Moldava

Nas sombras das florestas nascem fontes;
das fontes correm murmurando, os regatos;
carregados de repouso, sulcam montes
e unem-se, calmos, quentes, repousados.


E assim se forma, naquela densa floresta
da Boémia, um rio, tranquilo e relaxado.
Imponentes castelos, outrora, sempre em festa,
revêem-se, altivos, naquele rio espelhado...


Smetana escreveu a mais bela partitura
dum rio que corre, em ondas rutilantes,
e foge, às ninfas que o perseguem: o Moldava.


Lembrando danças, casamentos de amantes,
caçadores, buzinas e cães... o rio fura
apressado e, leito mais largo, entra em Praga.
                      Aveiro,1996

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