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Eduardo Manuel Maia Figueiredo


1 de Abril de 1996 

 

Meu caro Mário Viegas,

Claro que é mentira.
Morreste vinte e cinco dias antes! Porra!
Agora chamar-te-ão tudo.
Claro! Agora estás calado...
Tu! Que disseste " NÃÃOO!",
feito "operário em construção"...
E quem vai dizer os meus versos?
Quem os vai gritar no silêncio que eles têm?
Quem vai?
Quem vem?
Quando um de nós sai,
"leva mais cinco também"...
E os que vão ficando,
vão todos constatando,
aquele VAZIO,
que ficou,
quando o RIO
secou.

No café Camabatela
às 20h12 de mais um dia de mentiras

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