CONCLUSÃO
Interessa-me ser um professor que procura exercer a sua
competência profissional. Essa competência baseia-se no facto de me
preocupar em ser um estudioso e investigador de todo o sistema de ensino
(mais no campo pedagógico) e ao mesmo tempo praticante de tudo o que vou
adquirindo ao longo da minha actividade. O domínio evolutivo de
conhecimentos teóricos e práticos conceptualizam as referências base
para o entendimento do ensino; o domínio evolutivo de técnicas e
aptidões fundamentam a minha actuação. Creio que o mais importante em
todo o processo, e o que na realidade é válido, são as questões de
princípio que me levam a responder ao para quê, para quem,
como e em que contexto implementam decisões. Nem sempre o
que se planifica resulta. Sou dos que aprendem a reestruturar mais com
um erro do que com o que sai bem. Tudo depende de como determino os
modos de acesso à aprendizagem do aluno; e essa empatia é a base
determinante de uma progressão positiva para todos os implicados. Apesar
de ter dezoito anos de trabalho como docente, apesar das mudanças
vertiginosas da organização social na actualidade ser responsável aos
desajustes de valores que, transportados para a Escola, tornam o ensino
numa luta renhida entre focos de informação, tento recusar-me a não
desafiar os problemas.
A Escola não se pode isolar como instituição, porque,
além da Escola, existem mais agentes de educação. A Escola não se deve
ocupar de todos os alunos da mesma forma, porque uma resposta educativa
pode ser vista de uma maneira diferente por cada aluno. A Escola não
pode ser um "pulverizador" de saberes inertes, porque deixa de ser viva
e inovadora. A Escola não pode ser um local para onde se transferem
responsabilidades familiares, porque não há receitas milagrosas de
substituição familiar. Mas a Escola também não pode ser um local onde os
agentes não se envolvam nas suas tarefas com responsabilidade e amor ao
próximo, por não se sentirem motivados por qualquer razão (a valorização
da condição docente é outra história mais complicada). Então qual será a
Escola ideal? Só sei que um professor é tudo porque dele depende uma boa
condução, é
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nada porque se deve colocar em "ausência" para que essa condução seja
criativa e espontânea. Quando a missão educativa vai a bom porto, no
sentido do seu ideal de serviço, provoca autonomia e responsabilidade no
aluno. Munir os jovens de consciência crítica provoca-lhes um melhor
controlo de si mesmos. Creio que é isto de bom que Oficina de Expressão
Dramática tem para oferecer, tanto na sua génese como na sua essência.
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