Artur de Sá, Timor, Sociedade de Geografia de Lisboa. Semana do Ultramar, 1952, 84 págs.

Capítulo I

Geografia Física

1) Situação

Timor encontra-se, bem destacado, numa vasta zona insular, denominada Insulíndia ou Indonésia, no hemisfério sul do Extremo Oriente, entre os paralelos 80º 20' e 10º 22' e os meridianos 132º 37' e 136º 50' (Este de Greenwich).

A costa norte é banhada pelo mar de Savo, Estreito de Ombai e de Wetar; a costa sul, pelo mar de Timor, que separa a ilha do continente australiano. Juntamente com Bali, Lomboc, Sumbava, Flores, Loblem, Pantar, Alar, Wetar e outras ilhas de somenos importância e de área muito reduzida constitui o arquipélago chamado «Sunda Menor», um dos vários em que se arbitrou agrupar as inumeráveis ilhas daquelas paragens. O terreno está classificado como sendo de natureza vulcânica, embora / 4 / não existam ali vestígios claros de antigas crateras nem se registem frequentes e fortes abalos sísmicos.

Com um mapa à vista, nota-se que a ilha de Timor ocupa um lugar fora do conjunto em que foi incluída, num ponto intermediário, entre a Insulíndia e a Australásia, com existência própria, isolada, aparecendo esta característica também em outros sectores da sua vida.

Timor, quer dizer Nascente, insinuando já este nome certa magia de um sol fascinante que ilumina aquela terra de típica beleza. A posse da ilha está dividida entre Portugal e a jovem República Indonésica. São portugueses os férteis territórios de leste, metade da ilha, aproximadamente, com 18.909 km2; é indonésica a região, um tanto árida, prolongada para Ocidente. Nesta zona Portugal possui ainda o enclave de Oecussi, com uma área calculada em cerca de 850 km2; em frente de Timor, a ilha de Atauro, (Pulo-Cambing) com a superfície de 144 km2 e mais o desabitado ilhéu Pulo-Jaco, no extremo leste. Todos estes territórios, incluídos sob a designação comum de Timor, constituem, naquelas paragens, a quarta «Província Ultramarina Portuguesa», em extensão territorial.

Imagem 1, inserida na página 7.

2) Relevo

O timorense imagina a sua ilha sob a forma de um monstruoso Lafaec (crocodilo), emergindo das águas. O dorso extenso de semelhante configuração / 5 / é formado por uma cadeia de montanhas alterosas que, desde os extremos leste e oeste, vêm subindo, até se encontrarem no cume do monte Tata-Mai-Lau (Ramelau), com perto de 3.000 metros de altitude, centro e zénite da ilha. Desta cadeia central derivam as longas vertentes norte e sul, em lento e acidentado declive, com as mais variadas paisagens orográficas, até morrerem na planura de beira-mar.

Podemos agrupar as inúmeras montanhas do complicado relevo timorense em dois sistemas principais; o primeiro, com origem no Tata-Mai-Lau; o segundo, formando-se no monte Mate-Bian, já muito para leste. À volta do Tata-Mai-Lau, servindo-lhe de contrafortes, agrupam-se os montes Cailaco, Lacus, Fatu-Lulic, Taroma, Cablac, Fahi-Nian, Macfahe, Turiscain, Leto-Foho, Cutu-Lau, Guguleu, e muitos mais. Rodeiam o Mate-Bian os montes Mundo-Perdido, Aflicai, Baguia, Laritana e outros. Deve notar-se que a vertente norte, em quase todo o seu comprimento, se aproxima da costa, sem formar consideráveis planícies e, em certos pontos, caindo sobre o mar de altos precipícios, ao passo que a vertente sul vai dar, por vezes, a planícies de extensão que parece interminável. São dignas de menção, na costa norte, as de Metinaro, Hera, Díli, e principalmente a de Maliana; na costa sul, a de Viqueque, Luca, Dilor, Kiar-Aas, Bibiçusso, etc. Nomeemos ainda os planaltos de Baucau, onde se construiu o melhor aeroporto da ilha, e o de / 6 / Fuiloro, com ricas possibilidades para culturas. A orografia timorense é de grande importância na vida daquela terra, não só pela influência que exerce na meteorologia local, mas também pelas características que imprime na psicologia das populações, que fazem das montanhas o seu «habitat» preferido, durante a vida, e após a morte, o lugar santo do repouso eterno.

Imagem 2, inserida na página 7.

3) Hidrografia

O mais importante agente hidrográfico de Timor são as chuvas reguladas pelo fenómeno das monções. De Outubro a Dezembro chove, abundante e regularmente, em toda a ilha. Timor fica então sob a influência da monção oeste, asiática; é a primeira época das chuvas. De Maio a Julho, continuam aguaceiros só na costa sul, trazidos pela monção anticiclónica do continente australiano; neste período decorre a segunda época pluviosa. Durante estes meses do ano, caudais impetuosos precipitam-se das montanhas e vão engrossar as ribeiras que buscam o mar, em meandros contínuos, derrubando árvores, destruindo pontões e provocando a erosão. São muitas as ribeiras que, durante as chuvas, transportam volume de água apreciável. Nenhuma, porém, é navegável na mais pequena extensão, devido à violência do seu declive, aos obstáculos que arrastam e à pouca profundidade do seu leito. A grande utilidade destas ribeiras está no serviço que prestam à / 8 / agricultura, às quais os indígenas vão buscar as derivações necessárias para o amanho das suas várzeas, geralmente situadas nas margens destes caudais, quando já deslizam mansos. Nomearemos, entre outras, as seguintes na costa norte, começando na ponta leste: Mota-Malai, Laivai, Seiçal, Vemassin, Laleia, Lacló, Comoro e Lois; na costa sul: Ira-Bere, Boro Vei, Cuac, Luca, Dilor, Mota-Sahen, Mota Cler, Lacló, Mota-Sui, Be-Lulic. As duas principais são a Lois e a Lacló. A primeira conta, entre os seus afluentes, Marobo, Lau-Heli, Gleno, Garai Be-Bai e outros. No tempo das chuvas, quando vai caudalosa, a sua confluência é sulcada de correntes que os barcos dificilmente vencem. A ribeira Lacló forma-se nos montes de Turiscain e divide-se para ambas as vertentes, formando a Lacló do norte e a Lacló do sul, servida também por vários afluentes. No seu longo percurso, por uma e outra costa, banha zonas de cultura e as suas águas alimentam extensos arrozais.

A constituição da ilha não permite grandes acumulações de águas, tanto que apenas existem os lagos de Surubec, mais conhecido pelo nome de Mua-Pitini, o de Soloi, em Aileu, e as lagoas de Tibar, perto de Díli, provenientes de infiltrações do mar. A água das nascentes precipita-se ou é absorvida pelos terrenos. Localidades há onde estas nascentes jorram um volume de água que poderia ser aproveitado como força motriz, embora modesta. As nascentes de Baucau são das mais ricas e aproveitadas, / 9 / desde há muito, para accionar um moinho e um motor que fornece electricidade à vila.

Abundam também mananciais de águas sulfurosas, com propriedades terapêuticas, designadas pelos indígenas com o nome de Be-Manas (Água-Quente). São conhecidas as de Viqueque, Laculuta, Bibiçusso, Cai-Mauc, Samaran e Marobo. Até aqui, só estas têm sido aproveitadas, havendo estâncias termais com registos de verdadeiras curas de variadas micoses e de outras doenças de pele.

As monções que dominam em Timor são pouco húmidas e pouco ventosas. Em certos pontos baixos e na contra-costa, durante a segunda época das chuvas, nota-se de madrugada, certo grau de humidade, mas nunca esse detestado e constante gotejar que tudo amolece e ensopa, em vários pontos do Oriente.

A sanha dos tufões também não chega a Timor e se, por vezes, nos princípios do verão, ventanias moderadas tombam o milho já grado, no mar, durante a maior parte do ano, os marinheiros indígenas, por noites calmas, invocam o zéfiro, assobiando-lhe para que ondule a vela de seus beiros.

Imagem 3, inserida na página 16.


4) Fauna

A fauna de Timor é bastante reduzida em espécies e quantidade, sendo esta última falha devida, sobretudo, à incúria indígena e ao desprezo por elementares princípios pecuários. Os animais, mesmo aqueles que constituem riqueza, como o búfalo, o / 10 / cavalo, o porco, etc., são obrigados a viver à solta, abandonados em manadas, ao sol, à chuva e à fome, no tempo da estiagem. As galinhas vivem também em regime bravio, procurando os alimentos em franca liberdade pelos campos, e à noite, regressam ao dono, empoleirando-se no tecto da palhota ou nos ramos da árvore comum da povoação.

As manadas bovinas são diminutas, assim como os rebanhos de cabras e ovelhas, propriedade de algum colono ou de certos chefes indígenas, mais abastados. Tanto a espécie bovina como ovelhum é de importação, poderíamos dizer, recente, encontrando-se, por isso mesmo, pouco reproduzida ainda.

O búfalo é o símbolo da riqueza timorense, avaliando-se, pelo número de manadas, a grandeza de um régulo, chefe ou simples homem do povo. Presta excelentes serviços ao indígena no amanho das várzeas para onde são lançados, afim de pisar a terra que há-de receber a semente. A sua carne é a mais comum e apreciada, e na maior parte do território, a única que se pode adquirir desta espécie. Os búfalos bravos, tão perigosos noutras partes, em Timor não passam de animais tresmalhados que se vão reproduzindo no mato, sem dono, por domesticar, mas sem aquela ferocidade peculiar à sua espécie selvagem.

O cavalo timorense de proveniência árabe, pequeno e nervoso, duma resistência inesgotável, quando bem tratado, constitui para o indígena e para o europeu, uma aquisição indispensável, como / 11 / animal de condução. Os indígenas empregam-no também no transporte de seus artigos a vender no bazar, aparelhado com uma sela feita de corda que lhe faz ganhar chagas crónicas, tratadas, depois, com tabaco e cal. É impressionante ver o timorense colado a um cavalo bravio, apanhado na manada, segurar-se destribado, em correrias desenfreadas na pista ou na caça ao veado. Não se sabe, então, a que ascendência terá ido buscar o timorense aquela destreza de equitação demoníaca.

Não existe gado muar nem asinino em Timor, e talvez não fosse desacertado de todo procurar introduzir-se ali esta espécie de animais de carga, procurando dar-se ao cavalo timorense serviços mais nobres, compatíveis com as suas qualidades.

As espécies caninas são também pouco variadas; o rafeiro é o mais comum. Este é outra vítima do procedimento indígena, obrigando-o a um regime de fome. Guarda-lhe a choupana e hortas, acompanha-o aos bazares, para velar, de noite, o acampamento; toma parte importante nas caçadas, mas quanto a sustentá-lo, entende que as privações lhe despertam a bravura e a sagacidade. O gato é também apreciado como caçador de ratos. No mato existe uma espécie destes animais felinos, chamado «lacu», manhoso, lento, de olhos muito vivos, escondido durante o dia e, de noite, o seu miar imita perfeitamente o choro das crianças.

Um pormenor curioso se conta deste «lacu». Sendo amicíssimo da polpa que envolve os grãos / 12 / do café, quando ainda na árvore, alimenta-se destes bagos, indo deixar os caroços «iha li'ur» (lá fora), como dizem os timorenses, onde germinam e vêm a ser plantas. É este um curioso processo de cultura do café...

Na família das aves, além das de capoeira, como a galinha, em grande abundância, o pato, pombos, etc., também não há aquela variedade de pássaros que se admira noutras ilhas da lndonésia. Os mais típicos são o lorico, um pequeno papagaio, e a catatua que, ensinada, chega a ganhar certo hábito articulatório.

Não há animais ferozes. O mais bravio é o veado que aparece em manadas por toda a parte. Conta-se que este animal teria arribado a Timor, vindo da Austrália, a nado, não há muitos séculos ainda, pois a sua presença não é constatada pelos primeiros portugueses ali estabelecidos. Parece-nos fantasiosa esta proveniência dos veados, em Timor. Os primeiros portugueses não constataram a presença dos veados como não deram pela presença de muita outra coisa e seres que já então, certamente, existiam na ilha.

No verão organizam-se, por toda a parte, caçadas solenes a este animal que então é dizimado às centenas. A sua carne, deliciosa quando fresca, é também consumida pelos indígenas, depois de salgada e seca.

O rato é o mais daninho animal, caindo em massa sobre os arrozais, quando ainda estão por ceifar, mas / 13 / já grados. Numa noite dizimam uma várzea, lançando-a por terra, para lhe comerem o grão. Tem-se procurado exterminá-los com raticidas vários, mas sem resultado nenhum. A praga continua, mofando dos inventos químicos dos nossos técnicos. Grande serviço prestaria àquela província quem chegasse a descobrir qualquer preparado que pusesse termo a semelhante flagelo.

Parecido com um grande furão, existe ainda um interessante animal, chamado «meda», degenerado marsupial, que se aproxima do canguru e parece marcar a transição entre a fauna australiana e a malaia. É domesticável, mas pouco conhecido mesmo na ilha, por só aparecer raramente.

Na família dos répteis há muita variedade de cobras pequenas, mais ou menos venenosas. A mais comum e maior, atingindo, por vezes, dimensões consideráveis, é a cobra rateira. Diz-se que existe também, nos píncaros inacessíveis de algumas montanhas, uma espécie de jibóia pequena, mas a ser verdade, não deve sair de tais ninhos, pois não é costume ver-se.

O crocodilo é o animal mais perigoso da fauna timorense, aninhado em correntes estagnadas, aonde, por vezes, arrasta vítimas incautas, triturando-as sem possibilidades de socorro. Apesar de tudo, os timorenses tratam-no como mascote da terra, servindo-o supersticiosamente, permitindo-lhe todos os abusos que possa praticar em pessoas e animais, nos pontos mais frequentados das ribeiras. Ali mesmo, / 14 / nas suas margens, vão colocar-lhe alimentos, para que não passe fome o monstro, do qual descende a raça timorense, segundo as teorias do transformismo indígena.

Imagem 4, inserida na página 16.

5) Flora

De um modo geral, as descrições feitas sobre flora timorense deixam-nos supor a existência de matas virgens, florestas densas, selva compacta, cobrindo grandes extensões da ilha. Tais descrições não são exactas, porque embora a riqueza de vegetação se deva considerar apreciável em espécies, já o não é em densidade e número de povoamentos florestais. Exceptuando certas zonas montanhosas da costa sul, onde se encontram maciços de arborização densa, a que poderíamos chamar florestas, no sentido comum da palavra, a maior parte dos aglomerados botânicos não vão além de tufos florestais, mais ou menos densos e extensos, distribuídos por aqueles pontos da ilha, com ambiente climático propício à vida das plantas, e que o hábito das queimadas, a ocupação agrícola ou o corte arbitrário das espécies não extinguiu ainda. Como exemplo destas aglomerações florestais nomeamos a mata de Loré, a mais rica e extensa de toda a ilha.

Duas paisagens podemos assinalar, perfeitamente distintas: a do litoral e a do interior ou da montanha. No litoral são os paImares que predominam, nomeadamente, o coqueiro e várias espécies de / 15 / salgueiro, numa extensão limitada, conforme o contorno da ilha permite. Quem tenha sido forçado a longos percursos nas planícies da beira-mar, sob os ardores de um sol escaldante, não poderá esquecer, jamais, o refrigério experimentado com a água, fresca e gasosa do fruto colhido nos coqueiros de Metinaro, Hera, Luca, Dilor, etc.

A paisagem do interior é muito mais variada, acentuadamente na costa sul, com duas épocas de chuva, e só três meses de estiagem. Nas colinas de baixas altitudes o tipo florestal característico é o eucalipto das montanhas, baixo e copado, distribuído com certa simetria. Nas altitudes médias caminha-se já por uma arborização complexa, com exemplares de madeira rica, ou de espécies exóticas, zonas onde o café vinga, acolhido sob a cobertura diáfana de matas protectoras. Nas altitudes superiores, a rasar as nuvens, no solo atapetado de musgos e líquenes, é já o feto arbóreo que aparece.

Estes instantâneos de paisagem florestal poderão ser afectados pelas variações de terrenos, por toalhas de água subjacente, pelo grau de humidade, chuva e de outros agentes hidrográficos, mas encontram-se um pouco por toda a parte, animados e viçosos no tempo da chuva, dando à ilha um aspecto de pujança e fertilidade bravia, que nos faz lembrar a selva; mas descoloridos, a desmaiar até à aridez, com a violência da estiagem.

Damos a seguir o nome de algumas árvores da floresta timorense; umas, fornecendo madeiras / 17 / preciosas; outras, frutos que poderiam ser fonte de riqueza, noutras partes. Nas primeiras incluímos o sândalo, teca, pau-rosa, pau-ferro, eucalipto, casuarinas, etc. Como árvores de fruto, nomeamos as laranjeiras, tangerineiras, limoeiros, tamarindos, mangueiras, cajueiro, jaqueira, abacate, cacau, a árvore de fruta-pão, e muitas outras importadas, como: pessegueiro, nespereira, ameixoeira, etc. Com esta enumeração sumária queremos insinuar, somente, as possibilidades industriais de Timor, ligadas à sua flora.
 

6) Clima

Até há pouco tempo, ainda Timor era considerado uma colónia penal; de clima deprimente e doentio. Tal conceito, porém, foi corrigido e, presentemente, ninguém acredita já nas descrições exageradas ou falsas que pretendiam fazer da ilha um lugar de desterro, sobretudo, quem tenha experimentado, um dia, a suave temperatura do seu clima, os encantos da natureza, a fertilidade da terra e a brandura das populações.

Embora Timor esteja situado na zona das temperaturas quentes, a diferença de altitudes garante ali um sistema de climas variados. Nas regiões baixas das planícies costeiras, durante a estiagem, o ar é seco, calciante, próprio de um clima tropical desértico, arrefecendo durante a noite consideravelmente. Nestas regiões ficam as antigas vilas, estâncias dos portugueses de outros tempos que, desconhecendo ainda o interior, qualificavam o clima geral da ilha pelas inclemências que suportavam nestes centros.

A uma altitude de 400 metros já a temperatura é moderada, mantendo-se em verdadeiro grau primaveril até os 1.500 metros. Daí para cima, é já o frio que se faz sentir, à medida que se vai subindo. Nestas altitudes, principalmente de noite, os agasalhos não se podem dispensar. Com um máximo de 26 graus diurnos, à sombra, mais ou menos variáveis, poderemos classificar assim o clima de Timor: tropical para zero altitude, e temperado variável nas montanhas de 400 metros para cima. Certos fenómenos meteorológicos não poderão deixar de exercer alguma influência na alteração do clima, como sejam as monções, a chuva, a humidade, etc.

Mesmo assim, as correntes de vento não chegam a ser tão constantes, nem as chuvas tão contínuas, nem o grau de humidade tão alto que desmintam a descrição feita. E podemos resumir esta alínea, assegurando para Timor, nas altitudes médias do seu interior, climas de verdadeiros sanatórios.

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18-06-2015