As aspirações a uma União Europeia datam já do Séc. XVII. Estas ideias foram retomadas no Séc. XIX por autores como Proudhom e Victor Hugo, mas mostraram-se incapazes de abolir as práticas imperialistas das potências europeias que não se dispunham a alienar parte da sua soberania.

Foi porém no final da Segunda guerra mundial, que abalou profundamente a Europa deixando-a devastada tanto económica, como política e socialmente, que surgiu a necessidade de unificar a Europa por um processo pacífico, com o objectivo de evitar novas guerras ou conflitos que pudessem ocorrer no espaço Europeu.

Do ponto de vista político e militar surgiram após a Segunda Guerra Mundial, dois blocos antagónicos, EU.A. e a U.R.S.S., deixando a Europa no meio. Surgem então ideias para uma união política da Europa, embora não tenham tido resultados imediatos, as sementes estavam lançadas.

Em 1948, na sequência do plano Marshall, foi criada a Organização Europeia de Cooperação Económica (O.E.C.E), mais tarde designada por Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (O.C.D.E).

O ano de 1948 foi também marcado pela restituição dos recursos mineiros e industriais situados na bacia do Rur, fronteira com a França e Alemanha, pelos EU.A. e Inglaterra.

Atendendo aos protestos da França, com receio que a Alemanha recuperasse o poderio económico perdido com a guerra foi criada a Autoridade Internacional de Rur com a missão de "desnazificar" as empresas e repartir a produção carbonífera. A criação desta entidade permitiu solucionar o conflito e lançou as bases para o que viria a ser a União Europeia.

Com efeito, Jean Monnet e Robert Shuman podem ser considerados os pais da Europa, pois o 1.º passo para a criação da C.E.E foi dado por Robert Shuman na sua declaração a 9 de Maio de 1950, hoje instituído como o dia da Europa. Ao apresentar o plano desenvolvido por ele e Jean Monnet, de submeter a totalidade da produção Franco-Alemã do carvão e do aço, a uma Alta Autoridade comum. Robert Shuman, na altura, ministro dos Negócios Estrangeiros, lançou o desafio para que outros países aderissem.

Aceitaram o desafio, além da Alemanha Federal e França, a Itália, a Holanda, a Bélgica e o Luxemburgo. Foi então criada a Comunidade Europeia do carvão e do aço, a 18 de Abril de 1951, embrião da actual União Europeia.

O bom funcionamento do mercado comum do carvão e do aço, veio demonstrar a utilidade do processo de integração e o interesse em levar mais longe, criando assim um mercado comum para todos os produtos. Deste modo, os seis assinaram, a 25 de Março de 1957, em Roma, o tratado que instituiu a C.E.E..

Alunos da Turma F