Henedina Rosa
Coutinho Martins
(4.º ano)
CADA vez mais
depressa se aproxima o mês de Outubro.
Foi com tristeza que nos
despedimos do sol, daquele sol que nos aqueceu e bronzeou durante três meses e meio.
Foi já com saudade que arrumámos para o fundo das malas o fato de
banho, os brincos e braceletes bizarros, os vestidos leves e frescos
de cores vivas e alegres.
No dia dois ia começar a rotina, a vida monótona de todos
os dias. No entanto, é sempre com
bastante satisfação que vamos à livraria comprar os novos livros, e
com acentuada curiosidade que os folheamos avidamente, querendo
meter tudo na cabeça de uma só vez.
Fazem-se então projectos de estudo e promessas que, algumas vezes, não se cumprem.
Depois, vêm as aulas:
novas professoras, novas matérias, novos
métodos de ensino. Mas, há coisas que, sendo antigas, são sempre
novas e úteis: métodos de estudo, métodos de trabalho, conselhos,
sugestões, etc., que é preciso relembrar todos os anos.
Após as habituais
revisões, vem a matéria nova e nós, desejosas de
saber coisas diferentes, estudamos afincadamente; porém, quando
surgem dificuldades ou alguma situação que exige maior reflexão, a
vontade esmorece um pouco, mas, depois de reflectirmos e vermos
que o mundo espera de nós alguma coisa, ganhamos mais alento e trabalhamos
com mais afinco, porque sabemos que há um lugar vago na sociedade
de amanhã e que precisa de ser preenchido pela juventude de hoje,
para mostrarmos ao mundo que não somos tresloucadas, mas sim
raparigas conscientes do nosso papel. E, nesta ordem de ideias,
espero que eu e todas as minhas colegas possamos dizer, no fim do
ano, que todos os projectos foram realizados e todas as promessas cumpridas.
Porque desejamos sobressair de entre os mais, temos como lema
«querer é poder» e, como queremos, podemos com certeza. |