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“Aveiro não tem
fronteiras nem no mar, nem em terra, nem no ar. As fronteiras do mundo não
passam por aqui.”
«Meditar as coisas é um
grande bem
No âmbito da disciplina de Área de Projecto do 12.º ano, confrontámo-nos com a escolha de um tema para desenvolvermos ao longo do ano, de acordo com os nossos interesses pessoais e profissionais futuros. Deste modo, pensámos abordar a cultura aveirense – tema fértil, mas imenso na sua vastidão. Após a recolha de informações genéricas e o debate de ideias, formulámos várias hipóteses e acabámos por definir o nosso trabalho: ele levar-nos-ia à elaboração de uma antologia sobre a cidade que nos acolhe, em que diariamente nos (co)movemos. Na fase de intensa pesquisa, que se alongou mais do que o tempo previsto, seleccionámos excertos de diversos autores acerca da cidade (poetas, políticos, artistas, etc.) Neste sentido, fomos estabelecendo contactos com personalidades relacionadas com a cultura aveirense, particularmente com a Literatura. Além disso, efectuámos pesquisas em boletins municipais, livros e outros materiais de apoio, onde obtivemos informações fundamentais para a concretização do projecto. Através da prestimosa e entusiástica colaboração de algumas pessoas de renome, tivemos a satisfação de conseguir textos inéditos que traduzem uma visão muito pessoal de/sobre Aveiro – ficcionada, poetizada, crítica, subtil, concreta, sempre particular e “amorosa”, digamos… Infelizmente, por variadas razões, alguns outros contactos estabelecidos revelaram-se infrutíferos. O que nos dizem textos seleccionados? Ainda que repetidamente, celebram a água e a terra, a luz e o ar; o barro, o sal, o céu; os lugares e as figuras, os homens e o tempo. Em suma, Aveiro e a sua magia, Aveiro e a sua alma. Porque esta é uma cidade em mudança, decidimos também incluir fotografias para ilustrar alguns textos, de forma a confrontarmos a realidade passada com a presente. Gostaríamos de frisar que, como toda a selecção, também esta é marcada pela subjectividade; na recta final, a nossa escolha poderia eventualmente ser diferente e diferente seria a escolha feita por outras sensibilidades, outros gostos e outras perspectivas.
Eis, então, o resultado de todo o nosso trabalho e dedicação: como produto final do projecto, elaborámos esta colectânea, intitulada “Escrever Aveiro”.
O grupo
de trabalho Ana Catarina Correia
Vanessa Gonçalves
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