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Uma
lágrima teimosa aflorou
Aos olhos do velho pescador;
Viscosa, nas rugas deslizou...
Rugas cavadas, sulcos de dor.
O
sol, em contra-luz, iluminava
A face escura, curtida em maresia,
Roble secular de pele gelhada...
Cansado de lutar, dia após dia.
Ao
mar lançou um último olhar,
Como a querer, ainda que vencido,
Cavalgá-lo, impando de vaidade!
Uma
lágrima tornou a aflorar.
O roble curvou-se, envelhecido,
Rendido à cruel realidade.
Sem
data.
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