A
mastigação das folhas de coca, que contém cocaína a 2% do
seu peso, foi a primeira forma de absorção desta droga. É uma
prática religiosa, médica e cultural, corrente desde há séculos
nos países andinos.
A
segunda etapa foi a elaboração, em 1865, em França, por
Mariani dum vinho à base de Bordéus, de folhas de coca e de
cola (outra planta tropical). Uma bebida bastante popular do
outro lado do Atlântico, que, melhorada pelo farmacêutico
americano SYTH PEMBERTON, originou primeiramente a «French Wine
of Coca, Ideal Tonic» e depois, com uma fórmula ainda
modificada, a famosa Coca-Cola, em 1886. Todavia, em 1903, sob a
pressão de médicos, as folhas empregues foram previamente
“descocainadas”. Com efeito, a meio do séc. XIX, aparecem
as primeiras publicações científicas a sublinhar a presença
da cocaína no vegetal.
Mas
apenas em 1955 a sua estrutura molecular é verdadeiramente
elucidada. Constata-se então que se parece com a de dois
medicamentos conhecidos pelas suas propriedades anestésicas; a
lidocaína e a procaína. Daí a sua utilização médica.
Infelizmente passara aos usos ilícitos. Os consumidores de cocaína
“snifam” (absorvem por via nasal) em média 160 mg/dia, mas
devido à habituação, eles podem aumentar as doses, que podem
atingir 15 g/dia.
Enfim,
a última diversificação desta droga apareceu em 1985, nos
Estados Unidos: chama-se crack e é cocaína para fumar.
Bastante mais barata, ela atinge uma população mais numerosa e
cada vez mais jovem.
Estes
jovens tornam-se dependentes após a primeira “dose”; trinta
minutos bastam para estragar as suas vidas.
Adaptado
de SCIENCE & VIE (Fev/90)
AUTO
DOBRÁVEL
O
primeiro carro dobrável não tardará a fazer a sua aparição
no mercado automóvel. Com um comprimento total de 1,7 m por 1,4
m de largura, este «mini» não pesará mais de 60 kg, atingirá
cerca de 30 km/h e estará equipado com um motor de motociclo.
Fechar-se-á como uma mala e levaremos na mão cerca de 875
contos.
O
projecto está a ser executado por duas escolas técnico-profissionais
francesas, em associação com o Ministério da Educação. Prevê-se
a sua conclusão para o final deste ano escolar.
Adaptado de SCIENCES & AVENIR, Março/90
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