Este tempo dúbio que em nós vive
Imerso no mundo que nos consome
Numa louca aceleração da realidade
Vai manchando a história com a distopia
Dos novos sápatras, mestres da incerteza
A dinamitarem os anelos duma esperança
Já sem rumo pelos meandros da amnésia
Tomando o jeito de uma euforia enganosa
À margem do drama de Hiroshima e Nagasaki
Com o entorpecente éter ideológico.
Junho
de 2025 |