Ezequiel Arteiro, Palavras que eu canto,  1ª ed., Aveiro, O Nosso Jornal - Portucel, 1984, 96 pp.

Sou feliz cantando o fado

 

Ninguém diga que não tem
Um fado com ou sem sorte...
Sem fado, não há ninguém
E só acaba co' a morte.

Nesta vida, toda a gente
Tem um fado alegre ou triste
Porque o fado vive sempre
Onde uma pessoa existe.

Todos nós sabemos bem
Que há horas más horas boas
E as horas que a vida tem
São o fado das pessoas.

Há quem comece a sorrir
Quando escuta uma guitarra
Mas chora depois de ouvir
O drama que o fado narra.

Neste mundo mal fadado
Não vale a pena chorar!
Sou feliz cantando o fado
Porque o meu fado é cantar.

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