Saudade...
palavra do infinito;
saudade... sulco cavado
na esteia das recordações .
Na ciência me envolvi
(vida que vivi com vida);
estudei Física e Química;
Rómulo de Carvalho
um nome a não esquecer!
foi meu professor:
sem dúvidas, sem hesitações,
entrei, a fundo, em seu «saber».
E já o calor lhe invadia
essa entrega à poesia.
Duas pessoas distintas!
António Gedeão sentiu a poesia
que dele brotou:
a vontade imperou!
Realizou-se;
e encontrou-se
numa obra sem igual...
leia-se «pedra filosofal»!
Os ventos...
levaram seu corpo cansado;
e... o poeta morreu;
sua voz há-de eclodir no éter.
O poeta morreu...
mas a melodia, partitura
que escreveu um dia,
melodiosamente,
ouvir-se-á
após a partida!
E o poeta será vivo...
depois de pungente despedida...