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Do castelo de Pombal
vejo Pombal tão branquinho
vejo as torres do Cardal
E as pombas fazendo ninho
Vejo as ruas estreitinhas
E à noite pelo luar
As suas casas velhinhas
Parecem querer-se abraçar
Oh! meu Pombal
Se o teu castelo falasse
E um dia nos contasse
O que tem visto ao luar
Há tantos e tantos anos
Amor, ciúmes, enganos
Muito tinha que contar
Vejo dali Pombal todo
Cercadinho de olivais
Vejo as Festas do Bodo
Música, fogo, arraiais
Vejo os seus parques floridos
E sob as árvores copadas
Vejo vultos esquecidos
Das almas enamoradas
Costa Pereira |