Do
céu
nascem
os rios
flocos
de água
adormecidos
sobre as montanhas
vias
ávidas de pedra
e neblina
que estremecem
sob o algodão frio
da
madrugada
Bichos
passam
erram
por
entre estratos
de ar limpo
respiram
perturbados
por tanta quietude
neste espaço
sem agrimensura
nem
pressa
filtro
de água
onde nada me dói
onde nada me pesa
Fevereiro, 1989
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