Acerca deste "Sonhar"

Se hoje é possível sonhar um pouco, inspirados por este "Sonhar" n.º 2 que chegou até nós em princípios de Março de 2023, devemo-lo ao professor Arsélio Martins.

Numa bela manhã de Março, ainda fria, porque a Primavera e o calor ainda não tinham chegado, tivemos, em contrapartida, o calor motivado pelo prazer de rever na Secundária José Estêvão um colega que há muito não aparecia nesta casa, onde, durante muitos anos, ocupou, de maneira laboriosa e interessada, parte da vida.

Lembro-me perfeitamente, durante vários anos e também como ele aposentado mas a vir regularmente ao antigo local de trabalho, de aqui o encontrar na companhia do colega António Aurélio, com quem ocupava parte do tempo entretido em lides Matemáticas. E os dois, Arsélio Martins e António Aurélio raramente estavam sós, porque outra colega, também ela ligada às lides Matemáticas, era uma visita regular da escola.

Infelizmente, o tempo não perdoa a ninguém e não se esquece de nos ir desgastando a pouco e pouco. Quase sem darmos por ele, vamos ficando mais lentos, com o vigor e a energia que nos move cada vez mais curtos, e acabamos, ainda que contrariados, por ter de esquecer as rotinas diárias que nos permitiam sermos vistos pelos colegas ainda no activo. Foi o que aconteceu aos três Matemáticos. E o trio Matemático, que vinha diariamente à escola, deixou de aparecer.

E eu que, por acasos do Destino, ainda me vou mantendo por cá, às vezes sabe Deus como, tive o prazer de numa manhã ainda fria de Março me terem batido à porta. Era o amigo Arsélio, que quebrava a nova rotina «do raramente» aparecer na escola.

O que é que o fez quebrar a nova rotina e voltar à José Estêvão? Precisamente a mesma preocupação que me faz teimar não querer deixar cair no esquecimento aquilo que todos fomos fazendo ao longo  de vários anos, enquanto nesta escola permanecemos no activo e que, mesmo depois de a termos deixado, continuamos a senti-la ainda como nossa, porque nela gastámos parte da vida e, sem darmos por isso, aqui deixámos algumas raízes.

Com esta visita, passámos a dispor de um dos dois exemplares que os nossos jovens alunos, hoje possivelmente também já com filhos em idade escolar, tiveram o sonho de criar. E com o "Sonhar" n.º 2, a escola passou também a dispor de mais quatro exemplares do jornal escolar "Aliás", publicados entre 1990 e 2002, trazidos pelo colega Arsélio.

Relativamente ao "Sonhar", inicialmente reproduzimo-lo em duas versões: formato HTML, isto é, no formato habitual com que visualizamos as páginas na Internet, e também em formato PDF. Todavia, acabado o trabalho, comparámos os dois formatos e constatámos que o PDF era excessivamente pesado em relação ao HTML, isto é, enquanto o HTML, de mais fácil leitura e com melhor aspecto, apenas ocupa 800 KB, o mesmo jornal em PDF ocupava 29.300 KB. Este excesso de espaço num servidor de Internet fez com que eliminássemos o PDF e o substituíssemos por outro formato mais leve, mas reproduzindo rigorosamente o original, tal como se tivéssemos o jornal impresso. A nova versão passou a ocupar, em vez de 29 mil, menos de 2 mil KB.

Que a leitura do jornal, se foste um dos que teve o prazer de o ler quando passaste em 1992 pela Secundária José Estêvão, te ajude a recordar um tempo passado. E já agora, se permitir o Destino que tu ainda possuas os dois exemplares, faz-nos um grande favor, a mim e a todos os que gostam de recordar o que fomos fazendo ao longo da vida: empresta-nos, por dois ou três dias, o exemplar número 1, para que todos o possam ler depois de o colocarmos na Internet.

Aveiro, 23 de Março de 2023

O professor

Henrique J. C. de Oliveira

 

PS - Se em vez de utilizares um dos modernos browsers de Internet instalares uma versão mais antiga, tipo Internet Explorer 8, mas sem apagares o actual, poderás ter o prazer de ouvir com esse browser, enquanto lês, uma composição dos Beatles.

 

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