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Eduardo Manuel Maia Figueiredo


Despedida

 

Já professor não sou.
O meu espírito,
à massa bruta vai parar
Outro idealista fui:
outro lírico…
Nos valores eu acreditei,
e os princípios defendi.
Aos outros me quis igualar,
Melhor que eles,
eu quis falar.
E passei a vida a dar-lhes.
Pobre insensato!
Como poderia um simples rato,
querer ser tão lato?
Não há, agora, solução,
e não me dêem a mão:
Quem tão bem me viu morrer,
que outro gesto pode, agora, ter?
E tu, ó Juventude,
que sabes o que eu fiz,
ESQUECE TUDO:
LUTA PARA SER FELIZ.

15 de Maio de 1992

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