ELEIÇÕES — Realizaram-se no
passado dia 30 de Nov. as eleições para a D.A.E. da nossa
Escola. Concorreram 2 listas (B,D), saindo vencedora a D que,
à partida, tinha já 50% de hipóteses de ganhar. Assim não vale!
HALLOWEEN — Duas simpáticas
professoras de Inglês foram as dinamizadoras desta espécie de
Carnaval de Todos-os-Santos que os ingleses inventaram. O evento
decorreu pelas salas aboboradas da nossa Escola. Os alunos (7º
F, G e 8º E, G) não
fizeram abóbora! (Limitaram-se a trazê-las...)
FÉRIAS — O Natal vem aí porque a Páscoa
ainda está longe. O final do 1º período vai chegar já a 14:
para os professores é cedo (o mês tem 31 e a meio começam os
malabarismos orçamentais...) e para os alunos é já demasiado
tarde... Vinguem-se nas rabanadas!
O
HOMEM: UM SER
REGIDO
POR VALORES
O
homem jamais se revelou um ser anárquico. Apesar de ansiar pela
liberdade, cedo se consciencializou da necessidade da sua vida
ser regida por valores. Ao longo da história da humanidade,
estes sofreram uma constante mutação, tentando dar respostas
aos novos ideais que se impunham. No entanto, se nos debruçarmos
sobre a história, podemos constatar uma atitude saudosista que
se traduz na busca de valores já usados por outros povos. O que
é a época do Renascimento senão um renascer dos valores da
cultura greco-latina? Mas nem sempre se procede a uma
renovação de valores que servem os seus próprios ideais.
A
nossa sociedade vive actualmente uma crise de valores, consequência
inevitável de estes se fundamentarem nos ideais da Revolução
Francesa.
Conceitos
como Liberdade, Fraternidade e Igualdade estão, sem margem de dúvida,
ultrapassados. O homem Iluminista lutou contra o domínio do
transcendente. A razão era o elemento dignificador do homem,
era através dela que o homem se afirmava e se reivindicava. O
nosso século é uma época que carece desse domínio
desvalorizado pelo homem Iluminista. Este é um tempo em que se
procura a fé. Farto de se querer reduzir a um ser unicamente
racional, o homem parte à procura daquilo que não vê, que não
ouve, mas que sente.
Mas
o homem é também um animal político. Ele não pode renunciar
à política, pois ela responde a uma necessidade social. A política
sofre, também hoje, uma crise, uma vez que o comunismo e o capitalismo
começam já a ser encarados como teorias ultrapassadas. A
implantação de novas teorias políticas será não só um modo
de responder às necessidades que a sociedade actual apresenta,
mas também uma projecção de uma nova organização social.
Mas não é só no domínio político que a organização social
se espelha. A obra de arte, sendo um produto do criador, não é
apenas a imagem-símbolo que exprime a interioridade do artista.
Ela é também um sistema representativo de uma determinada época.
A obra de arte implica sempre a presença recíproca do indivíduo
e da sociedade, já que o artista é, simultaneamente, produto e
produtor da sociedade. Na sociedade actual, a arte assume uma
posição cada vez mais fundamental: a civilização tem
necessidade de se cultivar, de se encontrar projectada numa das
mais belas actividades do homem.
Arte Religião e Política — três valores que se impõem ao
homem e que, incontestavelmente, continuarão a vigorar, porque são
o fundamento da vida social de cada um de nós. Há necessidade
de os mudar, de os adaptar às novas estruturas mentais. Há
necessidade de encontrarmos uma nova força que nos conduza aos
novos ideais. É necessário que a crença na felicidade renasça
de novo!
RITA D’ALMEIDA, 12º B
DESNEXOS
ESSENCIAIS
Desnexos, sim! E porque não — como diz a música — essenciais?
Qual de nós suporta o seu aborrecido dia-a-dia se não lhe puser
logo de manhã cedo uma pitada de desnexo?!...
Mas de onde vem este laivo de insanidade que temos necessidade de
cultivar? Vem, como seria de esperar, da própria loucura em si.
Quem mais lhe poderia dar origem?!...
Não, não fiquem surpreendidos por tratarmos a loucura como um
ser, pensem bem e chegarão à conclusão de que ela é aquele
“diabinho” que vive na face escura de cada um de nós. Mas
como não podemos ser loucos, pois corríamos o risco de sermos
enfiados numa instituição para tal efeito, a loucura pôs ao
nosso dispor o seu filho — o nosso querido e amado “desnexo”.
É por todas estas razões que decidimos dedicar estas linhas aos
pequenos — e grandes! — desnexos de todos nós, que aliás não
faltam neste nosso “amado” Portugal.
Para a próxima cá estaremos com os nossos excessos, que afinal são
desnexos e têm montes de essencialidade.
TITA, 11º C
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