Vamos agarrar o arco-íris

Dulce Vieira, Contos infantis, 2001

Carolina
era uma menina
que vivia no campo
e gostava tanto
de correr e de saltar!
Às árvores trepar
era um gosto
desde manhã ao sol-posto!

 

Carolina! Ó Carolina!
Sua mãe dizia:
Sempre a correr!
Que andas tu
Lá fora a fazer?

Mas ela já nem ouvia. Corria, corria:

- Ó Afonso! Francisco! - Gritava, chamando os amigos - Manuel! Venham muito depressa! Está quase a chover; mas venham todos ver! Está acolá um arco-íris tão lindo!

Num instante, estavam todos a olhar para o céu, a ver o arco-íris.

- Ai! Que bonito! É mesmo muito bonito! E tem tantas cores! – disseram em coro.

E o José:

- Vamos agarrá-lo? Eu quero a cor vermelha!

- E eu – disse a Carolina – quero aquela que é igual às violetas da vó-vó!

- E eu a verde - disse o Francisco - igual à minha nuvem.

- Para mim é a amarela! – disse o Manuel.

E o Afonso:

- A minha - já todos sabem - é a azul.

- Vamos, vamos lá agarrar as nossas cores. - dizia o José.

E o Afonso, todo despachado:

- Eu acho que não é nada longe! Se correrem todos atrás de mim, vamos lá chegar num instante.

- Cuidado com o Manelito - dizia o Francisco – que ainda é pequenito! Mas não faz mal; eu ajudo. Dá cá a tua mão, sim?

E o Afonso:

- Pois é! Isto é tudo muito perigoso para o Manel!

E corriam... corriam...

Mas... mmmm... mmmm... Fazia a Carolina:

- O arco-íris está a fugir-nos! Se calhar pôs-se a jogar às escondidas connosco! Assim nunca mais o apanhamos!

- Pois é... - respondeu o Francisco. Também já não estou a ficar contente, porque o arco-íris vai fugindo, fugindo, e fica cada vez mais longe de nós!

E a Carolina:

- Sentem-se todos aqui a descansar, que eu vou chorar... Só um bocadinho!

E então, todos ali sentados, estavam à espera que ela chorasse aquele bocadinho.

Mas... foi então que chegou o João, que por ser mais velhinho sabia muitas coisas a respeito do arco-íris que no céu se pode ver, quando está para chover.

- Agarrar o arco-íris?! Mas isso não pode ser! - Disse. E lá explicou: O arco-íris é a luz branca do sol, que se “desmancha” toda quando passa pelas gotinhas da chuva e apresenta aquelas sete cores que estamos todos a ver, das quais já não posso escolher muito, porque só me deixaram duas! Bom, escolho o laranja. O índigo não fica escolhido. É muito bonito, o arco-íris, pois é! Mas é só para ver, não se pode prender! Portanto, meus amigos, vamos mas é lanchar que a fome já está a apertar...

Lá voltaram todos para casa da Carolina. Esperava-os uma mesa cheiinha de coisas boas: pipocas, pão fresco, queijo, compota, leite, sumo e também chocolates.

E ficaram todos tão ocupados e entusiasmados, que nem perceberam que, lá fora, também já a terra ia bebendo as grossas gotas da água da chuva que ia caindo do céu.

Mas ela já nem ouvia. Corria, corria:

- Ó Afonso! Francisco! - Gritava, chamando os amigos - Manuel! Venham muito depressa! Está quase a chover; mas venham todos ver! Está acolá um arco-íris tão lindo!

Num instante, estavam todos a olhar para o céu, a ver o arco-íris.

- Ai! Que bonito! É mesmo muito bonito! E tem tantas cores! – disseram em coro.

E o José:

- Vamos agarrá-lo? Eu quero a cor vermelha!

- E eu – disse a Carolina – quero aquela que é igual às violetas da vó-vó!

- E eu a verde - disse o Francisco - igual à minha nuvem.

- Para mim é a amarela! – disse o Manuel.

E o Afonso:

- A minha - já todos sabem - é a azul.

- Vamos, vamos lá agarrar as nossas cores. - dizia o José.

E o Afonso, todo despachado:

- Eu acho que não é nada longe! Se correrem todos atrás de mim, vamos lá chegar num instante.

- Cuidado com o Manelito - dizia o Francisco – que ainda é pequenito! Mas não faz mal; eu ajudo. Dá cá a tua mão, sim?

E o Afonso:

- Pois é! Isto é tudo muito perigoso para o Manel!

E corriam... corriam...

Mas... mmmm... mmmm... Fazia a Carolina:

- O arco-íris está a fugir-nos! Se calhar pôs-se a jogar às escondidas connosco! Assim nunca mais o apanhamos!

- Pois é... - respondeu o Francisco. Também já não estou a ficar contente, porque o arco-íris vai fugindo, fugindo, e fica cada vez mais longe de nós!

E a Carolina:

- Sentem-se todos aqui a descansar, que eu vou chorar... Só um bocadinho!

E então, todos ali sentados, estavam à espera que ela chorasse aquele bocadinho.

Mas... foi então que chegou o João, que por ser mais velhinho sabia muitas coisas a respeito do arco-íris que no céu se pode ver, quando está para chover.

- Agarrar o arco-íris?! Mas isso não pode ser! - Disse. E lá explicou: O arco-íris é a luz branca do sol, que se “desmancha” toda quando passa pelas gotinhas da chuva e apresenta aquelas sete cores que estamos todos a ver, das quais já não posso escolher muito, porque só me deixaram duas! Bom, escolho o laranja. O índigo não fica escolhido. É muito bonito, o arco-íris, pois é! Mas é só para ver, não se pode prender! Portanto, meus amigos, vamos mas é lanchar que a fome já está a apertar...

Lá voltaram todos para casa da Carolina. Esperava-os uma mesa cheiinha de coisas boas: pipocas, pão fresco, queijo, compota, leite, sumo e também chocolates.

E ficaram todos tão ocupados e entusiasmados, que nem perceberam que, lá fora, também já a terra ia bebendo as grossas gotas da água da chuva que ia caindo do céu.

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