M. Luz
A noite é doce,
tranquila e calma,
As aves recolhem-se ao calor dos ninhos.
Repercute-se no ar o som dos sinos.
E uma doce paz me penetra a alma
Ouço das águas ao longe
o marulhar
O trinar do rouxinol que além poisou
O assobio de alguém que aqui passou
E, da fresca brisa, o leve deslizar.
A vida pulsa no coração
da terra,
A vida vibra e seu vibrar encerra
O que queremos sem podermos agarrar.
A paz é intensa. Um
torpor dolente
Se apodera de mim: sinto-me contente
E, em êxtase, curvo-me a soluçar. |