Voltar à hierarquia superior.

1997-1998


A PEDRA E OS MITOS

Museu da
Escola Secundária de José Estêvão

  JANEIRO 1998

Organização do Clube do Museu com a colaboração da Profª de Filosofia Isabel Magalhães


Durante a leitura do texto, não se esqueça de explorar as hiperligações, clicando sobre elas.


Os primeiros homens viviam em empatia com a natureza. Comungavam da exaltação da vida, seguiam as suas regras, serviam­-se do que ela lhes dava, mas não queriam morrer. Muito antes da luta pelo poder estava a luta pela longevidade. Os mágicos e os sábios procuravam a chave para uma vida eterna.

Foi o repúdio pela morte que levou o homem à construção de mitos que o projectam na eternidade e lhe fazem esquecer o trauma original. Constatamo-lo nos monumentos funerários e nos templos que, desde os tempos mais remotos, laboriosamente construíram — dos dólmenes às pirâmides, das catedrais aos túmulos de hoje.

Para perpetuarem a sua ânsia de eternidade, recorreram à pedra, tornaram-se artistas e contam-nos a história dos deuses, as suas origens, as suas relações — uns com os outros, com os homens e com a terra — e os seus feitos e malfeitorias. Assim, o homem sempre utilizou materiais que fossem resistentes ao tempo, porque só deste modo cumpririam a sua função. Procuraram a pedra em todas as suas variantes — granitos, sílex, mármores, calcários, basaltos — e exploraram as potencialidades de materiais nobres, como o ouro e pedras preciosas e semipreciosas.

Para melhor conhecermos esta temática, viajámos até ao Antigo Egipto, cuja civilização continua a deslumbrar-nos com a grandiosidade das suas pirâmides e templos.

Abordámos, em seguida, a mitologia latino-americana, rica em mitos da criação, e deuses capazes de arrastar multidões para a morte. Referimo-nos especialmente a alguns mitos aztecas, maias e incas.

E não poderíamos terminar esta viagem sem uma visita à Grécia, onde se encontram as raízes da cultura ocidental. Prometeu, herói da cultura e símbolo da inteligência, tirou o fogo aos deuses para o dar aos homens, começando assim a grande aventura da criatividade humana.

E hoje? Continuarão a existir mitos?

A percepção do futuro através dos astros ou dos cristais, a magia de rituais e de talismãs, não serão formas nostálgicas de um tempo em que o homem se aconchegava no transcendente? Isso é o que poderá ser visto em «O Mito Hoje».

Para revisitar esta exposição, tem aqui à sua disposição uma galeria virtual de fotografias.

 

 

Página anterior  Página inicial  Página seguinte