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farol n.º 25 - mil novecentos e sessenta e seis ♦ sessenta e sete, págs. 12 e 13.

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 1º Ciclo

O Outono

Rita Marnoto
(1.º ano)
 

As pétalas tombaram
Uma a uma
Sobre mim
Sem fim...
Anunciando o Outono,
A estação da beleza
Mas da tristeza!
Nas árvores,
Não vi folhas.
Só pequenos ramos,
Que deixavam
Ver o céu.
As pétalas
Duas flores do jardim,
Todas caíram!
Menos uma
Que voou
e se espalhou
Num lamento,
Ao vento,
Por todo o Mundo dizendo:
Outono, Outono!


A Serra da Estrela

Luís Manuel Soares Branco Lopes
(2.º ano)
 

Já alguma vez ouviram falar nesta Serra?

Mais alta, com tantos declives e tão cambiante não encontrais.

A aridez no cume e a vegetação nos vales é que a tornam bela.

Quando calcamos este chão deveríamos lembrar-nos do sacrifício que o nosso herói Viriato teve, só para que hoje pudéssemos dizer que tudo isto é Portugal!

Com processos primitivos, / 13 / sim, mas com audácia e sabedoria, conseguiu vencer os romanos que possuíam os mais modernos equipamentos desse tempo.

Estes acabaram por vencê-lo, mas duma maneira vergonhosa e cobarde, pois foi à custa de suborno que conseguiram que dois companheiros o matassem, enquanto dormia.

Por isso, quando percorremos aquelas terras, devemo-nos lembrar desse herói e torná-lo como símbolo de toda a juventude, pelos seus dotes de valentia e amor à Pátria.

UMA  AVENTURA

Vasco A. da Silva Branco
(2.º ano)
 

Era uma tarde de Primavera, bandos de aves voltaram e perderam-se na floresta. As plantas começavam a brotar lindas flores. Por fim a floresta ficara cantante e bem vestida.

Um rapaz preparava-se para desfazer esta alegria, pois partira para uma caçada em busca de comida. Era um rapaz esbelto, de cabelos louros e ainda não conhecia bem a floresta.

O pai, esse sim, conhecia a floresta como sua casa, mal já era velho para poder ir caçar.

Aconselhou o seu filho a não partir, mas em vão, pois este estava desesperado pela fome.

O rapaz cavalgou durante muito tempo, e teve miragens de perdiz cozida!

Isto fê-lo atirar a torto e a direito.

Com os tiros mal disparados, atraiu os javalis que arremeteram contra ele.

Não sabia o que fazer, e não se lembrava de nenhum caminho para onde pudesse fugir.

No entanto, soa um tiro que o salva pois mata o chefe da manada e esta foge.

Foi então que lhe apareceu um velho caçador, corrigindo-lhe todos os seus erros.

O rapaz convidou-o a almoçar em sua casa, por lhe ter salvo a vida.

Serões da Aldeia

António Emídio Leal Pereira Dias
(1.º ano)
 

Na aldeia, onde à noite não há os mesmos divertimentos da cidade, o família faz o seu serão, junto à lareira.

A avó conta histórias aos netos mais pequenos.

O avô, o pai, e por vezes o filho mais velho, lêem livros de lavoura ou então jornais e a mãe faz remendos na roupa, etc.

Depois da ceia, todos dão graças ao Senhor e voltam ao que faziam.

Entretanto o sono vai-os convidando a recolher e todos vão para o seu quarto. Nesse momento a casa fica em enorme silêncio.

 

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09-06-2018