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(Jardim da Várzea)
– 1953 / 1958
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Naqueles escassos minutos
Após cada massacrante aula
Era este jardim o Ágora, o
O lúdico e frustre Sinédrio
De onde brotavam sonhos
Carregados de utópica esperança,
Envoltos em ânsia de liberdade
Para morrerem no seu despontar.
A morte é um sono sem sonhos,
Ameaça sempre presente
Na severa e malina repressão.
Alucinante também, era o pesadelo
Amarfanhante que ia implodindo
Aqueles verdes amores
Loucos por florir, em perfeição,
Num qualquer destes canteiros. |