Escola Secundária José Estêvão, n.º 27, Março de 2001

Uma cidade diferente
 


Eram dez horas da manhã. Raiava

O sol e muitas pessoas sorriam!

Na Ponte-Praça, o que se passava?

Dia sem carros é o que todos viam.

 

 

Subitamente avistámos alguém,

Uma mulher vestida de tom púrpura

Combinado com verde; Donde vem?

Transborda a primaveril frescura.

 

 

Mas de repente – que visão de artista!

Se transformássemos esta simples dama

Em vegetais que ferem a nossa vista,

pela vitalidade e altiva chama?

 

 

O roxo das calças converteremos e

numa belíssima couve redonda,

saborosa; o verde moldaremos

como um pimento, de figura hedionda.

 

 

Já a música ondulava na ria

E tudo se unia com aquele som!

Moliceiros criavam fantasia,

Estudantes vibravam com tal dom...

 

 

Uns passos adiante meditámos:

Sem carros? Como íamos avançar?

Trotinetes, skates, bugas... parámos!

Boom! Sentimos algo a desmoronar...

 

 

 

 

Era a mais famosa Capitania!

Que impacto! Um enorme edifício

Ao lado existia... e ela morria...

Era a nossos olhos um eterno suplício!

 

 

 

 

Subimos então. Junto à Câmara radiosa,

Filas de crianças, pele rosada e macia,

Com a juventude, de ganga azul e curiosa,

Contracenavam sob a fresca maresia.

 

 

Errantes, os autarcas, num vaivém constante...

Por entre os grupos, de contagiante alegria,

Apressavam-se acenando a cada instante.

Vinham observar como o evento decorria.

 

E em tudo reinava perfeita harmonia.

Ah! Só até ao raiar do novo dia?!...

 

Ana Beatriz, Ana Mafalda, Sara – 12.º I

 

 

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