Maria de Fátima
Barrote
(5.º ano)
HOJE
ninguém receia a varíola. Mas, no século passado, ainda era um
flagelo.
A maior parte dos doentes morria. Os sobreviventes ficavam marcados
para sempre.
No século XVI, registaram-se na Europa seis grandes epidemias de
varíola.
Em cada ano o número de mortos provocado pela doença era superior a
500 000!
No século XVIII, um médico inglês, Jenner, ouviu dizer aos
camponeses que muitos se tinham curado da varíola em
poucos dias. Esclareciam que tinham sido contaminados pelas vacas.
Jenner reparou então que as vacas sofriam de uma doença semelhante
à varíola dos
homens e que os camponeses
contaminados por elas ficavam apenas ligeiramente doentes e sem
cicatrizes. Existiria, perguntou a si mesmo, nas vacas,
uma varíola sem consequências mortais para o homem? Contraindo a
varíola das vacas, ficar-se-ia imunizado contra a do homem?
Para se certificar, após ter inoculado no braço de um pequeno
camponês a substância contendo pústulas duma forma de vacina,
inocula-lhe, alguns dias mais tarde, os germes da varíola dos
homens.
O doutor Jenner passa dias terríveis, pensando no que poderia
suceder à criança.
Felizmente este nada sofreu e ficou imunizado contra a doença.
A partir daí, a vacinação
espalha-se rapidamente. Em
1800 é introduzida em França; em 1801 vacinaram-se mais de 1000
londrinos; em 1803, torna-se obrigatória em Espanha, e, em meados
do séc. XIX, em todos os países civilizados. |