Carolina Rodrigues
(6.º Ano)
OUTONO!
Entardecer da Natureza!
Os olhos perdem-se na imensidão do infinito,
inteiramente veladas por uma sombra de melancolia.
Desaparece, pouco a pouco, o sol que iluminou a
Natureza, que deu vida ao colorido das paisagens, que fez cintilar as
águas brilhantes dos lagos. A Natureza adormece... As folhas,
de verdes e viçosas que a tudo davam vida e luz, amarelecem e
caem, juncando o chão. O céu escurece mais, e os ventos, cansados das calmas do verão, principiam o seu passeio pelas ruas e
avenidas. Pouco a pouco, chuvas impiedosas vêm pôr uma nota mais
triste na atmosfera já sombria que o Outono faz descer sobre
a terra. Até a juventude parece acompanhar a marcha do tempo,
também um pouco sombria, a caminho das escolas e liceus.
Outono! Palavra um pouco triste, mas ao mesmo tempo suave.
Desenha-se na nossa mente o quadro singelo de uma família reunida à
lareira: o pai, naquela cadeira, além, lê o jornal, descansando das fadigas diárias; a mãe trabalha no enxoval do bebé
que nascerá no próximo Natal; e àquele canto, a querida figura
da avó, face engelhada pela idade, o olhar já sem brilho das
lágrimas choradas pelos sofrimentos passados, contando aos netos a
história de Jesus... |