In: Lauro António, Super-Homem, o filme, Nº 8, Algueirão, Secretaria de Estado da Reforma Educativa, M. E., SD, 24 pp.

Super-Homem, o filme

Texto de Lauro António

Brochura acerca do filme «Super-Homem, o filme» - Dim. 21x14,5 cm - Clicar para ampliar.

    O Filme
   Da Banda Desenhada para o cinema

   Super-Homem - O Herói

   Significado Sociológico

   Superman na Rádio, Televisão e Cinema

   Superman - O Filme de Richard Donner

   Richard Donner - Biofilmografia

   Filmografia

   Marlon Brando Biofilmografia

   Filmografia de Marlon Brando

   Christopher Reeves - Biofilmografia
   Superman II A Aventura Continua

   Superman III

   Superman IV - Em Busca da Paz

   Superman no Cinema

   Ficha Técnica

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Super-Homem

O filme

Super-Homem - Clicar para ampliar.Título original: Superman, The Movie. Realização: Richard Donner (EUA, Inglaterra, 1978). Argumento: Mario Puzzo, David Newman, Leslie Newman e Robert Benton, segundo "história em quadradinhos" de Jerry Siegel e Joe Shuster. Fotografia (Technicolor, Panavision): Geoffrey Unsworth e Denys Cooper (fotografia aérea). Música: John William. Montagem: Stuart Baird. Consultor criativo: Tom Mankiewicz. Cenários: John Barry. Som: Roy Charman. Efeitos especiais: Les Bowie, Colin Chilvers, Roy Field, Derek Medding, Jonh Richardson, Wally Weevers. Produtores: Ilya Salkind e Pierre Spengler. Duração: 143 minutos. Intérpretes: Marlon Brando (Jor-EI), Gene Hackman (Lex Luthor), Christopher Reeves (Clark Kent - Superman), Harry Andrews (Ansião), Ned Beatty (Otis), Jackie Cooper (Perry White), Sarah Douglas (Ursa), Glenn Ford (Jonathan Kent), Trevor Howard (Ansião), Margot Kidder (Lois Lane), Marc McClure (Jimmy Olsen), Jack O'Halloran (Non), Valerie Perrine (Eve), Maria Schell (Vond-Ah), Terence Stamp (General Zod), Susannah York (Lara), etc. Distribuição: Mundial Filmes. Estreia em Portugal: Cinemas Império (Lisboa), Trindade (Porto) e Avenida (Coimbra): 23 de Março de 1979. Classificação: Não aconselhável a Menores de 13 anos. Edição vídeo: Vista Vídeo.

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Da Banda Desenhada para o cinema


"Superman" (ou Super-Homem na sua tradução portuguesa) é um dos mais populares heróis da banda desenhada internacional. Apareceu pela primeira vez em 1938, no número 1 de uma nova revista de "comics" (designação inglesa para as nossas "histórias em quadradinhos" ou "bandas desenhadas") que tinha por título "Action Comics" (Banda Desenhada de Acção), em cuja capa aparecia o herói levantando a pulso um carro. Foram seus criadores uma dupla de americanos, Jerry Siegel e Joe Shuster, "dois adolescentes de Cleveland (Ohio) que, espancados durante muito tempo pelos rapazes da vizinhança, inventaram em 1933, este herói fabuloso", segundo a informação de Claude Roy.


O Herói

Quem é "Superman"? Nascido no longínquo e avançadíssimo planeta Kripton, "Superman" é filho de Jor-EI, cientista e de Lara, e recebeu o nome de baptismo de Kal-EI. Surge, porém, numa altura trágica para o planeta, que Jor-EI sabe ameaçado de explosão e prestes a ser destruído. A única forma de salvar a criança é enviá-la para outro planeta, a bordo de uma sofisticada nave espacial. O que acontece, momentos antes de Kripton se desintegrar.

O planeta escolhido para Kal-EI aterrar foi a Terra, por possuir uma atmosfera semelhante à de Kripton. Durante a viagem de Kripton até à Terra, Kal-EI vai assimilando todos os conhecimentos que um computador gigante lhe ministra durante o sono. Quando aterra numa planície dos Estados Unidos, e é recolhido por um casal de bondosos lavradores que logo o adoptam, Kal-EI era já uma criança com super-conhecimentos em relação à ciência terrestre, e simultaneamente um ser com super-poderes que lentamente irá descobrindo: dotado de uma força prodigiosa, podendo voar, aquele que virá a ser novamente baptizado como Clark Kent ostenta ainda muitos outros dotes nada desprezíveis, como por exemplo uma "supervisão de raios X", a emissão de raios caloríficos que vão até à fusão da rocha ou do metal, viajando não só no espaço como também no tempo. Todas estas invejáveis características ele as / 5 / coloca, sob Inspiração de Jor-EI, ao serviço da Terra que o abriga, neste caso os Estados Unidos da América. É em nome da Verdade, da Justiça e do "american way of life" que Clark Kent inicia a sua permanência e "missão" junto dos homens.

E a criança cresce, levantando já carros com um dedo, correndo ao lado dos comboios e ultrapassando-os, multiplicando os seus poderes, mas reservando essas manifestações para momentos solitários. Na vida diária, junto dos outros rapazes, ele é apenas um estudante pouco dado a desportos, depois jornalista de reduzida coragem, muita timidez, miopia e pouca inteligência. Dir-se-ia o cidadão médio, incapaz de uma façanha temerária. Com ele se irão identificar os "cidadãos médios" de todo o mundo, porque se na sua farda de jornalista Clark Kent é tudo isso, quando despe o seu fato de funcionário público esconde os óculos, surge o verdadeiro "Superman", o herói invencível, protector dos fracos e ofendidos, "anjo da guarda" afinal de todos os autênticos Clark Kents do mundo. Quem não gostaria de ter uma outra existência por detrás da monotonia de um dia-a-dia, passado na escola, estudando matérias que por vezes nada lhe dizem, ou gasto num escritório empilhando maços de petições cuja única serventia é tapar as janelas que deixariam vislumbrar novos horizontes? Quem não gostaria de se saber invencível, depois de passar por injustiças e provocações quotidianas, não conhecendo outra forma de resposta senão aceitar a humilhação? "Superman" é essa outra dupla personalidade que cada um de nós gostaria de ter, e transfere para o herói da banda desenhada ou do cinema, projectando nele os desejos e as frustrações diárias.

Significado Sociológico

Uma banda desenhada, como filme, um livro ou uma composição musical, para lá daquilo que significa por si só, reflecte significados sociológicos encobertos que é necessário serem percebidos por quem os lê, ouve ou vê. No caso de "Superman", as aventuras de Jerry Siegel e Joe Shuster aparecem num momento determinado da história do mundo, e num determinado país. São aventuras que acompanham o seu tempo e o reflectem. Na década de 30 agigantava-se na Europa o fantasma do nazi-fascismo, com a ascensão ao poder de Hitler e Mussolini, para só falar dos expoentes máximos destas duas ideologias de terror e destruição. A América, longe ainda do conflito onde só viria a entrar alguns anos mais tarde, atenta já fazer das fraquezas forças e revitalizar o seu espírito, ele próprio combalido por uma grave crise económica em início da década. Era preciso "inventar" uma força oculta que desse esperança e permitisse ultrapassar a fraqueza momentânea. "Superman" é o herói desse momento. Mas há muitos outros aspectos a concorrer para o sucesso da série. Como acontece quase sempre que ocorre uma crise económica, a crise social instala-se, com a sua instabilidade e o recrudescimento de gangsterismo. Para combater a onda de crimes, o super-herói, / 6 / invencível, omnipresente, revelava-se o antídoto necessário para tranquilizar o comum dos mortais ameaçado na sua segurança. Não é por acaso que quase todos os heróis da banda desenhada de acção (não só "Superman", mas também "Batman", "Flash Gordon", "Buck Rodgers", "Tarzan", "Fantasma" e tantos outros) acompanham a evolução social e política do mundo. Por isso não surpreende que se associem às forças da Ordem para combater o crime defendendo os valores aceites pelo governo dos países onde crescem, ou se mobilizem militarmente para combater os inimigos desses povos. Por isso "Superman" irá lutar, tal como "Tarzan", "Batman", "Fantasma" e outros, contra as tropas nazis, durante a década de 1940, e, posteriormente, contra "a ameaça comunista", durante os anos da guerra fria. Quando estes anos deram origem a um período de distensão e de degelo, de apaziguamento e tréguas, engendram-se para eles outros tipos de inimigos, desta feita super-vilões que procuram pôr em causa, não só um país ou um povo, mas a Humanidade.

Superman na Rádio, Televisão e Cinema

o sucesso de "Superman" foi imediato. Dois anos depois do seu aparecimento conseguia vender 20 milhões de exemplares, ser traduzido em dezenas de línguas, aparecendo em centenas de jornais de todo o mundo. Quando, depois da América ter entrado na II Guerra Mundial, "Superman" se junta à causa dos Aliados, Goebbels teria perdido as estribeiras (o que não era raro neste ministro de Hitler) e teria mesmo chegado a invectivar o herói em plena reunião do Reichstag: "Esse Superman é Judeu!", proibindo o herói de circular em todo o espaço controlado pelo III Reich.

O poder de penetração de "Superman" não mais pararia. Em 1940 passava a "serial" de rádio, ainda com argumento de Jerry Siegel e Joe Shuster, com cinco emissões diárias. Um ano depois fazia a sua entrada no cinema, pela mão de um grande cineasta de animação, David Fleisher, que viria a rodar cerca de vinte títulos de desenhos animados, protagonizados por "Superman". Em 1948 surge no cinema em figura real, de carne e osso. Os realizadores são Spencer Gordon Bennet e Thomas Carr, e a personagem de "Superman" é interpretada por Kirk Alyn. A de Lois Lane, companheira de redacção de Clark Kent no "Daily Planet" de Metropolis, tem o rosto de Noel Neill. Em 1950, outro rosto para "Superman", desta feita ao longo de 103 episódios rodado especialmente para a televisão: George Reeves. A produção da série é de Robert Maxwell.

A mais importante realização cinematográfica é, todavia, o "Superman", de 1978, com Christopher Reeves no protagonista, Marlon Brando na figura de Jor-EI, Susannah York na de Lara, Glenn Ford em Jonathan Kent, pai adoptivo de "Superman", Margot Kidder, na da sua companheira Miriam Lane, Jackie Cooper na figura do chefe de redacção do "Daily Planet" e Gene Hackman encarnando a sinistra personagem de Lex Luthor, adversário mortal do herói. Foi realizador deste filme Richard Donner e seus principais colaboradores, técnicos admiráveis nos mais diversos campos; quem desenhou os cenários e inventou as maquetas onde se iria passar a história foi John Barry; a figurinista que vestiu os actores, dando-lhe a correspondência necessária com os desenhos da banda desenhada, foi Yvonne Blake; a música foi composta por John Williams, o mesmo que criara a comunicação em "Encontros Imediatos de Terceiro Grau". Muitos dos efeitos especiais foram devidos a Tom Mankiewicz, e a fotografia vem assinada por Geoflrey Unsworth. Uma equipa invulgar, para um filme que marcou uma data na história do cinema e do espectáculo.
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Superman - O Filme de Richard Donner

Richard Donner - Clicar para ampliar.Um ponto no espaço avança em direcção aos espectadores. Nas ruas de Nova lorque os transeuntes param, olham o céu, e exclamam: «lts a bird... it's a plane... it's Superman!» (É um pássaro... um avião... é Super-Homem!).

É também Christopher Reeves, envergando o lendário «colant» azul e vermelho, que, por meio das mais sofisticadas trucagens (desde voar preso por arames invisíveis, até ser substituído por um pequeno boneco manejado à distância), se passeia, a loucas velocidade, por sobre as cabeças dos nova-iorquinos estupefactos.

Com os dois braços dirigidos para a frente, rompendo o ar, Superman aí vai em direcção ao crime. Os americanos sabem-no e respiram tranquilamente.

Alguém vela por eles, Christopher Reeves flecte um braço para a direita, mete a mudança, muda de rumo. Estamos no domínio do fantástico. É Superman, o herói, a estrela de cinema. É "Superman - The Movie" (Superman – o filme). O mais caro filme de toda a história do cinema, até essa altura. Pelo menos durante alguns meses, o «recorde» de 35 milhões de dólares garantiu esse máximo, que em números portugueses (e pese embora a desvalorização do escudo), dava qualquer coisa como perto de dois milhões de contos.
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Marlon Brando, para aparecer durante os primeiros dez minutos de projecção, pediu, e cobrou, três milhões e setecentos mil dólares, Uma aparição a peso de ouro, bem se pode dizer, Bem se pode também saborear o requinte da sua interpretação, o branco cabelo platinado, o sumptuoso «décor» de cristal, onde decorre o conselho dos anciãos, de que faz parte Jor-EI, cientista, pai de Superman.

São dez minutos de antologia, no domínio do fantástico e do maravilhoso. Depois, Krypton, o planeta de onde é originário Superman, explode no espaço, e com ele Marlon Brando. Mas o fascínio de «Superman – o filme», esse permanecerá.

Expulso de Krypton no interior de um cometa, Superman irá aterrar numa planície americana. A criança que sairá de dentro do meteorito é recolhida por um casal de camponeses, que, segundos depois, perceberá que acaba de albergar um ser com poderes extraordinários, vindos de outro planeta. «Encontro imediato», portanto, «de terceiro grau», o que John Williams, o autor da partitura musical de ambos os filmes, não deixará aqui de subtilmente sublinhar, insinuando discretamente as notas que tornam célebre a «nave». E a criança cresce, levantando carros com um dedo, correndo ao lado de comboios, multiplicando os seus poderes, mas sempre secretamente, a sós. Na vida diária, o seu nome será Clark Kent, estudante pouco dado a desportos, depois jornalista de reduzida coragem, muita timidez, miopia, pouca inteligência. Dir-se-ia o cidadão médio, aquele que melhor se identificará com a figura e com a sua duplicidade. O americano – e não só! – aprisionado na teia de um emprego de funcionário público, tolhido pelas ameaças externas, temeroso e frustrado, descobre, no outro lado de Clark Kent, em Superman, o sonho utópico da sua vida, a virilidade ignorada, a paixão esquecida, as grandes causas desprotegidas.

Desconhecido no cinema, Christopher Reeves ganhou este papel em disputa com centenas de outros candidatos. A estatura atlética, a configuração do rosto, sobretudo o queixo quadrangular, e o à-vontade com que se movimentara frete à câmara obrigaram a escolha. Para interpretar o papel de Clark Kent-Superman, Christopher Reeves ganharia também qualquer coisa como duzentos e cinquenta mil dólares. E um contrato obrigando-o a continuar com a figura, certamente com verbas bem mais elevadas.

Criado em 1938 por uma dupla de americanos, Jerry Siegel e Joe Shuster, «Superman» é a mais antiga criação de super-homem em banda desenhada, nos Estados Unidos. Proveniente de um planeta que desaparece entretanto, Superman é um ser dotado de uma força prodigiosa, podendo voar, e possuindo ainda uma quantidade de outros poderes nada desprezíveis, como por exemplo uma «super visão de raios X», a emissão de raios caloríficos que vão até à fusão da rocha ou do metal, podendo não só viajar no espaço, mas também no tempo. Todas estas invejáveis características ele coloca ao serviço da Verdade, da Justiça e da «american way of life».

Tendo surgido pela primeira vez numa época em que o mundo se encontrava ameaçado pela agressividade bélica nazi, Superman iniciou desde logo a sua campanha patriótica em favor das razões / 10 / dos «Aliados» e da América. Num momento de ira, perante os «comics books» que diariamente surgiam em toda a Imprensa americana e europeia, Goebbels teria mesmo chegado a invectivar o herói em plena reunião do Reichstag: «Esse Superman é judeu»! O que dá bem ideia do poder de penetração desta banda desenhada no meio dos «mass media».

Perseguidor de criminosos de delito comum, protector de pobres e desprotegidos. Superman, como todos os super-heróis das histórias em quadradinhos, encontra normalmente pela frente super-vilões de poderes igualmente desmedidos, como é o caso de Lex Luthor, o imperador do crime, que vive no interior da terra, rodeado de fiéis servidores e belas mulheres fatais. Ele pretende desviar para San Andreas, na costa da Califórnia, alguns engenhos nucleares, que, ao explodirem, demonstrarão o seu poder e prostrarão diante de si os governos de todo o mundo, Gene Hackman, Ned Beatty e Valerie Perrine compõem a trindade do crime, que mais uma vez não compensa, escusado será dizer. Apesar de Superman conhecer igualmente o seu calcanhar de Aquiles e, por via disso, as suas revezes. Na verdade; Superman é vulnerável aos raios de uma substância vinda igualmente do planeta Krypton, a Kryptonite, que Lex Luthor consegue arranjar para usar no momento decisivo.

Em banda desenhada, a figura de Superman não é, todavia, das nossas personagens favoritas. Se bem que seja de referir a originalidade e invenção dos argumentos, o recorte da figura, por vezes mesmo a qualidade plástica do desenho, o seu movimento e força expressiva, por outro lado não é menos evidente a posição mora! e social do herói, denunciando uma mentalidade conservadora, puritana e de um maniqueísmo extremo. No filme de Richard Donner, com argumento escrito e reescrito por várias vezes, primeiramente por Mário Puzo («O Padrinho»), depois por David Newman, Leslie Newman e Robert Benton, Superman é olhado com uma ironia e um sentido do espectáculo e da diversão que nos reconciliam com a figura. Tudo é visto pelo prisma da fantasia, e as referências obrigatórias, como a redacção do «Daily Planet», em Metrópolis, ou o lema de Superman «pela Verdade, pela Justiça, à maneira americana») não deixam de ir suficientemente sublinhadas para o humor se encarregar de as situar no seu devido contexto.

«Superman – o filme» – é um pouco da infância de todos nós que regressa, pela magia do cinema que torna os sonhos substância, pela competência e talento de uma equipa técnica que faz da substância sonho e fantasia. No campo em que obviamente se situa «Superman – o filme» – pode bem considerar-se uma obra-prima. Do cinema espectáculo, do cinema diversão. De um espectáculo vestido de cores sedutoras de uma certa mitologia romântica, desenvolvendo-se num clima de bonomia e optimismo contagiantes. O cinema redescobre a sua inocência. Ou somos nós que ainda conseguimos ver nele reflectida a nossa? «Superman, o filme» – sabe bem. Apetece. Operação de «marketing» bem planeada?
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Sim, mas também o talento conjugado de muitos artífices e a magia de uma aventura como há muito não se via, Este "Superman» é o Tom Mix dos anos 70, cortejando por entre galáxias Lois Lane, a jornalista, É o outro lado de "Mary Poppins», a continuação de "Peter Pan» (que, aliás, o filme indirectamente referenda), um rival do "Homem Aranha», a quem carinhosamente destrói com uma piada de antologia, Deixe, pois os preconceitos e a falsa erudição à porta do cinema e venha divertir-se com "Superman – o filme». Como as crianças.

Richard Donner - Biofilmografia

Realizador norte-americano, nascido em 1930, em Nova lorque.

Tendo iniciado a sua carreira como actor na televisão, sob as ordens de Martin Rit!, que o contratou depois para seu assistente de realização, Richard Donner estreia-se como realizador na década de 60, com filmes relativamente indiferentes que não justificam menção especial.

O Génio do Mal, em 1976, chama a atenção para si, seguindo-se um conjunto de obras de grande espectáculo onde se revelou não só um bom técnico, como também um cineasta de talento e sensibilidade (de que Superman, A Mulher Falcão, ou Os Goonies são bons exemplos).

Em 1978, dirige o primeiro filme da série Superman, que assina, e também o segundo, que abandona durante as filmagens, por desacordo com os produtores, aparecendo este assinado por Richard Lester.

Nos últimos tempos dirigiu duas das maiores máquinas de receitas de Holywood: Arma Mortífera, I e II.

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Filmografia

1961 – X 15;
1968 – Salt and Pepper (Sal e Pimenta);
1970 – Twinky (A Adolescente e o Quarentão);
1976 – Sarah T.: Portrait of A Teenage Alcoolic (Sarah T. Retrato de uma Jovem Alcoólica);
1976 – The Omen (O Génio do Mal);
1978 – Superman, The Movie (Super-Homem, o Filme);
1980 – Inside Movies (Rendez-Vous no Max's);
1981 – Superman II (Superman lI, A Aventura Continua). Terminado e assinado por Richard Lester;
1982 – The Toy (Querido Fantoche);
1985  – Ladyhawke (A Mulher Falcão);
1985 – The Goonies (Os Goonies);
1987 – Lelhal Weapon (Arma Mortífera);
1988 – Scrooge (S.O.S. Fantasmas);
1968 – Lethal Weapon II (Arma Mortífera Il);

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Marlon Brando Biofilmografia

Marlon Brando nasceu a 3 de Abril de 1924 em Omaha, no Estado do Nebrasca, EUA. Filho de um caixeiro-viajante, estuda em IIlinois, Minnesota e Califórnia, perseguindo as constantes deslocações da família. Ainda estudante inicia o seu trabalho como actor, manifestando também um grande entusiasmo pelo jazz.

Ingressa na Shattuc Military Academy, em Fariault (Minnesota), mas acaba por ser expulso por mau comportamento. Trabalha como empregado de elevador em Nova Iorque e ingressa na Dramatic Workshop School For Social Research, dirigida por Stella AdIar e na qual também lecciona Erwin Piscator. Estreia-se no teatro em 1944, em "Twelth Night", prosseguindo depois o seu trabalho com Elia Kazan, em "Hedda Gabler", de Ibsen. Aparece na Broadway, em 1946, em "I Remember Mama", de Van Druten, e depois em "Truckline Cate", de Anderson, trabalho pelo qual recebe um prémio de interpretação relativo à temporada de 1945-46.

Outras peças em que então intervém por essa altura: "Cândida", de Bernard Shaw, "A Flag is Born", de Ben Hecht, ou "L 'Aigle à Deux Faces", de Jean Cocteau.

Recebe lições de bailado na escola de Katherine Dunham e, em 1947, tem o seu primeiro grande sucesso, com "Um Eléctrico Chamado Desejo", de Tennessee Williams, dirigido por Elia Kazan, que, anos depois, levará ao cinema essa obra, de novo com Marlon Brando. Ingressa no Actor' Studio por indicação de Kazan e surge no cinema pela primeira vez, em 1950, conseguindo a consagração em pouco tempo, assumindo-se como um dos mais sugestivos e inconfundíveis actores do cinema de todos os tempos. Conquista prémios em todos os grandes certames, mas o seu inconformismo e inquietação levou-o a recusar alguns. Durante alguns anos quase desapareceu das produções internacionais, tendo-se retirado para uma ilha do Pacífico que, entretanto, comprara, mas regressou nos últimos anos, não se sabe se por vontade própria, se para conseguir verbas para fazer face a alguns incidentes em que interveio um filho seu.

Filmografia de Marlon Brando

1950The Men (Desesperado), de Fred Zinneman;
1951A Streetcar Named Desire (Um Eléctrico Chamado Desejo), de Elia Kazan;
1952Viva lapata! (Viva Zapata!), de Elia Kazan;
1953Julius Caesar (Júlio César) , de Joseph L. Mankiewicz;
1954The Wild One, de Laslo Benedek;
1954On The Waterfront (Há Lodo no Cais), de Elia Kazan;
1954Desirée (O Primeiro Amor de Napoleão), de Henry Kostner;
1955Guys and DolIs (Eles e Elas), de Joseph L. Manliewicz;
1956The Teahouse of The August Moon (A Casa de Chá do Luar de Agosto), de Daniel Mann;
1957Sayonara (Sayonara) , de Joshua Logan;
1958The Yong Ones (O Baile dos Malditos), de Edward Dmytryk;
1960The Fugítíve Kind (O Homem na Pele da Serpente), de Sidney Lumet;
1961One-Eyed Jacks (Cinco Anos Depois), de Marlon Brando;
1962Mutiny On The Bounty (Revolta na Bounty), de Lewis Milestone;
1963The Ugly American (Sua Excelência, o Embaixador), de George Englund;
1964Bedtime Story (Os Sedutores), de Ralph Levy;
1964Moríturi ou Code Name Moríturi ou Moríturi The Saboteur (Morituri), de Bernard Wicky;
1966The Chase (Perseguição Impiedosa), de de Arthur Penn;
1966The Appaloosa ou Southwest of Sonora (Um Homem sem Medo), de Sidney J. Furie;
1967A Countess from Hong Kong (A Condessa de Hong Kong), de Charlie Chaplin;
1967Reflection In A Golden Eye (Reflexos Num Olho Dourado), de John Huston;
1968The Night of The Following Day (A Noite do Último Dia), de Hubert Cornfield;
1968Candy (Candy), de Christian Marquand;
1969Queimada (Queimada), de Gillo Pontecorvo;
1971The Godfather (O Padrinho), de Francis Ford Coppola;
1972The Nightcomers (Os Perversos), de Michael Winner;
1972The Last Tango in Paris (O Último Tango em Paris), de Bernardo Bertolucci;
1975The Missouri Breaks (Duelo no Missouri), de Arthur Penn;
1977Superman - The Movie (Super-homem, o Filme), de Richard Donner;
1979Roots II: The Next Generation (Raizes), série de TV dirigida por Charles Dubin, George
             Stanford, Brown, John Herman e Lloyd Richards;
1981Apocalipse Now (Apocalipse Now), de Francis Ford Coppola;
1981The Formule (A Fórmula), de John Avildsen;
1989A Dry White Season (Assassinato sob Custódia), de Euzhan Palcy;

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Christopher Reeves - Biofilmografia

Actor norte-americano, nascido em 1952, que alcançou notoriedade com o seu trabalho em Superman, na personagem de dupla personalidade que dá o nome ao filme. Posteriormente, haveria de demonstrar que não se trata somente de um simples galã, mas também de um actor de múltiplos talentos, capaz de figurar em dramas, como em comédias, denotando qualidades evidentes e um rigor de composição que poucos julgariam possível, aquando da sua fulgurante aparição em Super Homem.

Filmografia

1977Gray Lady Down, de David Green;
1978Superman - The Movie (Super-Homem, O Filme), de Richard Donner;
1980Somewhere In Time, de Jeannot Szwarc;
1980Superman II (Superman fI, A Aventura Continua), de Richard Lester;
1982Death Trap (Armadilha Mortal), de Sidney Lumet;
1982Monsignore (Monsenhor), de Frank Perry;
1983Superman III (Superman III), de Richard Lester;
1984The Bostonians (As Mulheres de Boston), de James Ivory;
1985The Aviator (O Piloto), de George Miller;
1986Street Smart (Nova Iorque, Cidade Implacável), de Jerry Schatzberg;
1987Superman IV (Superman IV, Em Busca da Paz), de Sidney J. Furie;
1988Switching Channels (Linhas Cruzadas), de Ted Kotchefl;
1989The Great Escapade - The Untold Story (A Grande Evasão II - História Nunca Contada),
             de Paul Wendkos e Jud Taylor.

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Superman II – A Aventura Continua de Richard Lester

Título original: Superman II. Realização: Richard Lester (EUA, 1980). Argumento: Mario Puzzo, David Newman, Leslie Newman, segundo história de Mário Puzo. Fotografia (Technicolor, Panavision): Geoffrey Unsworth, Bob Paynter, Paul Wilson, Denys Coopero Música: Ken Thorne segundo temas de John William. Montagem: John Victor-Smith. Som: Roy Charman. Efeitos especiais: Colin. Direcção artística: John Barry, reter Murton. Produção: Alexander e Ilya Salking. Duração: 143 minutos. Intérpretes: Christopher Reeves, Margot Kidder, Gene Hackman, Ned Beally, Sarah Douglas, Valerie Perrine, Susannah York, Jackie Cooper, Jakc O'Halloran, Terence Stamp, E. G. Marshall, Jean-Pierre Cassei, etc. Duração: 125 m. Distribuição: Mundial Filmes. Estreia em Portugal: Cinemas Império (Lisboa), Trindade (Porto) e Avenida (Coimbra): 23 de Março de 1979. Classificação: Não aconselhável a Menores de 13 anos. Estreia: Cinemas Império e Vox (2 de Abril de 1981). Edição vídeo: Vista Vídeo.

A prática das continuações é hoje corrente entre filmes que despertaram grande êxito público na sua primeira apresentação. Mas nem sempre as continuações conseguem assegurar uma mesma qualidade e interesse, em relação às obras originais. De qualquer forma, vai sendo também comum aparecerem por vezes variantes que ultrapassam em valor os filmes iniciais. Basta recordar "Padrinho lI», "O Exorcista lI» ou "O Império Contra-ataca» prolongamento de "A Guerra das Estrelas». Em qualquer destes casos, o segundo filme é, pelo menos, tão bom quanto o primeiro o era, quando não lhe é decididamente superior.

"Superman lI» é mais uma obra que prolonga, com felicidade, uma aventura nascida dois anos. Em 1978, Alexander Salkind lançou "Superman", numa realização de Richard Donner, película que transpunha para o cinema, com grandes meios técnicos e humanos, raro virtuosismo, algum humor e uma irresistível auréola mítica, a figura lendária de um dos mais célebres heróis da banda desenhada norte-americana. Em 1980, o mesmo Salkind prossegue a aventura, entregando a realização, desta feita, a Richard Lester (depois de alguns desentendimentos com Richard Donner que abandonou o projecto a meio da rodagem) um cineasta particularmente dotado para este género de filmes, que aqui não deixa os créditos por mãos alheias, mantendo o espírito e acentuando algumas características desta versão moderna de "Superman».

Primeiramente haverá que saudar o tom de filme em episódios (o antigo «serial») que estas obras ressuscitam. Quando no final da projecção, as legendas derradeiras anunciam já que "Superman Ill» vem a caminho, a plateia reage da mesma forma que há algumas décadas outras plateias reagiriam às imagens derradeiras de uma «jornada» que prenunciava outras. Essa euforia de aventura interminável, que renasce a cada nova peripécia, está bem captada pelo fascínio das imagens de Lester, como o fora igualmente pelas de Donner.
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Mas, enquanto Richard Donner realçara o mito, das origens até à idade adulta, documentando os primeiros passos e os primeiros perigos, Richard Lester apanha o mito já em andamento e obriga-se a um outro tipo de percurso. Sabido como é que "Superman" não encontra adversários à altura entre os humanos, há que encontrar inimigos de forças plausivelmente idênticas.

É o que acontece neste "Superman lI", para o qual Mário Puzo, o argumentista de serviço, vai desencantar três vilões de origem extraterrestre e de poderes semelhantes aos de "Superman" dado que têm de comum uma mesma fonte: o planeta Kripton. Eles retomam, aliás, as imagens iniciais de "Superman I", quando o conselho dos anciães de Kripton condena ao exílio, no espaço, o traidor general Zod e dois acólitos, Ursa e Non. Pois são estas três personagens demoníacas que regressam, agora libertadas mercê de uma explosão nuclear no espaço. Eles regressam para se vingar de «Superman», o filho de Jor-EI, e simultaneamente para se assenhorearem da Terra.

Depois de um prólogo, durante o qual «Superman» salva Paris da destruição, expulsando da Torre Eiffel uma bomba atómica ali colocada por um grupo de terroristas, o filme lança-se numa narrativa sincopada, jogando com uma montagem de acções paralelas que tendem a uma convergência final. Por um lado, é «Superman», que vive um idílio com Lois Lane e chega mesmo a abdicar dos seus poderes para ser somente um homem, enquanto o general Zod e companheiros se aproximam da Terra e Lex Luthor foge da prisão, preparando uma nova tramóia. Finalmente, nos céus de Nova Iorque, irá acontecer o grande confronto: «Superman» contra Zod-Non-Ursa-Lex Luthor. A emoção atinge o rubro.

Reproduzindo com rara felicidade o clima da banda desenhada donde parte, Richard Lester usa um humor subtil extremamente divertido, jogando com inteligência com alguns dos símbolos e muitas das situações míticas. Pode, no entanto, sublinhar-se a carga ideológica que um tal projecto comporta. Numa época em que a América se sentia complexada por sucessivas derrotas (Vietname, Irão, etc.), este episódio de «Superman» parece identificar-se um pouco com o espírito de Reagan. A América, depois de ajoelhar, será vingada pela força do seu herói, da mesma forma que «Superman», sob as vestes de Clark Kent, é derrotado por um truão de bar, e regressa depois para um ajuste de contas derradeiro. O mesmo «Superman» que repõe a bandeira dos EUA, no cimo da White House, recolocando a dignidade ameaçada.

Mas, se é possível falar desta carga ideológica subjacente, não menos é de referir o tom burlesco de muitas situações e a ironia que perpassa por toda a obra (gozar abertamente com as cataratas do Niágara é uma delas).

Servida por excelentes efeitos especiais, magníficos actores (entre os quais será justo fazer sobressair Christopher Reeves, que encarna com dupla justeza a figura de Superman-Clark Kent), este "Superman lI" está destinado a êxito idêntico ao do primeiro episódio.
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"Superman III"

Título original: Superman IlI. Realização: Richard Lester (EUA, 1983). Argumento: David e Leslie Newman. Fotografia (Technicolor, Panavision): Robert Paynter. Música: Ken Thome e Georgio Moroder. Som: Roy Charman. Direcção artística: Brian Ackland-Snow, Charles Bishop, Terry Ackland-Snow. Cenários: reter Murton. Montagem: John Victor Smith. Efeitos especiais: Collin Chivers. Produtores: Pierre Spengler, Alexander e Ilya Salkind. Intérpretes: Christopher Reeves, Richard Pryor, Jackie Cooper, Margot Kidder, Mark McClure, Annette O'Toole, Annie Ross, Pamela Stephenson, Rodert Vaughan, etc. Duração: 125 m. Edição vídeo: Edivídeo.

«Superman» regressa neste terceiro episódio da série, de novo sob a orientação da tripla Alexander e Ilya Salkind-Richard Lester, mas com um elenco renovado, desaparecendo os vilões tradicionais, substituídos por Robert Vaughan, na figura de um multimilionário de poucos escrúpulos, que se serve de um génio da informática (Gus Gorman, excelentemente interpretado por Richard Pryor) para conseguir alguns dos seus intentos. Do lado de Superman e dos seus proverbiais aliados, poucas alterações, a não ser o quase desaparecimento de Lois Lane, que parte para férias no inicio do filme e só regressa das Bermudas no final. Assim, no pólo feminino, passa a primeiro plano uma tal Lana Long (a bonita Anette O'Toole), que, ficamos a saber, tinha sido uma das paixonetas de Clark Kent na sua meninice passada em Smaltown.

Mais fraco do qualquer dos dois episódios precedentes, este «Superman lIl" tenta desmontar o mito, subvertê-lo mesmo, mas com resultados desiguais. Desta feita, «Superman» atravessa uma crise de identidade (provocada como sempre pela malfadada "kryptonite"), anda em duelo consigo próprio, passa de benfeitor a vilão, é apontado a dedo nas ruas pelas pessoas que outrora nele confiavam cegamente, tudo isto antes de voltar a si e restabelecer a Ordem e fazer regressar a confiança nas virtudes e nos valores americanos. A seu lado, os "maus da fita" servem-se agora da informática para dominar o mundo, entrando «Superman» abertamente na época contemporânea, defrontando os perigos e as ameaças dos computadores e de quem na sombra os movimenta. Interessante esta incursão, pela simbologia que encerra e reflecte.
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Superman IV - Em Busca da Paz

Título original: Superman IV, the Quest for Peace, Realização: Sidney J, Furie (EUA, 1987), Argumento: Lawrence Konner e Mark Rosenthal, segundo ideia de Christopher Reeves, L. Konner e M, Rosenthal. Música: John William, Fotografia (Tecnicolor, Panavision): Ernest Day, Montagem: John Shirley, Cenários: John Graysmark, Som: JDanny Daniel. Efeitos especiais: Harrison Ellenshaw, Produção: Menahem Golan, Voram Globus I Cannon Group, Intérpretes: Christopher Reeves, Gene Hackman, Jackie Cooper, Margot Kidder, Mariel Hemingway, Sam Wanamaker, Mark Pillow, Marc McClure, Joe Cryer, etc, Duração: 90 m, Edição vídeo: Imavídeo,

Com a realização entregue a Sidney J. Furie (e argumento assinado de parceria por Christopher Reeves), este é declaradamente o pior episódio da saga de «Superman" – Christopher Reeves, desta feita já não em produção Salking, mas sob a pouca inspiração da dupla israelita Menahen Golan-Voram Globus, da Cannon Group.

Sem os orçamentos de outrora, sem a grandeza espectacular dos primeiros títulos da série, e – o que é o mais grave – sem a imaginação e o humor que deles se desprendiam, este «Superman IV, em Busca da Paz» parece ter encerrado definitivamente as aventuras cinematográficas do «super-herói" (pelo menos nos tempos mais próximos e tendo Christopher Reeves como actor).

Aqui, «Superman" volta a defrontar Lex Luthor, que cria o «Homem Nuclear", numa historieta em que a paz na Terra está ameaçada, com base na cobiça desenfreada provocada pelo negócio e especulação de armas nucleares, Sem invenção, com efeitos especiais medíocres, «Superman IV: The Quest for Peace» é um lamentável final para uma série que nos havia dado excelentes momentos no campo da aventura.

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"Superman" no Cinema

Clicar para ampliar.Se "Superman"aparece na banda desenhada em 1938, no cinema ele só surgirá em 1941, como desenho animado. Em 1948 é a vez da adaptação ao cinema com imagem real, para dois anos depois ser protagonista de uma longa série de 103 episódios para televisão. Aqui ficam as principais etapas desta vasta filmografia.

1941 – Superman, realização de Dave Fleischer (desenhos animados);
1942 – Superman In Billion DoIlar Limited, real.: Dave Fleischer;
             Superman In The Mechanical Monsters, real.: Dave Fleischer;
             Superman In Electric Earthquake, real.: Dave Fleischer;
             Superman The Terror of Midway, real.: Dave Fleischer;
             Superman In The Arctic Giant, real.: Dave Fleischer;
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             Superman In The aul/eters, real.: Dave Fleischer;
             Superman In Volcano, real.: Dave Fleischer;
             Superman In The Magnetic Telescope, real.: Dave Fleischer;
             Superman In The Japoteurs, real.: Seymour Kneitel;
             Superman In The Secret Agent, real.: Seymour Kneitel.
1943 – Superman In The Mummy Strikes, real.: Irvin Sparber;
             Superman In Showdown, real.: Irvin Sparber;
             Superman In The Jungle Drums, real.: Dan Gordon;
             Superman In The Eleventh Hour, real.: Dan Gordon;
             Superman In Destruction Inc., real.: Isidore Sparber;
             Superman In The Underground Wor/d, real.: Seymour Kneitel.
                     (Todos os filmes atrás citados são curtas metragens de desenhos animados.)
1948 – Superman, real.: Spencer Gordon Bennet e Thomas Carr (filme para cinema, com quinze
              episódios, interpretado por Kirk Alvyn, Superman, e Noel Neil, Lois Lane).
1950 – Superman, produção: Robert Maxwell (série de 103 episódios para televisão, interpretados
              por George Reeves, como Superman); Atom Man Versus Superman, real.: Lee Sholem.
             (Filme para cinema, interpretado por Kirk Alyn e Noel Neill).
1951 – Superman And The Mole Men,  real.: Lee Sholem. (Superman interpretado por George
              Reeves, distribuído em cinema e em televisão, aqui com um outro título: Unknown People).
1954 – Superman Flies Again, real.: Thomas Carr e Georges Blair. (Para cinema, com George
              Reeves no papel de Superman).
1962 – Superman, real.: Delgado (Cuba) - curta metragem.
1966 – Superman, Comédia musical para cinema.
1978 – Superman The Movie, real.: Richard Donner, com Christopher Reeves na figura de
              Superman.
1979 – Superman II, real.: Richard Lester, de novo com Christopher Reeves.
1983 – Superman III, (Superman m), real.: Richard Lester, com Christopher Reeves.
1979 – Superman IV, THE QUEST FOR PEACE, (Superman IV, em Busca da Paz) real.: Sidney J.
              Furie, com Christopher Reeves.

Ainda no campo do cinema, no Japão, mas com um outro nome, para fugir ao pagamento dos "copywrites" de origem, surge uma série de filmes com uma personagem semelhante a Superman, mas baptizada SUPER GIANT. Foram cinco os títulos rodados, entre 1957 e 1959, todos eles produzidos pela "Shin Toho Co." e realizados por Teruo Ishii, com Ken Utsui no protagonista.

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Vídeografia

(Títulos disponíveis no mercado videográfico português):

1. Outros títulos de Superman:

– Superman II (Superman II, A Aventura Continua), de Richard Lester, (Vista Vídeo);
– Superman III (Superman m), de Richard Lester, (Edivídeo);
– Superman IV (Superman IV, em Busca da Paz), de Sidney J. Furie, (Imavídeo);
– Supergirl (Supermulher), de Jeannot Szwarc, (Tranvídeo);

2. Outros heróis de "Banda Desenhada" adaptados ao cinema:
– Batman (Batman), de Tim Burton, (Kodak-Warner);
– Batman (Batman), de Leslie Martison, (Publivídeo);
– Popeye (Popeye), de Robert Altman, (Filmayer);
– Greystoke, The Legend of Tarzan, Lord of The Apes (Greystoke, a Lenda de Tarzan, Rei da Selva), de Hugh Hudson, (Kodak-Warner);
– Conan, lhe Barbarian (Conan e os Bárbaros), de John Mílius, (Edivídeo);
– Conan, The Destroyer (Conan, o Destruidor), de Richard Fleischer, (Publivídeo);
– Spider Man (O Homem-Aranha), de E. W. Swackhamer, (Publivídeo);
– Spider Man and lhe Dragon's Chalenge (Homem-Aranha contra o Dragão), de Don McDougall, (Publivídeo);
– Spider Man Strikes Back (O Invencível Homem-Aranha), de Ron Satlof, (Publivídeo);
– The Incredible Hulk Returns (O Regresso de Hulk), de Nicholas Corea, (Imavídeo).


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3. Outros filmes de Richard Donner:

– Arma Mortífera, (Kodak-Warner);
– Arma Mortífera II, (Kodak-Warner);
– O Génio do Mal, (Publivideo);
– Os Goonies, (Kodak-Warner);
– A Mulher Falcão, (Publivídeo);
– Querido Fantoche, (Publivideo);
– S.O.S. Fantasmas, (Edivídeo).

4. Outros filmes interpretados por Marlon Brando:

– Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola, (Edivídeo);
– Cinco Anos Depois, de Marlon Brando, (Edivídeo);
– Um Eléctrico Chamado Desejo, de Elia Kazan, (Legal Vídeo);
– A Fórmula, de John Avildsen, (Lega Vídeo);
– Há Lodo no Cais, de Elia Kazan, (Casablanca) VD;
– O Padrinho, de Francis Ford Coppola, (Edivídeo);
– Os Perversos, de Michael Winner, (Edivídeo);
– O Último Tanga em Paris, de Bernardo Bertolucci, (Kodak-Warner);

Clicar para ampliar.

Ficha técnica

Lauro António

Licenciado em História
Realizador de Cinema (
Manhã Submersa e O Vestido Cor de Fogo)
Crítico e ensaísta de cinema em diversas publicações
Autor e encenador de teatro (A Encenação)
Director dos Festivais de Cinema de Portalegre e Viana do Castelo
Coordenador do grupo «Cinema e Audiovisuais» do Ministério da Educação

 

Paginação e Grafismo

Cândida Teresa

Gabinete de Meios Técnicos e Materiais

da Direcção Geral de Extensão Educativa
Dim. 21x14,5 cm


Edição

Secretaria de Estado da Reforma Educativa

 

Composto e impresso
 na Editorial do Ministério da Educação

Algueirão


Reconversão para HTML
Henrique J. C. de Oliveira
Espaço Aveiro e Cultura
Secundária J. Estêvão
Projecto Prof2000
Aveiro - 2012

 


    O Filme
   Da Banda Desenhada para o cinema

   Super-Homem - O Herói

   Significado Sociológico

   Superman na Rádio, Televisão e Cinema

   Superman - O Filme de Richard Donner

   Richard Donner - Biofilmografia

   Filmografia

   Marlon Brando Biofilmografia

   Filmografia de Marlon Brando

   Christopher Reeves - Biofilmografia
   Superman II A Aventura Continua

   Superman III

   Superman IV - Em Busca da Paz

   Superman no Cinema

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Inserido
23-03-2012