Ezequiel Arteiro, Palavras que eu canto,  1ª ed., Aveiro, O Nosso Jornal - Portucel, 1984, 96 pp.

Beiriz, oh terra querida.

 

Foi em Beiriz que nasci,
Que principiei a andar
E que também aprendi,
Em pequenino, a falar.

Foi em Beiriz que ingressei,
Já rapazito, na escola;
Foi em Beiriz que saltei
Pé descalço, atrás da bola;

Foi em Beiriz que aprendi:
A mais ardente oração
Quando, feliz, ingeri
Jesus em forma de pão.

Foi em Beiriz que jurei
Ser fiel ao Bom Jesus;
A fé que então professei
De cada vez tem mais luz!

Foi em Beiriz celebrado
O meu feliz casamento,
Depois de ter encontrado
Mulher do meu pensamento. 

Beiriz — oh Terra querida! —
Sepultura dos meus Pais...
Por estas coisas da vida

Não te posso esquecer mais.

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