Desce a noite,
prateada,
com seu manto
de invernia.
No palco do Universo,
vai subindo, lentamente,
uma branda calmaria.
É que, agora, mais experientes,
como Avós, sorridentes,
dão outro valor à vida.


(Ah! Natal de alguns de nós,
como buscávamos PAZ
na ternura de um Presépio
ou em cânticos harmónicos
de uma Comunidade com voz!)


Clic... clic.
No meu terraço p'ró mar,
saio da «minha Internet»,
desligo o «computador».
A meu lado, mavioso,
Alguém sussurra comigo:
-- Evocações agridoces,
trazei à HUMANIDADE
Aquela TRANQUILIDADE
que todo o Mundo precisa!
Iluminai cada um
para um FUTURO MELHOR,
fazendo brotar de si
uma flor que anda indecisa
-- a flor da FRATERNIDADE!

Maria de Fátima Rocha Bóia, Barra de AVEIRO, 19/XI/2005 (ao sulcar uma rota de vinte e cinco anos de Saudade e gratas recordações).




Carta ao Menino Jesus

Menino Jesus que acabas de nascer
Pela 2006ª vez
Todos gostámos de te conhecer

Nasceste em Belém
Num estábulo miserável
Viveste entre nós
Tua obra é admirável

Milagres, parábolas e protestos
Fizeste a mentirosos e a honestos
Tua vida é repleta de luz
Teu sorriso jovial nos seduz
 

 

Neste natal apenas te quero pedir
Que faças crianças mais pobres sorrir
Protejas toda a minha família do mal
E faças com que todos tenham um bom Natal


Com este último verso me despeço
Neste momento tenho que partir
Felicidade para todos é o que peço
Xau... Tenho que ir

Miguel Grancho da Costa, 13 anos

 



MENSAGEM


Não escrevo de pensamentos
que por eles sou enganada;
escrevo de minha alma,
por quem sou abençoada!

Lá! No fim do mundo!
Onde tudo é azul
salpicado de branco profundo,
formam as lágrimas um mar,
pela dor de não saber amar.

Lá! No fim do mundo!
Onde as montanhas se tocam
salpicadas de branco profundo,
forma um vale a esperança
que seca, sem ver criança.

Lá! No fim do mundo!
Onde o sol aquece
e a lua ilumina
salpicada de branco profundo,
nascem os sonhos de menina.

E, na cegueira da humanidade,
castrados se ficam... de liberdade!!!

Para quê sofrer,
se podemos viver?!

Que a cor,
que eu tenho aos molhos,
seja amor
para os vossos olhos!

Filomena Bola, 05/10/2005