Escola pitagórica

A escola de Pitágoras que era aristocrática, chegou a tentar também uma acção política e com isso excitou a malevolência dos profanos; por ocasião de uma revolta popular, a casa de Mílon foi incendiada e Pitágoras refugiou-se em Tarento, onde pouco depois foi assassinado durante outra revolta. Um grupo exaltado cercou a casa em que se achava Pitágoras e incendiou-a. O filósofo, sua esposa e alguns discípulos pereceram nesse incêndio (Cf. BELL, G.,30).

Pitágoras, a quem a geometria deve este caracter rigoroso de dedução que a distingue ainda hoje, conhecia e ensinava ao que parece tudo o que, em substância, encerram os dois primeiros livros dos Elementos de Euclides. Acreditava que a ciência dos números encerrava o fundamento da teoria do Universo e chegava a atribuir propriedades sobrenaturais aos números e figuras geométricas.

Os pitagóricos dividiam os assuntos matemáticos em quatro secções: os números absolutos ou a Aritmética; os números aplicados ou a Música; as grandezas no estado de repouso ou a geometria; as grandezas em movimento ou a Astronomia. Esse quadrivium foi durante muito tempo considerado como constituindo um curso mínimo para uma instrução liberal.


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