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Sentado na praia, de grave semblante,
Com as mãos cruzadas, o olhar distante,
Está alguém cuja honra e sabedoria
Nem sequer imaginar se poderia.
E esse alguém de olhar assim distante
A pensar no mar, seu eterno amante,
Diz de si p'ra si, que as naus do seu país
O sulcarão tal e qual como ele o diz.
Assim se fez. E, no tempo então vivido,
Esse homem foi tão {alado, tão conhecido,
Que merece que alguém o
dignifique.
Portugal deve pois todo o seu valor
Ao trabalho, e ao intenso amor,
Do tão sábio Infante D. Henrique. |