Um belo tipo da MurtosaMULHERES DE AVEIRO

A nossa costumada «Página da Mulher» dedicamo-la, neste Número, às mulheres de Aveiro.

Têm todo o direito a esta homenagem que, dum modo geral, consubstancia a nossa respeitosa admiração, pela Mulher de Aveiro. Simplesmente, desejaríamos que fosse mais amplo o preito da nossa admiração, para melhor se harmonizar com as graças e virtudes das filhas de Aveiro, englobando nestas desde as mais modestas que trabalham na faina rude do campo e do mar, até às mais distintas senhoras da melhor sociedade aveirense.

Tem tradições, a Mulher de Aveiro; pela sua beleza pelos seus dotes morais como senhora do Lar, e pela dedicação com que auxiliam o homem nas lides do trabalho.

Lavradeira de AroucaDesde essa famosa rapariga de Aveiro, Antónia Rodrigues, que no século dezasseis seguiu para Mazagão onde, vestida de homem, obrou tais prodígios militares que o rei a quis conhecer e lhe concedeu uma tença, a lista das aveirenses que souberam impor-se pelo seu trabalho é extensa.

Quem não conhece, em Lisboa, essa raça enérgica, valorosa, de beleza sadia, das mulheres que vieram de Ovar, de Ílhavo, da Murtosa, lutar, honradamente, pela vida!

Louvores, pois, à Mulher de Aveiro, que ocupa merecido lugar de relevo entre as mulheres portuguesas.

Louvores pela sua graça gentil, que encontra expressão simbólica na cantada beleza das tricanas de Aveiro: louvores pela sua actividade, que se faz sentir na vida económica da região; e mais louvores ainda pelo espírito de sacrifício com que têm sido as mães generosas e as companheiras dedicadas dos homens do mar que tanto se distinguem numa vida de risco constante, escola de bravura e de trabalho.
 

 

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