CONTEXTO
SOCIAL
Em
qualquer reforma educativa é realizado um trabalho de análise
e reflexão, assente em todas as realidades concretas,
onde irá ser aplicada. Por um lado, poderá ser um
"projecto" linear, supostamente exequível em
qualquer contexto, por outro lado, deve visar um futuro
desejável, mas todas as evoluções de condições e
valores dependem de opções internas e de influências
externas, de forma que, qualquer projecção de futuro,
estará sempre rodeado de incertezas. Por isso, é que será
importante preparar os alunos para conviverem positiva e
criticamente com as dinâmicas de mudança.
Obviamente
que qualquer reforma é muito difícil -
finalmente reconhece-se que o equilíbrio social do
futuro depende da Educação e é de qualidade que falo,
quando se propõe Oficina de Teatro, porque é na qualidade que se devem
centrar os objectivos e os meios e é nas preocupações
humanistas que se recuperam ou renascem valores.
CONTEXTO
EDUCACIONAL
A
Escola é o centro do processo educativo e, se não tiver
condições e recursos adequados nunca poderá ser um
lugar atraente e motivador de aprendizagem. Devemos ter
consciência que a eventual rejeição da Escola não se
deve exclusivamente à falta de recursos e condições.
Como é difícil determinar as razões desse fenómeno,
por falta de explicações convincentes, vejo uma
Disciplina, como a Oficina de Teatro, a poder ajudar a mudar o contexto
educacional numa reforma, para motivar a população
escolar a envolver-se com gosto no processo
ensino-aprendizagem. Qualquer transformação
significativa, não será eficaz se não estiver
associada, no tempo e nos recursos, a uma nova organização,
gestão dos espaços e tempos educativos e a uma relação
pedagógica humanizada. É por isso que concordo com as
propostas, do Ministério da Educação, de revisão
curricular a este nível, porque penso que se vai criar
uma Escola sem estar isolada da vida social e
interactuante com alunos, professores, famílias,
interesses sociais, económicos e culturais. Será uma
Escola mobilizada para identificar e concretizar respostas
educativas próprias, até porque na Disciplina que a
Escola oferece, os critérios de selecção das matérias
curriculares vão respeitar, mais facilmente, os
objectivos gerais e específicos, previamente definidos e
a definir, conforme as realidades que vão surgindo. Terei
em conta que não se deve conflituar destrutivamente com o
universo cultural dos alunos, mas dar-lhes a conhecer
outros universos. Tudo isto só poderá acontecer se
respeitarmos os níveis de maturidade dos alunos, as suas
necessidades e motivações, compatibilizando o equilíbrio
entre extensão e profundidade dos conteúdos. Tentarei
satisfazer exigências de actualidade e de
imprescindibilidade, em termos de informação
fundamental, perdurável e transferível para novas situações
de mudança.
|