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Me espanta
sempre essa alegria,
que mata a dor no samba,
p'ra esquecer esse dia mamba.
Me alegra sempre esse espanto,
de curtir selva e praia na tanga,
pois favelado não tem fivela.
Esse canto do SER TÃO descalço,
que vive sempre no percalço,
que sem vida, vive mesmo nela.
Me espanta esse falar do Amor,
esse curtir intenso do sexo,
na tristeza do sem nexo.
Me alegra que o tropical sabor,
saiba dar tempero à dor,
e fazer da pele, a praia da cor.
20H03
de 25/01/2000 |