A Vila de Castelo de Vide está
situada na encosta de um pequeno monte que se levanta à saída do
desfiladeiro Marvão-Castelo de Vide, aberto no maciço montanhoso das
serras de S. Mamede e de Portalegre, (os Hermínios Menores da Lusitânia)
e por onde passa a importante estrada internacional que vem de Valência
de Alcântara.
A sua fundação é
antiquíssima, concluindo-se, pelos vestígios existentes, que teve como
primeira fortaleza um castro de povoamento, mais tarde transformado num
oppidum. A importância da sua situação militar foi sempre grande,
desde os tempos da pré-história, visto comandar uma das mais importantes
comunicações entre a estremadura espanhola e o Alto Alentejo.
Por esta razão os romanos
teriam transformado, segundo a sua técnica castrense, o oppidum
lusitano, que devia ser à sua chegada, numa sólida fortaleza.
Foi tomada aos mouros por
D. Afonso Henriques, não se sabe em que ano. Este rei mandou logo
restaurar o castelo romano e doou a vila ao bravo Gonçalo Mousinho,
companheiro de seu pai, o Conde D. Henrique, por se ter destacado nas
lutas contra os mouros.
Arruinado o castelo nas
lutas contra os leoneses e castelhanos, D. Dinis, em 1299, mandou-o
restaurar e ampliar, levantar a torre de menagem e cercar a povoação de
uma alterosa muralha, a qual, segundo se crê, só foi terminada no tempo
de D. Afonso IV. Deu foral à vila, em 1310, no qual concedia muitos
privilégios e isenções aos moradores.
Mais tarde, D. Manuel terá
mandado restaurar a fortaleza de Castelo de Vide, muito arruinada palas
lutas com os castelhanos, devendo ser essa a representada nos desenhos
de Duarte Darmas.
Castelo de Vide – Vista tirada da banda do
sueste
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