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farol n.º 19 - mil novecentos e sessenta e cinco ♦ sessenta e seis, pág. 5.

Natal

Maria Teresa Matos Silva

QUANTOS de nós não conhecerão ainda o verdadeiro Natal! Festas, ainda que sagradas, reuniões mundanas ou familiares, não são senão uma ideia muito vaga do Natal. Natal é Amor e, sendo Amor, é grande e sublime. Um tal Amor que fez do próprio Filho de Deus um Homem como nós e por nós. No entanto retribuímos tão mal o Amor que nos resgatou do erro!

E nós, jovens, onde está a ânsia de doação, onde estão os nossos ideais, onde está o nosso desejo de «mais alto»?

Sim, onde está tudo isto, se passamos por Ele e lhe voltamos as costas? Quantas vezes Cristo nos suplica aconchego, nos olhos do camarada da esquerda ou da direita, e nós, fechados no nosso mundo, no egoísmo do nosso «eu», tapamos os ouvidos e esta súplica, a este apelo!

Natal é Amor e nós não temos o direito de regatear Amor àquele Cristo que tantas vezes encontramos no nosso dia a dia, na pessoa de alguém a quem a fortuna se esqueceu de bater à porta.

Então, jovens, vamos estar alerta e viver o Natal! E só o viveremos, com letra maiúscula, se colocarmos o nosso (eu) e abrirmos o coração aos outros.

«O caminho do Felicidade não parte das pessoas e das coisas para chegar a ti; parte sempre de ti para Ir ao encontro dos outros.» – Michel Quoist

Esta foi verdadeira

João Pedro Clemente
(2.º ano)
 

O professor:
– O menino vai-me dizer como é que se escreve vaca.

O aluno:
– Com um v de boi, senhor professor!

 

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08-06-2018