A noite alentejana

Esfuma-se, distante, a cor do arrebol;
A faina terminou. Uma penumbra leve,
Vem, mansinho, a cair, como um lençol de neve,
Formando, doutra cor, o seu vasto lençol!

A linha do arvoredo, incerta ao pôr do sol,
É curvilínea agora, aos poucos circunscreve
Num círculo, outros mais, até que ficam, breve,
Árvores, terra e montes envoltos no lençol,

E, volvida uma hora, a noite é vasta, escura,
Nem uma estrela brilha: a sideral mansão
Fica além do vapor que corre em luta insana.

Mas a terra dá tudo: há uma gota pura
Do fruto da oliveira, ali, na escuridão...
E tremula uma luz na noite alentejana!

MANUEL ANAYA

Acredite que é verdade

Filipe rei da Macedónia, pai de Alexandre, o Grande, ordenou que todas as manhãs, ao despertá-lo, o seu criado lhe dissesse: «Lembra-te de que és um homem!» O mesmo criado tinha por obrigação dizer todas as noites ao seu amo: «Lembras-te de que és um homem?»

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Alarico I, rei dos visigodos, que no séc. IV da era cristã devastou a Trácia e a Grécia, morreu misteriosamente, pouco depois de ter pilhado Roma.

 

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