Conforme consta dos seus Estatutos, o projeto idealizado pelos seus
fundadores, tinha como finalidade “promover a união dos artistas
plásticos aveirenses (de nascimento ou em Aveiro radicados),
independentemente de credos políticos ou religiosos, mas com nítida
tendência para a experimentação, para a modernidade...”.
Assim
nasceu, no ano de 1971, AveiroArte (denominação devida a David
Cristo), com o objetivo determinado de preencher um vazio, um espaço
que, no terreno do associativismo artístico, se encontra
absolutamente em aberto – uma necessidade, portanto, imperiosa
realização, urgia. Considerando
um
movimento algo divergente nas suas propostas face ao que
abundantemente comum se vai produzindo por todo o lado, organizado e
persistente, com uma existência que já atinge os 50 anos, AveiroArte,
tem como coletivo exercido uma atividade que, não alcançando ainda
todos os seus objetivos que, desde a sua génese, se propunha
atingir, não deixa por isso de se manter atento a todas as
possibilidades emergentes e disponível para, além das suas próprias
iniciativas, colaborar com outras entidades, aquelas que, na
verdade, vão contribuindo para a transformação e elevação cultural
da cidade de Aveiro.
Com a
regularidade possível, AveiroArte tem sido responsável por numerosas
Exposições coletivas e individuais, e participado noutras de
iniciativa alheia.
A
título pessoal, muitos dos seus componentes têm-se desdobrado em
ações pedagógicas de assinalável relevo e de elevado prestígio para
a Cidade, participando como formadores no ensino oficial, em cursos
de iniciação às artes plásticas, orientando visitas guiadas,
projetando monumentos, executando cenários para teatro, escrevendo
textos das mais diversas áreas, colaborando em jornais, revistas,
rádio, etc, estando presentes em Exposições coletivas em Portugal e
no estrangeiro, e representados em bienais internacionais de arte.
Não
tendo disponíveis todos os meios que lhe permitam uma mais completa
intervenção e uma ação cultural e artística ainda mais substantiva e
uma participação de maior dinâmica – o que espera conseguir um dia!
– AveiroArte, apesar de múltiplas carências que, por si só não
poderá obviar, não deixa de vir marcando, com o seu perseverante
labor, o espaço cultural de que legitimamente faz parte.
Artur
Fino |