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                Exames Nacionais de Matemática
 
                
                "As complicadas relações entre CIF e CE" 
                
                (Trabalho realizado no âmbito do estágio pelas 
                professoras  
                
                Cláudia Calisto, Susana Borges, Vera Afreixo)   
                
                «... não será possível a criação da matemática 
                sem liberdade de espírito e sem aquela atitude interrogativa que 
                implica a dúvida sistemática...». – J. Sebastião e Silva 
                
                 
  Índice 
                
                0. Introdução 
                
                1. Resultados das pautas 
                
                2. Correlação 
                
                2.1. Amostras significativas 
                
                2.2.Amostras não significativas 
                
                3. Inquérito 
                
                4. Análise Crítica 
                
                4.1. Análise Global dos Resultados 
                 
                
                4.2. Redução da amostra 
                
                5. Bibliografia 
                
                  
                
                
                0. Introdução 
                
                O professor é muito mais do que aquele que dá 
                aulas e o aluno é muito mais do que uma nota na pauta. Ambos são 
                seres humanos e cada resultado que uma pauta contém é reflexo de 
                tantas motivações, interesses, preocupações... tanta coisa. Cada 
                um pode imaginar a desilusão de uma nota injusta... 
                
                Mas até que ponto isto terá significado? Nos dias 
                de hoje é utópico analisar cada um de nós, pensar em dedicar um 
                momento, por mais pequeno que seja, a cada indivíduo. Vivemos em 
                grupo e é dele que se fala. É neste sentido que se irá 
                desenvolver este trabalho. 
                
                No âmbito do estágio, que decorreu na Escola 
                Secundária José Estêvão, este trabalho foi proposto pela 
                Professora Doutora Beatriz Matias, nossa Orientadora Científica. 
                Trata-se de um estudo estatístico dos resultados dos Exames 
                Nacionais de Matemática, no qual nos atrevemos a fazer previsões 
                para um futuro próximo. 
                
                Embora os acontecimentos sejam difíceis de 
                prever, a partir de pequenas amostras, aumentando a dimensão das 
                amostra as previsões são mais fiáveis. Estas frases não surgem 
                do acaso ou tão pouco porque são bonitas. Há resultados 
                importantes na Matemática que suportam aquelas afirmações 
                (nomeadamente o Teorema do Limite Central) 
                
                A maioria das distribuições com que trabalhamos 
                não são normais mas, se verificam certas condições, pode-se 
                atribuir a estas distribuições os resultados de urna 
                distribuição normal. 
                
                O suporte deste trabalho é o conjunto de alunos 
                da Escola Secundária José Estêvão, que se propuseram a exame 
                nacional de Matemática do 12.º ano 1997, 1998 e 1999; 
                
                / 32 / 
                e uma amostra de 98 alunos da Universidade de Aveiro do 1.º ano 
                Comum.
 
 
                
                
                1. Resultados das pautas 
                
                Para este trabalho foram-nos facultadas as pautas 
                da Escola Secundária José Estêvão de Aveiro referentes aos três 
                últimos anos (1997, 1998, 1999), especificando as diversas 
                chamadas existentes: 1.ª Fase 1.ª Chamada; 1.ª Fase 2.ª Chamada; 
                2.ª Chamada (chamada única), do exame de código 135 (Matemática 
                – 12.º ano – Cursos Gerais e Cursos Tecnológicos do Ensino 
                Secundário). 
                
                Prosseguiu-se a construção deste trabalho com 
                alguns cálculos e análises que se organizam de forma sucinta nas 
                seguintes tabelas: 
                 
                
                
                Legenda 
                
                CIF1197 - Classificação Interna Final na 1.ª Fase 
                1.ª Chamada em 1997. 
                
                CE1197 - Classificação no Exame na 1.ª Fase 1.ª 
                Chamada em 1997.  
                
                CIF1297 - Classificação Interna Final na 1.ª Fase 
                2.ª Chamada em 1997. 
                
                CE1297 - Classificação no Exame na 1.ª Fase 2.ª 
                Chamada em 1997. 
                
                CE2U97 - Classificação no Exame na 2.ª Fase 
                (chamada única) em 1997. 
                / 33 / 
                
                CIF1198 - Classificação Interna Final na 1.ª Fase 
                1.ª Chamada em 1998.  
                
                CE1198 - Classificação no Exame na 1.ª Fase 1.ª 
                Chamada em 1998.  
                
                CIF1298 - Classificação Interna Final na 1.ª Fase 
                2.ª Chamada em 1998. 
                
                CE1298 - Classificação no Exame na 1.ª Fase 2.ª 
                Chamada em 1998.  
                
                CIF1298 - Classificação Interna Final na 2.ª Fase 
                (cham. única) em 1998.  
                
                CE2U98 - Classificação no Exame na 2.ª Fase 
                (chamada única) em 1998.  
                
                CIF1199 - Classificação Interna Final na 1.ª Fase 
                1.ª Cham. em 1999.  
                
                CE1199 - Classificação no Exame na 1.ª Fase 1.ª 
                Chamada em 1999.  
                
                CIF1299 - Classificação Interna Final na 1.ª Fase 
                2.ª Cham em 1999. 
                
                CE1299 - Classificação no Exame na 1.ª Fase 2.ª 
                Chamada em 1999. 
                
                CIF1299 - Classificação Interna Final na 2.ª Fase 
                (cham. única) em 1999. 
                
                CE2U99. Classificação no Exame na 2.ª Fase (cham. 
                única) em 1999
 
                
                CIF. - Classificação Interna Final dos três anos em 
                conjunto. 
                
                CE - Classificação no Exame dos três anos em 
                conjunto. 
                
                N - Número de alunos, 
                
                m - Média da classificação. Mln. - Nota mínima. 
                1.º Q-1.º Quartil. 
                
                med - Mediana, 
                
                3.º Q - 3.º Quartil. 
                
                Máx. - Nota máximo. 
                
                (1 - Desvio padrão. 
                
                I.C. 95% - Intervalo de con. fiança a 95%.
 
                
                
                2. Correlação 
                
                A correlação dá-nos a intensidade da relação ou 
                dependência entre as duas variáveis de uma distribuição 
                bidimensional. 
                
                
                2.1. Amostras significativas 
                
                Na análise dos resultados considerou-se uma 
                amostra significativa quando N ≥ 29. Verificou-se que a 
                correlação linear entre a Classificação Interna Final (CIF) e a 
                Classificação no Exame (CE) é sempre positiva. Globalmente 
                quanto maior é a Classificação Interna maior é a Classificação 
                no Exame. 
                
                No âmbito das amostras significativas, 
                organizaram-se os coeficientes de correlação, referentes às 
                amostras em estudo, do seguinte modo: 
                  
                    |  | 1997 | 1998 | 1999 |  
                    | 1.ª Fase 1.ª Chamada | 
                
                0,745 | 
                
                0,720 | 
                
                0,706 |  
                    | 1.ª Fase 2.ª Chamada |  |  | 
                
                0, 467 |  
                    | 2.ª Fase (chamada única) |  | 
                
                 0,723 | 
                
                0,703 |  
                
                Excluindo a 1.ª Fase 2.ª Chamada de 1999, pode-se 
                afirmar que a correlação linear é positiva forte, permitindo 
                concluir que quanto mais alta for CIF mais alta é CE (o que não 
                é de admirar). 
                
                Quanto à 1.ª Fase 2.ª Chamada de 1999, 
                verifica-se que a correlação é fraca, contudo positiva. Este 
                facto pode ser resultado de vários factores, de entre eles 
                destacam-se o cansaço por parte dos alunos (na medida em que já 
                fez vários exames) ou o exame ter sido mais difícil. 
                  
                
                
                2.2. Amostras não significativas 
                
                Na procura de alguma relação entre CIF e CE, às 
                amostras não significativas a que já fizemos referência (1.ª 
                Fase 1.ª Chamada – 97 e 1.ª Fase 2.ª Chamada – 98), pode-se 
                aplicar um grande número de testes não paramétricos. Neste 
                estudo aplicou-se o Teste U,  
                
                / 34 / também chamado Wilcoxon 
                teste ou Mann Whitney teste. 
                
                Após realizado o Teste U à 1.ª Fase 2.ª Chamada 
                de 97 concluímos que as populações não são idênticas. 
                Globalmente os resultados não se relacionam. De facto observando 
                directamente as pautas pode-se verificar que, em geral, os 
                resultados de CE são muito inferiores aos de CIF. 
                
                No que diz respeito à 1.ª Fase 2.ª Chamada 
                concluiu-se que as populações são idênticas, ou seja, os alunos 
                comportam-se de uma forma homogénea na sua globalidade. 
                
                
                3. Inquérito 
                
                Foi feito um inquérito a alunos do primeiro ano 
                da universidade, no sentido de confrontar os resultados da 
                Escola Secundária com os resultados dos exames nacionais de 
                Matemática. Foram inquiridos 98 alunos universitários do 
                Departamento do Primeiro Ano da Universidade de Aveiro, com a 
                autorização do professor coordenador e administrador do 
                Departamento, o Dr. José Matias. 
                
                O inquérito implementado foi o seguinte: 
                
                  
                
                
                INQUÉRITO 
                
                I. Em que ano fez o exame nacional de Matemática? 
                
                         1996/97 [  ]                 1997/98 [  
                ]                  1998/99[  ] 
                
                II. Qual foi a sua classificação no exame 
                nacional de Matemática? 
                
                0-4 valores         [  ]     5-9 valores [  ]    
                10-14 valores [  ]         15-20 valores [  ] 
                
                III. Teve apoio extra-escolar a Matemática? 
                
                         Sim   [  ]     Não [  ] 
                
                IV. A nota que obteve no exame nacional de 
                Matemática foi: 
                
                inferior à classificação final da disciplina (1) 
                não inferior à classificação final da disciplina (2). 
                 
                
                V. Se escolheu a opção (1) deve continuar a 
                responder ao inquérito, caso contrário para si o inquérito acaba 
                aqui. 
                
                Quais das razões seguintes lhe parece terem 
                contribuído para a sua nota no exame nacional ter sido inferior 
                à classificação final de frequência: 
                –
                estar nervoso (a) [ ]   
                – 
                indisposição física [ ]  
                – 
                não estar bem preparado [  ] 
                – ter sido excessivamente valorizado pelo(a) 
                professor(a) do secundário [  ] 
                – 
                exame difícil [  ] 
                – exame extenso [  ] 
                – 
                não estar habituado ao tipo de questões do exame [  ] 
                – 
                outras razões: 
                
                Obrigado pela sua colaboração. 
                
                Nota: Este inquérito é confidencial e preserva o 
                direito ao anonimato. 
                  
                
                Resultados do inquérito a 98 alunos na 
                Universidade de Aveiro (Departamento do Primeiro Ano Comum) 
                
                Questão I (Em que ano fez o exame nacional de 
                Matemática?) 
                
                6 em 1996/97      24 em 1997/98      68 em 1998/99.    
                
                / 35 / 
                
                Questão II (Qual foi a sua classificação no exame 
                nacional de Matemática?) 
                
                Nenhum entre 0-4 – 11   entre 5-9  –  25   entre 
                10-14 – 62 entre 15-20 
                
                Questão III (Teve apoio extra-escolar a 
                Matemática?) 
                
                54 alunos responderam Sim        – 44 alunos 
                responderam Não. 
                
                Questão IV (A nota que obteve no exame nacional 
                de Matemática foi: ) 
                
                50 inferior à classif. final da disciplina (1)
                 
                
                48 não inferior à classif. final da disciplina 
                (2). 
                
                Questão V (Se escolheu a opção (1) deve continuar 
                a responder ao inquérito, caso contrário para si o inquérito 
                acaba aqui. Quais das razões seguintes lhe parece terem 
                contribuído para a sua nota no exame nacional ter sido inferior 
                à classificação final de frequência: ), dos 50 alunos: 
                
                16 nervoso(a)    2 indisposição física    14 não 
                estar bem preparado 
                
                1 ter sido excessivamente valorizado pelo(a) 
                professor(a) do secundário 
                
                20 exame difícil – 12 exame extenso 7 – não estar 
                habituado ao tipo de questões do exame – 5 outras razões, 
                nomeadamente má correcção (2) e erros absurdos por eles 
                cometidos. 
                
                Todos os alunos que frequentam o referido 
                Departamento realizaram o exame nacional de Matemática. É de 
                notar que os cursos desta Universidade recentemente requerem uma 
                nota mínima de acesso. Neste contexto facilmente se compreende o 
                resultado do inquérito no que diz respeito à questão II: 
                – 
                não existem alunos com nota inferior a 5; 
                – 
                a maioria dos alunos têm nota superior a 10 (81.8 % dos 
                inquiridos). 
                
                Verifica-se que cerca de 50 % dos alunos procuram 
                apoio extra-escolar a Matemática. Este facto revela a falta de 
                resposta por parte da escola às necessidades do aluno, ou talvez 
                a grande competitividade que existe na sociedade e que se 
                reflecte na escola. 
                
                No inquérito feito observa-se que 50 % dos alunos 
                tiveram nota no Exame igualou superior à nota da Classificação 
                Interna Final. Confrontando o resultado anterior com os 
                resultados obtidos na Escola Secundária José Estêvão 
                relativamente à 1.ª Fase 1.ª Chamada pode-se observar na tabela 
                seguinte que não andam muito longe do que se concluiu no 
                inquérito. Para a construção da tabela procedeu-se à contagem do 
                número de alunos da 1.ª Fase 1.ª Chamada dos três anos da Escola 
                Secundária José Estêvão com nota no exame igualou superior à 
                nota da Classificação Interna Final. 
                  
                    | 
                
                Ano | 
                
                Total da população | 
                
                N.º de alunos com nota de Exame igual ou superior 
                    à nota da Classificação Interna Final 1.ª Fase 1.ª Chamada |  
                    | 
                
                1997 | 
                
                125 | 
                
                51,4 % |  
                    | 
                
                1998 | 
                
                183 | 
                
                52,8 % |  
                    | 
                
                1999 | 
                
                160 | 
                
                43,16% |  
                
                Verifica-se que aproximadamente 50 % dos alunos 
                tiveram nota no Exame superior ou igual à nota da Classificação 
                Interna Final. 
                
                Os resultados da Escola Secundária José Estêvão 
                são semelhantes aos resultados de outras escolas a nível 
                nacional. Grande parte dos alunos desta escola são potenciais 
                universitários, 
                / 36 / 
                pois a sua preparação parece ser adequada ao grau de exigência 
                do Exame. Por outras palavras, a amostra inquirida tem uma 
                característica estatística que foi constatada para os alunos 
                desta escola. 
                
                Analisando os 50 % dos alunos que responderam (no 
                inquérito) que a Classificação no Exame Nacional foi inferior à 
                Classificação Interna Final, as razões apontadas para tal facto 
                foram: não estar bem preparado, estar nervoso ou o exame ser 
                difícil e extenso, Provavelmente serão estas mesmas as razões 
                que levaram os 50 % dos alunos da Escola Secundária José Estêvão 
                a terem Classificação no Exame inferior à Classificação Interna 
                Final. 
                
                  
                
                
                4. Análise Crítica 
                
                
                4. 1. Análise Global dos Resultados 
                
                Passaremos agora a analisar unicamente os 
                resultados da CIF e do CE, dos alunos internos da Escola 
                Secundária José Estêvão nos anos de 1997, 1998 e 1999. 
                
                Constata-se que em cada um dos anos a analisar, a 
                maioria dos alunos vai à 1.ª Fase 1.ª Chamada, 
                
                Seguem-se alguns tópicos de discussão: 
                
                A média e a mediana das notas, na 2.ª Fase 
                (chamada única) é sempre inferior a 10 valores, 
                
                Este resultado não é surpreendente tendo em conta 
                que muitos alunos repetentes (no sentido de terem reprovado nos 
                exames anteriores) se propõem a este exame. 
                
                Os resultados da 1.ª Fase 1.ª Chamada são 
                superiores aos da 1.ª Fase 2.ª Chamada, No sentido de justificar 
                este facto, pode-se reparar que a média e quartis das notas de 
                Classificação Interna dos alunos que foram à 1.ª Fase – 2.ª 
                Chamada do exame é inferior à dos alunos que foram à 1.ª Fase 
                1.ª Chamada do Exame (há uma diferença de dois valores 
                aproximadamente), 
                
                A nota mínima da Classificação Interna Final é 
                sempre 10 e em qualquer um dos Exames é sempre inferior a 5. 
                
                Qualquer aluno que se propõe a exame tem nota 
                superior ou igual a 10, por lei. Como o Exame é "fotografia" de 
                um instante, "milagre" seria que todos os resultados do Exame 
                coincidissem com a Classificação Interna Final ("fotografias" 
                horríveis são raros os que as não têm), 
                
                A nota máxima no Exame é, de modo geral, superior 
                à nota máxima de Classificação Interna Final. 
                
                Uma possível justificação será a da Classificação 
                Interna Final englobar todo o trabalho que o aluno realizou ao 
                longo de três anos (desde trabalhos de pesquisa à simples 
                participação na aula). 
                
                Os professores, de um modo geral, sobreavaliam. 
                
                É natural que os professores sobreavaliem, devido 
                à diversidade dos instrumentos usados na avaliação do aluno. 
                
                Verifica-se que 25% das notas da Classificação do 
                Exame são positivas. 
                
                Com excepção da 2.ª Fase de 1997 (Chamada única) 
                em que tal facto não se verifica, em todos os outros casos basta 
                reparar no valor do 3.º Quartil. 
                
                O desvio padrão não é superior a 5 valores. Se a 
                distribuição fosse normal bastaria a média e o desvio padrão 
                para a identificar. Mas, de facto e após várias tentativas de a 
                 
                
                / 37 / ajustar à curva de Gauss, verificou-se que não se 
                adaptava mediante a falta de "normalidade". Portanto, apenas 
                podemos referir o valor numérico do desvio padrão e comparar a 
                dispersão das amostras. Constata-se que a dispersão é maior na 
                Classificação de Exame do que na Classificação Interna Final, o 
                que obviamente se aceita devido ao facto da diversidade de 
                resultados poder ser maior na Classificação de Exame, pois varia 
                de 0 a 20 valores,
 
                
                
                4.2. Redução da amostra 
                
                O número de alunos que se propõe ao exame da 1.ª 
                Fase 1.ª Chamada é sempre superior à soma dos alunos que se 
                propõem aos outros dois exames, 1.ª Fase 2.ª Chamada e 2.ª Fase 
                (chamada única). Assim vamos dar especial destaque ao exame da 
                1.ª Fase 1.ª Chamada, reduzindo a nossa tabela a: 
                 
                
                Neste momento pode-se observar que a média é 
                sempre superior a 12, quer na Classificação Interna quer no 
                Exame. 
                
                Se se considerar que o nível social, cultural e 
                económico dos alunos desta escola se mantém, com confiança de 
                95%, pode-se prever que no ano lectivo em vigor (1999/2000) a 
                média dos resultados no Exame situar-se-á entre 11 e 13 e na 
                Classificação Interna Final será superior a 12 e inferior a 14, 
                Para chegar a estas conclusões basta analisar a última coluna da 
                tabela e ter em conta que estimativa intervalar da média 
                populacional baseia-se na hipótese de que a distribuição das 
                médias amostrais é normal, o que é facilmente aceite tendo em 
                conta a aplicação do teorema do limite central. 
                
                  
                
                
                Bibliografia 
                
                [1]. Freund, E. John e Simon A. Gary (1995): 
                Statistics - A first course, Prentice - Hall. 
                
                [2]. Murteira, Bento José Ferreira (1990): 
                Probabilidades e Estatística, 1.º Volume, 2.ª Edição, McGraw-HiII 
                de Portugal, Ld.ª. 
                
                [3]. Paulos, John Allen (1991), O Circo da 
                Matemática, para além do Inumerismo, Publicações Europa-América, 
                Edição n.º: 154525/5930, 
                
                [4], Silva, J, Sebastião (1977), Guia para a 
                utilização do compêndio de Matemática, 2.º e 3.º Volumes, Edição GEP, Lisboa.
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