Acesso à Hierarquis Superior.

Acerca deste livro

Dos mesmos autores (texto e ilustrações) de Alcunhas de Aveiro, recebemos na mesma altura o livro «Tabernas de Aveiro». Este é um tema de pesquisa que fica muitas vezes esquecido. Todavia, não deixa de ser importante para a vida do Homem. Tudo quanto diga respeito a restauração, que é como quem diz «a comes e bebes», é fundamental na vida, porque a nossa máquina não consegue passar sem combustível. Seja qual for o nível do estabelecimento, todos eles, sendo bem geridos, raramente não deixam de singrar de vento em popa e de marcar a vida de todos nós.

Relativamente a Aveiro e região envolvente, o autor da pesquisa registou um total, se a nossa contabilidade não falhou, de 177 estabelecimentos, situados na cidade e freguesias envolventes. Infelizmente, apenas conseguiu elementos para 25% do total, ou seja, apenas conseguiu elementos informativos para 45 estabelecimentos. Em vão procurámos elementos para a loja do senhor Charneira, nas Cinco Bicas (Largo Luís de Camões), que era taberna, no lado que dava para a rua Castro Matoso, e mercearia para a outra rua. Por isso a minha avó, quando me mandava buscar algum produto à mercearia do senhor Charneira, tinha eu à volta de uns sete ou oito anos, recomendava-me que entrasse pelo lado direito, ou seja, pelo lado da rua Eça de Queirós.

O outro estabelecimento misto que procurei no livro, que também era mercearia e taberna, ficava no topo da Avenida Araújo e Silva, entre um posto da polícia de viação e trânsito e a Fonte dos Amores; isto enquanto não desapareceu o posto de viação e nasceu um edifício de vários andares, que o dono designava por «arrinca céus», o primeiro edifício em Aveiro a ultrapassar a altura habitual das casas da cidade. Referimo-nos ao estabelecimento do senhor Seabra, onde, a partir dos finais da década de 1970, passei a ir buscar o vinho branco que a mulher me pedia para temperar a carne assada. A Fonte dos Amores desapareceu no final da citada década, quando um brasileiro construiu a fiada de edifícios a seguir ao então Café Canecão; mas a loja do senhor Seabra conseguiu aguentar-se por mais umas décadas, até que as máquinas camarárias o arrasaram, dando lugar a uma zona sem casas. Mais ou menos no sítio onde era a loja estão hoje um posto transformador e os contentores de reciclagem dos diferentes tipos de lixo que o mundo moderno produz.

Mas chega de divagação. Para os leitores ficarem com uma ideia do conteúdo, explorem as páginas aqui fornecidas e ficarão com uma ideia dos conteúdos do livro e, talvez, com vontade de adquirir um exemplar.
 

 

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