É
tarde para a economia, quando a bolsa está vazia.
Em Abril, águas mil.
Em Abril, espigas mil.
Em Abril, cada pulga dá mil.
Em broa encetada todos tiram uma côdea.
Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Em casa de letrado nunca faltam razões.
Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
Em cima de melancia água fria, em cima de melão vinho de tostão.
Em Dezembro treme o frio em cada membro.
Em dia de S. Matias começam as enxertias.
Em Julho abafadiço, fica a abelha no cortiço.
Em Junho, frio como punho.
Em Março, onde quero eu passo.
Em Março tanto durmo como faço.
Em Novembro, põe tudo a secar, que pode o sol não voltar.
Em Outubro, o fogo já é amigo.
Em Outubro pega tudo.
Em Outubro, sê prudente: guarda pão, guarda semente.
Em princípio de Maio corre o lobo e o veado.
Em Roma sê romano.
Em Setembro, colhendo e comendo.
Em Setembro planta, colhe e cava que é mês para tudo.
Em tempo de guerra não se limpam armas.
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei.
Enquanto há vento molha-se a vela.
Enquanto há vida, há esperança.
Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Entradas de leão, saídas de sendeiro.
Entre homem e mulher, não metas a colher.
Entre marido e mulher, não se mete a colher.
Erva daninha a geada não mata.
Estar em palpos de aranha.
Este mundo é uma bola; quem anda nele é que se amola.
Falai no mau e aparelhai o pau.
Falar é prata, calar é ouro.
Fazer bem a vilão ruim é lançar água em cesto roto.
Fevereiro faz dia e logo é Santa Maria (dia 2 deste mês)
Filho de peixe sabe nadar.
Filho és, pai serás, assim como fizeres, assim acharás.
Foi pior a emenda que o soneto.
Fui a casa da minha vizinha, envergonhei-me; vim para a minha e
governei-me.