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Recentemente tivemos a
oportunidade de visitar o que subsiste da antiga fábrica de
conservas Brandão Gomes, documentada em vários postais antigos de
Espinho, postais cujos objectivos eram divulgar e publicitar uma das
mais importantes fábricas de conservas do nosso país e, talvez, das
mais evoluídas para a época. Para conhecimento dos leitores,
fornecemos-lhes não apenas as imagens por nós registadas, mas também
os textos que nos foram facultados e se encontram no desdobrável
publicado pela CME para distribuição aos visitantes do museu
municipal.
«A renovação funcional da antiga
Fábrica Brandão, Gomes & C.ª integra uma vertente de desenvolvimento
cultural e preservação da memória colectiva da comunidade local.
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Nesta perspectiva, o Museu
Municipal de Espinho surge como uma instituição de pesquisa e
comunicação que tem como âmbito a comunidade piscatória e a
indústria conserveira de Espinho. O Museu procura caracterizar o
Bairro da Marinha, a Arte da Xávega e tornar compreensível o
lugar da Fábrica Brandão, Gomes & C.ª no fenómeno conserveiro
nacional e mundial.»
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Vista da Fábrica Brandão
Gomes de Espinho. Óleo sobre tela - 1910 - Silva & Cª, Porto.
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FÁBRICA BRANDÃO,
GOMES E C.ª |
«Em 1894, Alexandre Brandão,
Henrique Brandão e Augusto Gomes constituem a sociedade Brandão,
Gomes & C.ª.
A qualidade, diversidade e apresentação das conservas Brandão Gomes,
proporcionada por um bom apetrechamento tecnológico, levaram a uma
rápida afirmação nos mercados internacionais e, em particular, no
Brasil onde tiveram grande aceitação. |
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A necessidade de aumentar a
capacidade de produção de conservas de peixe e assegurar um acesso
mais regular de peixe fresco levou a empresa a estabelecer fábricas
filiais nos portos piscatórios de Matosinhos (1904) e Setúbal (1911)
ou em mercados abastecedores pouco explorados como era o caso de S.
Jacinto (1909).» |
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TRABALHO |
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«Nas épocas de maior movimento
trabalhavam na fábrica de Espinho cerca de 400 indivíduos, com
particular saliência para raparigas menores e sem qualquer
escolaridade. Em 1910, apenas 25 dos seus trabalhadores sabia ler.
Tinham na sua maioria uma origem
piscatória e, no caso das mulheres e raparigas, a retribuição
monetária era destinada a complementar os rendimentos dos
respectivos agregados familiares.» |
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PRODUTOS |
«As conservas de sardinha
constituíam a principal produção das unidades fabris Brandão Gomes.
Comercializada em latas de diferentes tamanhos e dimensões, a
sardinha era apresentada nas mais diversas variedades. |
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A introdução de novos produtos,
de acordo com a divisa melhorando sempre, levou a empresa à
exploração de todos os segmentos de mercado das conservas
alimentícias. A sua actividade produtiva estendia-se a uma grande
variedade de peixes, mariscos, carnes, aves, caça, legumes, frutas
em calda, geleias, marmelada e queijo da serra. |
A ampliação das primitivas instalações permitiu a produção de
legumes em mostarda ou vinagre e do môlho d'Espinho. Em 1908 surgia
o azeite enlatado e comercializado sob a marca Brandão Gomes.» |
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Dois
aspectos do interior do Museu Municipal de Espinho (bloco correspondente
à antiga fábrica de conservas Brandão Gomes). Clicar na estátua para ampliar. |
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Contactos
MUSEU MUNICIPAL DE ESPINHO
Rua 41 | Av. João de Deus
4500 ESPINHO |
Telef.
227 326 258 ou 227 327 072
Fax.
227 335 867
museu.municipal@cm-espinho.pt |
HORÁRIOS E VISITAS
Terça a Domingo
10:00 - 19:00 horas
Encerra à
segunda-feira |
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