Desde muito cedo
comecei a gostar de Aveiro. Com uma costela paterna genuinamente
aveirense, as minhas férias eram repartidas entre esta cidade e
Celorico da Beira. As férias grandes, então com três meses, eram
para Celorico; as pequenas, Natal e Páscoa, para Aveiro.
No meu tempo de
miúdo, Aveiro era uma pacata cidade provinciana. Carros nas ruas,
só alguns e dos mais abastados. Os outros, andavam a pé ou
utilizavam um transporte económica e ecologicamente correcto.
Então ainda não havia as BUGAs (Bicicleta Urbana Gratuita de
Aveiro). Mas quase toda a gente tinha bicicleta.
Foi em bicicletas
emprestadas que descobri, em miúdo, os viçosos campos
circundantes, onde brotaram, mais tarde, edifícios de betão armado
com algumas árvores, aqui e acolá, para recordarem a verdura de
antanho.
A casa da minha
avó era nos arredores, junto ao parque, a quinhentos metros do
coração da cidade.
Da janela do
sótão, tinha amplos horizontes: do outro lado da rua, a Quinta dos
Farelas, com a casa e o pombal ao lado; mais adiante, o telhado
avermelhado do Governo Civil; lá longe, um mar de caixilhos
voltados para o céu, repletos de pequenos montículos de sal; e, na
linha do horizonte, o farol da Barra, que se via nitidamente nos
dias sem neblinas e cujos raios luminosos aqui chegavam, a partir do
fim das tardes, sem quaisquer obstáculos.
O que, no meu
tempo de criança, era os arredores da cidade, com uma rua pacata,
sem carros, com quatro ou cinco casas e um quartel ao lado,
frequentado por militares, tornou-se o centro da cidade, onde
encontrar um lugar para o carro é quase como procurar agulha em
palheiro.
Desapareceram
todos aqueles verdes campos, que abasteciam o mercado. Neles
nasceram bairros económicos, alinhados como carruagens amarelas,
bairros chiques, com belas moradias, centros comerciais, rodeados de
altos prédios, em suma, árvores de cimento e tijolo com vários
andares, onde se amontoam, aos milhares, as pessoas que engrossaram
a população daquela que era a pacata cidade aveirense.
Aveiro mudou
completamente! Para melhor? Talvez!
Chega de evocar
uma Aveiro que não mais existe, mas que saudosamente guardo nas
minhas recordações de miúdo. Para ficares com uma ideia do que
era e do que é esta cidade, consulta o endereço
ww3.aeje.pt/avcultur/hjco/avoldweb/index.htm
Além
do endereço anterior, tens à tua disposição muitas páginas na
Internet que nos falam de Aveiro. Todavia, apenas aqui indicamos
aquelas que nos pareceram merecer o dinheiro gasto na conta
telefónica para consulta através deste meio. É uma escolha,
como nem poderá deixar de ser, subjectiva. Mas é a que pareceu melhor. O
endereço seguinte pertence à Câmara Municipal de Aveiro.
Apresenta-nos um conjunto de páginas apenas em Português e Inglês
(o Francês anda, infelizmente, cada vez mais esquecido em
Portugal!) com diversas informações: a C.M.A., os acontecimentos, a
cultura, as freguesias e outra informação com interesse. www.cm-aveiro.pt Este
endereço apresenta um mapa, a História da cidade, a Ria, barcos,
praias, monumentos, universidade e zonas verdes. É um conjunto de
páginas com grande número de fotografias de Aveiro. www.av.it.pt/aveirocidade Este
endereço, já indicado noutro local, é relativo a um programa
didáctico para Geografia que aborda o tema da «Ria de Aveiro».
ww3.aeje.pt/avcultur/hjco/aveirria/index.htm
Poderemos
encontrar uma informação insignificante acerca do Museu de Aveiro
no endereço www.ipmuseus.pt/portu/museus/aveiro.htm
O
endereço seguinte apresenta informação genérica acerca da cidade
e região de Aveiro: localização, província (Beira Litoral),
distrito (Aveiro), concelho,
população (73.136 hab.), data de elevação a cidade (11 de Abril
de 1759), feriado municipal (12 de Maio) e listagem das catorze
freguesias deste concelho (Aradas, Cacia, Eirol, Eixo, Esgueira,
Glória, Nariz, Nossa Senhora de Fátima, Oliveirinha, Requeixo,
Stª Joana, S. Bernardo, S. Jacinto e Vera Cruz). www.cidades-portuguesas.net/Aveiro.htm Com
o endereço «www.novidades.com»
pode-se localizar informação não só sobre Aveiro, mas de todas
as cidades portuguesas. Tem ainda a particularidade de permitir que
se efectue o registo de endereços com interesse cultural. Por isso,
aconselhamos-te a «clicar» e a descobri-lo: www.novidades.com/aveiro |