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            TOMARAM 
            este ano um significado especial as comemorações do Dia da Mocidade 
            Portuguesa, pois ocorre agora o 30.º
            aniversário da fundação desta patriótica organização. 
            São trinta anos postos 
            ao serviço de nobres ideais, da formação moral e física da juventude 
            portuguesa. Fez-se imenso neste sentido, mas forçoso é dizer que 
            mais se poderia ter feito; importa, no entanto, que acima de tudo, 
            neste trigésimo aniversário, se dê uma olhadela para o passado, com 
            o fim de corrigir e completar olhos postos num futuro cada vez 
            melhor para a Mocidade Portuguesa. 
            Como em outras terras do 
            País também aqui em Aveiro se comemorou, no passado dia 1 de 
            Dezembro, o dia da Mocidade Portuguesa. 
            As cerimónias 
            iniciaram-se com uma missa celebrada na Sé Catedral pelo 
            Reverendíssimo Assistente Distrital, Monsenhor Aníbal Ramos, 
            e com a assistência de entidades eclesiásticas, escolares, civis e 
            militares e de numerosos filiados. 
            Houve em seguida uma 
            sessão solene, com formatura geral dos filiados, na Rua Infante D. 
            Henrique, que principiou com a rectificação do compromisso da 
            passagem de escalão, após o que fez a seguinte alocução patriótica o 
            encarregado da «Página do 1.º Ciclo» do nosso jornal, o filiado 
            Ulisses Manuel Brandão Pereira: 
            «Camaradas: 
            Comemora-se, hoje, a 
            data histórica do 1.º de Dezembro de 1640, em que 40 portugueses de 
            lei, em gesto sereno e audaz, romperam as cadeias que amarravam a 
            Pátria ao jugo estrangeiro. 
            Era 40, mas sabiam que 
            tinham atrás de si, a apoiá-los, 
            
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            dispostos a lutar, a morrer, a vencer, um povo inteiro, ciente da sua liberdade, da sua independência. 
            Eles tinham o exemplo da História, duma história em que 
            não há 
            lugares para os fracos, e confiavam no futuro, que jamais os traiu, 
            e que hoje se bate, em epopeia de gigantes, nas terras portuguesíssimas de 
            África, num futuro, que amanhã seremos nós, rapazes da Mocidade e que aqui juramos em testemunho de fé, não 
            trair, serenamente continuar». 
            Em seguida foi feita a entrega de diplomas aos novos graduados e, 
            para finalizar, o Delegado Distrital da M. P., sr. Dr. Fernando 
            Marques, exaltou a Mocidade num breve discurso que a todos agradou. 
            Os filiados, então, desfilaram perante as entidades oficiais
            presentes. 
            À tarde disputaram-se algumas provas desportivas (tiro e
            badmington), na E. I. C. A..
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