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Figura 1: Aspecto da costa em épocas muito remotas.

Formação da Ria de Aveiro

 

Entre Espinho e o Cabo Mondego, em épocas remotas muito anteriores à fundação de Portugal, a costa apresentaria uma configuração totalmente diferente da actual. Deveria ser uma imensa baía junto da foz do rio Vouga, com um aspecto semelhante ao representado na figura 1, ao lado.

Com o volver do tempo, devido a um lento processo de deposição de areias com formação de cordões dunares litorais, começou a surgir uma laguna com algumas ilhas dispersas no interior. Nos primeiros tempos da nacionalidade portuguesa, a Ria de Aveiro deveria ter um aspecto semelhante ao da gravura, segundo se depreende de mapas antigos.

Figura 2: Aspecto da laguna por altura da fundação da nacionalidade portuguesa.

Figura 3: Aspecto actual da «Ria de Aveiro».

Com o volver dos anos, o processo de formação do cordão litoral de dunas deu origem a uma laguna, na qual desagua o rio Vouga e outros pequenos cursos de água. A ligação com o mar, durante vários séculos, conheceu diferentes localizações, entre Ovar e Mira, chegando a haver anos em que a laguna ficava completamente isolada do mar. Os anos em que não havia barra correspondiam, geralmente, a períodos de pobreza e calamidades para os habitantes da região de Aveiro. Foi o que sucedeu de 1720 a 1736, altura em que Aveiro conheceu um período de elevada mortalidade. 

Só no século XIX, às sete horas da tarde do dia 3 de Abril de 1808, a barra de Aveiro foi fixada definitivamente no local onde actualmente se encontra. Para um conhecimento pormenorizado dos problemas então vividos, aconselha-se a leitura do artigo «A Laguna: Vida, Morte e Ressurreição de Aveiro». 

A designação «Ria de Aveiro» não está cientificamente correcta, dada a sua génese não corresponder à de uma verdadeira ria, nem tão pouco à de um «half-delta», classificação que também lhe tem sido atribuída. Como resultado de tão grande indefinição, actualmente a comunidade científica prefere utilizar um conceito mais generalista - o de LAGUNA.

          Os aspectos mais marcantes na morfologia da laguna são:

          ● O sistema de ilhas entrecortadas por canais na zona central, associado à foz do rio Vouga;

          ● Os canais de Mira, de Ílhavo e de S. Jacinto/Ovar, que divergem a partir da zona central para sul e para norte, paralelos à linha de costa;

          ● A comunicação com o mar faz-se através de uma única barra, mantida artificialmente.


Aveiro

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2001