O Alto e o Baixo
Egipto estavam divididos em várias províncias. Estas tinham deuses e
religiões diferentes. Davam grande importância às práticas funerárias e
ao culto dos mortos. Desenvolveram a técnica da mumificação que, no
início, se destinava só aos faraós mas, posteriormente, foi adoptada por
todos os ricos do Egipto.
O
LIVRO DOS MORTOS...
...ensinava a técnica
da mumificação e era um importante guia sobre as divindades do antigo
Egipto.
O deus-Sol RÁ-OSÍRIS
estava associado às cerimónias fúnebres. O deus percorria o rio da Duat
(mundo subterrâneo), na sua barca nocturna, acompanhado por outras
divindades.
|
O corpo mumificado do
deus-Sol aguarda no extremo oriental da Duat, enquanto o escaravelho
Khepri, a divindade do sol nascente, impele o disco solar para fora,
para um novo dia. (imagem ao lado)
Rá (ou Ré) era casado
com Nut, deusa do céu. Esta era amada por Geb e atraiçoou Rá, concebendo
cinco filhos de Geb. Um deles era Osíris, que se tornou um grande e
sábio rei do Egipto. Segundo o Livro dos Mortos, Osíris morava com os
justos no mundo subterrâneo, onde julgava as almas dos mortos que
chegavam à sua presença. Osíris habitava uma zona da Duat que era a
única agradável desse mundo — Juncal — e que todos os egípcios desejavam
alcançar.
|
O culto do sol era
muito antigo no Egipto. As divindades ligadas ao culto do sol têm
normalmente corpo de homem e cabeça de falcão. O falcão foi desde muito
cedo identificado com o sol, devido à altura a que é capaz de se elevar
e pela sua capacidade visual.
O deus-Sol RÁ (ou Ré) é
representado com a cabeça de falcão. Tem um disco solar na cabeça,
rodeado pela serpente Khut. |
|
O ESCARAVELHO SAGRADO
Desde a Antiguidade
que os hábitos e o aspecto curioso dos escaravelhos chamaram a atenção
do Homem. O escaravelho põe os ovos na areia e enrola-os numa pequena
bola de esterco que faz rebolar, impelindo-a com as patas traseiras,
para um buraco por ele feito e onde os ovos são chocados pelos raios
solares. Para os antigos egípcios, este comportamento do animal era
muito semelhante ao movimento do Sol no céu. O escaravelho, designado
por KHEPRI, era uma divindade destacada e constituía o símbolo da
longevidade, da imortalidade ou do sol. Via-se neste animal a
representação da ressurreição, por ele simbolizar a bola em que estão
encerrados os germes da vida. São numerosas as reproduções de Kheper
aegyptiorum (espécie encontrada dentro de um sarcófago, que mantinha
ainda as cores metálicas características) em monumentos, templos e
túmulos, ou talhadas em várias pedras preciosas servindo de adornos.
A imagem superior
mostra-nos o escaravelho sagrado Khepri, uma outra forma do deus Rá,
sentado numa barca solar.
PTAH era o deus de
todas as artes. O Livro dos Mortos refere-o como um grande artífice dos
metais, um arquitecto talentoso e o construtor de todas as coisas do
universo. Foi ele que construiu os céus e a terra.
Ao lado, vemos PTAH
modelando o ovo do mundo na roda de oleiro.
|
|
A VIDA DEPOIS DA
MORTE
Os egípcios
acreditavam que o espírito continuava a viver depois da morte e que a
sua existência era semelhante à que levara na terra, tendo as mesmas
necessidades.
|
Faziam parte do
espólio funerário objectos vários, tais como frascos de barro, nos
quais eram guardados os alimentos e o incenso de que o morto
necessitaria na sua vida futura.
|
TUTANCAMON
|
Tutancamon foi um jovem faraó pertencente à 18ª
dinastia e ao Império Novo, considerado como a idade de ouro do
Egipto. Reinou entre 1354 e 1345 a. C. Morreu com vinte anos apenas
e foi considerado como um faraó frágil, herege e e renegado, tendo
ficado esquecido ao longo dos séculos.
|
Interior do TÚMULO DE
OURO do jovem faraó Tutancamon. Foi descoberto,
intacto, três mil e duzentos anos após a sua morte, pelo arqueólogo Howard Carter, em 1922.
A máscara de ouro
maciço, cravejada de pedras semipreciosas e de outras imitando pasta e
vidro, destinava-se a ser colocada sobre o rosto mumificado do Rei, que
morreu muito jovem.
A última imagem desta
página mostra-nos Tutancamon sentado num trono ornamentado com ouro e
metais nobres, tendo como companhia a esposa Ankhesenpaamon, sua
meia-irmã.
______________ |