseguisse. Doravante, se outra desgraça como esta me acontecer, mande V. Ex.ª a mula e deixe-se ficar descansado em casa.

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Perguntas e adivinhas

1 - Qual é o nome de ave que não tem direito nem avesso?

2 – Qual é a terra de Portugal que faz bater com mais força os corações?

3 – Em que ponto duma frase nunca se afirma coisa alguma?

4 – O que é que está no fim do mundo?

5 – No princípio da vida o que é que existe?

6 – Qual é o nome de homem que significa urso grande?

7 – Qual é o nome de mulher que vale por dois?

8 – Qual é o verdadeiro significado da palavra francesa «crèche»?

(Ver respostas na página 255)

 

 

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